sábado, 11 de janeiro de 2014

Enquanto isso, na Capitania Hereditária do Maranhão

por Gonça
Em meio à tragédia que abala o Maranhão, a governadora Roseana Sarney disse na TV que o estado tem mais violência porque está mais rico. Soou como deboche. Estatísticas mostram o Maranhão com um enclave de miséria: seu PIB per capita é quase um terço do índice brasileiro. É onde reinam há 50 anos os Sarney. O eleitor, claro, tem culpa, mas a comunicação, a chave do cofre e a caneta que nomeia na Capitania de São Luís são dominadas pelo clã poderoso. Sarney, o sênior, aquele que para infelicidade do país começou tudo, tem, politicamente, a consistência da gelatina: adapta-se à panela nacional. Prestou serviços à ditadura e, quando esta quis passar o bastão, subiu no bonde da Nova República. Tancredo foi-se, e o dono da capitania ganhou cama e mesa no Planalto. Entregou o governo a Collor, mas este foi tão curto que logo o autor de "Marimbondos de Fogo" embarcou na campanha do impeachment e, em seguida, agregou-se a Itamar. Na sequência, abraçou Fernando Henrique, Lula e Dilma. Fez ministros em todos esses governos. Não há dúvida: todos são culpados pelo caos social do Maranhão. Aviso aos brasileiros: o clã não vai se aposentar. Papai Sarney já disse que Roseana vai ser presidenta do Senado. Se o "coroné" afirma isso, quem é o povo para contestar?

Um comentário:

B72 disse...

a pergunta é até quando o Maranhão vai mandar esse pessoal para Brasilia. Se querem votar mal pelo menos fiquem com esse pessoal em Sao Luiz. E façam bom proveito