segunda-feira, 2 de abril de 2018

No futuro, o Brasileirão poderá ser disputado por dois clubes em um estúdio de TV


por Niko Bolontrin 

A Fox Sports reproduziu na rede social comentário do ex-presidente do Atlético-PR, Celso Petraglia, sobre a "espanholização" do futebol brasileiro. O monopólio da TV, que privilegia clubes com maiores torcidas, não apenas na divisão dos direitos de transmissão, mas no tratamento jornalístico nos noticiários, poderá afetar o futuro do Brasileirão. O caso da Espanha é um exemplo. Nos últimos dez anos, com exceção de um título do Atlético de Madri, Barcelona e Real Madrid se revezaram no pódio de La Liga. Até a briga pela artilharia é prevista. Desde a temporada de 2009-2010, Cristiano Ronaldo reveza com Messi. Apenas no ano passado, Luís Suárez consegui superar a dupla. Na atual temporada, o Barcelona lidera com nove pontos à frente do Atlético e 13 adiante do Real. Os privilégios tendem a aumentar o abismo entre competidores e a imposição de horários afasta torcedores e deixa os clubes cada vez mais dependentes dos valores que a TV aceita pagar.
Craques em formação que logo vão para a Europa, o medo de assaltos nas ruas agravado pelo tardio horário dos jogos que, em dia de semana tem que aguardar o fim da novela, a violência das torcidas orghanizadas e campeonatos onde a maioria faz figuração poderão transformar o Brasileirão do futuro em um programa de TV, filmado em estúdio, com dois participantes ou, segundo os otimistas  no máximo seis times. Vai virar um quadro do Fantástico.

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