quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

E o Brasil pegou o desvio à direita...


Neonazistas, fascistas, fundamentalistas da direita religiosa, terroristas, racistas, intolerantes, preconceituosos...

Um arrastão conservador varre alguns países. A expectativa é que, a partir da posse de Donald Trump e suas milícias políticas, a onda ganhe mais força.

O Financial Times destaca o avanço do neo-nazismo no Brasil. O deputado Jair Bolsonaro é citado na reportagem e seu nome ganhou destaque na repercussão da matéria na mídia brasileira e nas redes sociais. Mas o FT vai muito além e mostra que mesmo descartando-se alguma caricatura as ideias atribuídas a Bolsonaro são cada vez mais disseminadas pela mídia. Duas dúzias de colunistas e articulistas convidados se encarregam de difundi-las sistematicamente nos principais veículos.

Está tudo lá, o ódio, o incentivo a perseguições pessoais, o desprezo por políticas sociais e direitos humanos, o preconceito, a intimidação, a manipulação, o culto ao mercado acima de tudo e a selvageria financeira como dogma.

Muitas dessas ideias estão na superfície. A onda ultraconservadora tem representantes políticos, empresariais, intelectuais e religiosos perfeitamente visíveis, mas são relacionados grupos "subterrâneos" responsáveis por ações mais radicais como ataques a negros, homossexuais, nordestinos e militantes esquerdistas, ambientalistas e sociais.

No título, o FT questiona o mito da harmonia racial no Brasil. Harmonia essa que jamais existiu e foi alimentada ao longo da história apenas pela perspectiva dominante dos brancos.

Os "diferenciados" sabem muito bem o que sofreram e sofrem por baixo da máscara elitista.

A novidade, agora, é a ascensão da direita que dispensa o disfarce e rasga de vez a fantasia.

2 comentários:

Hanna disse...

Essa pregação de direita influencia as mentes mais fracas, como atirador que matou a família em São Paulo e fez uma carta com as posições da direita que le no jornal todos dia. Agora uma mae assassinou o filho porque ele era homossexual.

Juca disse...

N Rio de Janeiro a direita religiosa está no poder executivo. Vai se daqui pra pior