O Globo, edição de 1/4/2018. Reprodução |
O Globo, edição de 2/4/2018. Reprodução |
Pouco se sabe da investigação da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Depoimentos e diligências têm sido realizados, segundo as autoridades, em sigilo. Uma importante e exclusiva reportagem de Vera Araújo, publicada no Globo de domingo, revela que duas pessoas que presenciaram o atentado não foram ouvidas pela Delegacia de Homicídios da Capital.
As testemunhas contaram que aguardaram no local por alguns minutos até que a PM mandou as pessoas irem para casa.
Hoje, O Globo publica uma segunda matéria sobre o assunto e ouve especialistas que se surpreendem com o fato. O trabalho de arrolar depoimentos, segundo Rafael Garcia, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Rio de Janeiro, deve ser feito pela Civil, mas "a PM, no protocolo, não deve dispensar ninguém. Não é ela que investiga. Os PMs que chegam primeiro devem preservar o local", ele explica. O Globo procurou as polícias Civil e Militar e a Secretaria de Segurança. Ninguém se manifestou. O fato de a investigação estar sob sigilo não dispensa uma explicação sobre a "dispensa" de testemunhas oculares da execução de Marielle e Anderson. Uma das pessoas entrevistadas pela repórter Vera Araújo disse que os PMs mandaram embora as pessoas que encontraram no local do crime. Deduz-se que, muito provavelmente, outras testemunhas podem ter ido para casa em obediência à ordem da polícia.
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