segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Responsabilidade dos jogadores de futebol vai além do campo. É o que ensina Falcão

por Eli Halfoun
A responsabilidade dos jogadores de futebol diante da torcida vai muito além do que mostram em campo. Como figuras públicas, eles devem ser exemplos de conduta, de caráter, enfim de um comportamento que possa ser admirado e copiado. Ficou bem para trás o tempo em que os jogadores de futebol eram considerados desinformados (e eram mesmo) e sem cultura, o que também não era exagero. O nível dos atletas melhorou muito nos últimos tempos desde que o futebol deixou de ser apenas esporte e diversão das periferias e ganhou gigantescas movimentações comerciais, aumentando muito a responsabilidade dos jogadores como exemplos para a torcida, especialmente as crianças, que um dia sonham ser iguais a eles. Quem chama atenção para a nova conduta dos jogadores de futebol (podem ser incluídos aí todos os esportes) é o ex-jogador, ex-comentarista e hoje técnico Falcão em excelente entrevista para a ”Folha de São Paulo”. Diz aí Falcão:

“Futebol é um trabalho de exposição pública – e isso devia fazer com que os profissionais do esporte tivessem mais cuidado com o que vestem e o modo com que se comportam. Mais importante do que a vestimenta é ser atencioso, aprender a falar (aprender a calar também), conviver com pessoas de outras áreas, conhecer outras culturas, outros costumes, desenvolver o bom gosto, a educação e o respeito pelos outros. Isso é ser elegante no futebol ou em qualquer outra atividade”. Difícil é exigir isso nas peladas das periferias onde surgem os craques que geralmente nem tem o que comer e são alimentados por sonhos. (Eli Halfoun)

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Falcão deve estar se referindo ao jogador de futebol europeu. Mas o futebol brasileiro pode hoje estar dividido em duas épocas. A primeira, sem nenhuma dúvida é a é[oca em que surgiram jogadores como Zizinho, Jair da Rosa Pinto e tantos outros da mesma categoria de comportamento, que se destacaram não pelo futebol que jogavam como pela conduta na sociedade em que viviam e uma segunda época que é a de hoje, cujos jogadores vem de favelas e periferias sem nenhuma educação, semi-alfabvetizados e ao primeiro salário a sua providência é comprar o carro do ano.
Despreparados até para ganhar dinheiro se perdem nas noites da boemia, das farras e noitadas, mulheres e por fim acabam nas drogas.