segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

E o belo aterro do Burle Marx vai sendo ocupado


por Gonça
Dizem - eu não provo - que um grande jornal carioca defendeu nos anos 60 que o Aterro, na época em fase de conclusão, fosse área edificável. Ou seja, seriam construidos prédios na nova orla. Anos depois, quando a praia de Copacabana foi aterrada, o mesmo jornal teria defendido que o poder público vendesse terrenos é criasse uma nova linha de prédios na Avenida Atlântica duplicada para, com o dinheiro arrecadado, o governo recuperar os custos do alargamento da praia e da duplicação das pistas. Claro, tudo em nome da especulação imobiliária. Pode ser lenda urbana, mas o mesmo grupo, que possuia uma construtora, teria defendido a demolição do Parque Laje para construir no local... um cemitério vertical. Felizmente, essas propostas, se existiram, não foram adiante. Mesmo assim, o Aterro não está livre de ameaças. Hoje, além da sede original da Marina (veja a foto feita há pouco) em primeiro plano na ponta da enseada, imensas tendas provisórias ganharam status de definitivas. A ameaça de construção de uma garagem de barcos sobre o espelho d'água parece afastada depois de muitos protestos. Mas falta retirar as estacas que ainda estão lá plantadas. Ano que vem  o Aterro, que foi inaugurado em 12 de outubro de 1965, comemora 45 anos. É um patrimônio dos cariocas. Olho vivo! (Foto: Gonça)

3 comentários:

deBarrros disse...

Caro amigo, O Estado do Rio, especialmente o Rio de Janeiro, não é nada mais nem nada menos, que feudos do PMDB e agora, principalmente do Partido do atual governo federal, o PT. Veja bem, caro amigo –nunca fui udenista nem Lacerdista – mas esse aterro, hoje, tão bem defendido pelo amigo, foi obra do Carlos Lacerda, na ocasião combatido ferrenhamente, pelos comunistas – ou progressistas, como querem os comunistas – que fizeram campanhas terriveis contra o governador Lacerda e a diretora do projeto, a engenheira Lota, praticamente a criadpra do projeto e do paisagista, por demais conhecido.
O que é preciso, caro amigo, é que os governos fiscalizem e cobrem a manutenção das obras, seja lá de quem for, ou de empresas privadas ou de empresas públicas, porque essa é a funçào dos governos ficalizar e não se meter a empreendedor ou mesmo investidor, porque qualquer governo é corrupto e corruptor na sua essência.
Não tenho dúvida, nenhuma, de que esses grupos acusados por vc, estão comprometidos com ou uma estatal qualquer ou mesmo por diretores ou de MInistérios, ou de Ministros fantasiados de honestinhos e principalmente se forem do PT, que descobriram que podem ficar riquinhos metendo a mão no governo, seja ele municipal, estadual ou mesmo federal.

deBarrros disse...

A mulher que construiu o aterro foi a dona Lota de Macedo Soares e o paisagista Burle Max.

Gonça disse...

caro debarros, há vários pontos a contestar democraticamente no seu comentário.
Primeiro: o Aterro começou a ser feito em 1953. Ali onde está hoje o Monumento aos Pracinhas foi erguido o altar para o Congresso Eucarístico Internacional de 1955, evento que trouve milhares de pessoas ao Rio.
Segundo, Lacerda foi apenas um golpista, que acabou punido pela ditadura que ajudou a implantar. Nenhum mérito de asministrador pode apagar essa atitude de um anti-democrata convicto. Democratas não apoiam golpes ou não merecem o rótulo.
Terceiro: governos são, por definição, investidores e emprendedores. Empresas privadas não fazem, por exemplo, grandes hidrelétricas ou grandes estradas, ou grandes redes de esgoto etc etc, elas, as empresas privadas não entram em projetos que só dão retorno a longo prazo.Ou você acha que uma empredsa privada construiria Itaipu? Nem aqui nem em qualquer país do mundo.
Quarto: é preciso fiscalizar, claro, mas é preciso penalizar políticos e os empresários que os financiam. No Brasil, isso siginfica falar de pratiacanmente todas as grandes empresas. Curiosamente, e não por acaso, a mídia não cobra a punição das empresas corruptoras. Agora mesmo, no mensalão do DEM e do PSDB de Brasília, há várias. É preciso punir igualmente o corrupto e o corruptor, um não existe sem o outro.