Joel e Castilho na Manchete Esportiva |
Nilton Santos e Dida |
Mazzola |
O Globo Esporte, que vem diariamente após o RJ-TV, prestou uma bela homenagem a ídolos do passado que deram muitas alegrias ao futebol brasileiro: Castilho, goleiro do Fluminense, Quarentinha, atacante do Botafogo e Dida, do Flamengo. Castilho foi brilhante mas não deu sorte quando convocado para a seleção. Foi reserva do Barbosa na Copa de 50 e titular em 54. Somente como reserva de Gilmar em 58 e 62 sagrou-se bicampeão mundial. Quarentinha foi convocado algumas vezes para amistosos da seleção, mas foi no Fogão que ele se destacou. Dida, o segundo maior artilheiro do Flamengo, depois do Zico, foi convocado para a seleção de 58 junto com seus companheiros de ataque Joel, Moacir e Zagallo. Apenas o centroavante Henrique não foi convocado. O Brasil estreou nessa Copa com uma vitória fácil sobre a Áustria por 3XO. A linha era formada por Joel, Didi, Mazolla, Dida e Zagallo. Dida não comprometeu. Foi duramente marcado por conta de sua fama de goleador. No segundo jogo, no empate de 0X0 contra a Inglaterra, não entrou em campo. Foi substituído inexplicavelmente pelo Vavá. Dizia o ditado que "time que está ganhando não se mexe". Ele não se contundiu, então por que apenas ele foi substituído? Esse empate preocupou a comissão técnica liderada por Vicente Feola, e alguns jogadores mais experientes, como Didi e Nilton Santos resolveram fazer uma revolução na escalação. Tiraram Dino Sani, Joel e Mazzola. Apostaram em Zito, Garrincha e Pelé. Zito era um desconhecido. Pelé uma promessa e Garrincha uma incógnita. Deu certo! Dida teve o gostinho da estreia mas foi compensado pelo primeiro título mundial na Suécia, onde o Brasil deu início ao pentacampeonato.
Nota da redação - Um registro: a Manchete Esportiva, que era semanal, foi nos anos 50 a revista que mais fotografou o futebol daquela época, acumulando um valioso arquivo de fotos de uma geração brilhante de ídolos e craques. Não custa lembrar que esse acervo único está virtualmente desaparecido. Desde que foi leiloado pela Massa Falida da Bloch Editores, o arquivo que pertenceu à Manchete e a mais duas dezenas de publicações da extinta editora foi levado para lugar incerto e não sabido. Fotógrafos que trabalharam na Bloch entraram com ação para tentar informações sobre o estado de conservação de cerca de 10 milhões de cromos, negativos e cópias. A ação não obteve sucesso até agora. As principais instituições culturais públicas e privadas que deveriam existir para cuidar da memória nacional foram procuradas pela Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores mas não se interessaram em pelo menos tentar um contato com o atual proprietário para buscar uma solução que pudesse preservar um patrimônio de valor incalculável.
2 comentários:
Ilustrar notas no nosso blog com reprodução de fotos e de capas publicadas na Manchete, Fatos e Fotos e outras revistas da Bloch, é muito importante para mostrar que o nosso arquivo fotográfico tem que ser localizado o mais rápido possível antes que se deteriore. Não sabemos se as condições do armazenamento desse material estará bem protegida desse calorão que assola o país. Caso contrário, uma grande parte da história do Brasil e do mundo estará completamente perdida.
Já li no jornal sobre o desaparecimento das fotos da Manchete. Caramba! Ninguém acha isso importante, não merece atenção? O cupim e o mocho vão comer tudo?
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