terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Força-Tarefa encontra notas de cruzeiro em sítio, junto com drops Dulcora, uma caderneta de poupança Delfin, uma calça US Top e uma garrafa de Crush. O dono do material suspeito ainda não foi localizado

por O. V. Pochê

Dizem que é capa da próxima Veja. Força-tarefa encontrou parte da propina supostamente repassada pelas empreiteiras para figurões do PMDB.

A dinheirama foi apreendida em espécie. A investigação só não foi fechada ainda porque resta uma dúvida: as autoridades querem saber porque parte do dinheiro apreendido está em notas de cruzeiro, moeda já extinta.

Em um mansão localizada em um sítio que antigamente abrigava um rendez-vous de normalistas foram encontradas caixas contendo comprovantes de aplicações no over night, ações da Coroa Brastel, boletos de depósito de poupança na caderneta da Delfin, contas telefônicas da CTB junto com fichas de antigos telefones públicos, um rádio de pilha, uma garrafinha de Crush, um pacote de Dulcora, uma Rural Wyllis abandonada na garagem, LPs de Altemar Dutra, um lança-perfume, uma calça US Top.

As autoridades suspeitam que todo esse material iria ser transportado para um endereço desconhecido. Isso porque encontraram um documento de uma transportadora sobre a contratação de um caminhão de mudança. Um Fenemê.

O proprietário do material recolhido ainda não foi localizado.

11 comentários:

Prof. Honor disse...

Faltou o Atari, o poster de Adele Fátima, a carteirinha do video-clube, o paletó da Ducal

J.A.Barros disse...

Não se esqueça dos figurões do PT que inventaram o PETROLÃO. SEJA HONESTO!

O.V. Pochê disse...

As delações dizem que o esquema de propina vem desde o governo de FHC e até anteriores. Como diz o Jacaré, "sabe de nada inocente!" quem acha que empreiteiras eram honestíssimas até 2003. Mas o assunto aí é a volta ao passado da nota de cruzeiro. E isso ninguém nega, é publico

J.A.Barros disse...

A propina existe neste país desde o seu descobrimento. Mas, a propina nesses tempos era moderada e até elegante cheias de rapapés. . No Brasil Imperial a propina era distribuição de títulos de nobreza que eram conferidos por serviços prestados à Coroa Imperial, mas não eram títulos de herança de família, Esses títulos morriam com a morte do nobre que o carregava ou mesmo eram tirados pelo Imperador como punição por traição ou incompetência na função exercida, e tivemos Marques de Maricá, Marques de Friburgo e Visconde Mauá. Títulos cartoriais era uma das formas de dar propina. De qualquer maneira a propina obedecia a certa regra que a revestia de honorabilidade. Com os tempos modernos a propina passou a ser fiduciária, quer dizer, dinheiro na mão, mas com certos pudores. Nada de exageros. Com a vinda do PT no cenário político e no poder a propina tomou ares assustadores e não mais se negociava em reais, a moeda vigente no país, passava-se a negociar em dólares: o exemplo maior é do ex-presidente da Câmara – hoje curtindo uma prisão em Curitiba – exigindo de um presidente de uma famosa Empreiteira 5 milhões de dólares e este presidente disse que deu esses milhões de dólares porque tinha medo desse ex-presidente. A coação moral também era usada para se obter altas propinas. Nas estatais, chegamos à Petrobras, a propina já fazia parte das licitações. Para cada obra licitada e combinada quem iria ganhar variava o percentual dependendo da importância e do seu valor em reais, de 1% a 3%, sobre o montante real. Ora, eram obras gigantescas tanto em tamanho como em valor em real. Diante disso as propinas assumiam valores tão altos que dava e sobrava para distribuir entre os grupos e diretores das estatais. Podíamos dizer o Brasil passava a ser República Brasileira da Propina.

Corrêa disse...

Propina elegante e roubo com honorabilidade é o máximo do cinismo, espantoso até onde vai a baixeza humana

Fran5890 disse...

Quem escreve isso, a assessoria do Temer. Muito ridículo propina com honorabilidade he he he he he

B72 disse...

Temer é culto, segundo os puxa-saco jornalistas, além do português ele fala esperanto

Kadu disse...

Saca o nível, o jornalista foi entrevistar Temer e o que mais impressionou o cara é que Temer um "homem bonito". Caralho!!!!!!!

B72 disse...

No final das contas não tem nada provado em números, o pode anular condenações, é tudo armado

J.A.Barros disse...

Não sei se este tipo de postagem seja um bom jornalismo. Me parece mais uma tentativa de fazer um texto para programa de humorismo. E mal humorismo porque não faz rir.

O. V. Pochê disse...

Não é pra fã de Temer ler, vai ver o Roda Viva onde o jornalismo anda de quatro e os puxa-saco idem.