domingo, 29 de janeiro de 2017

Manchete em um banco de praça de Curitiba: um logo que se apaga...

Foto Vitor Nuzzi

O jornalista e escritor Vitor Nuzzi, autor da biografia não autorizada "Geraldo Vandré, uma canção interrompida" (Editora Kuarup), esteve em Curitiba há poucos dias, fez o registro acima e o enviou para o blog.

O logo da Manchete desbotando-se ao tempo em um banco de praça.

Em 2007, quando quando pesquisava a vida do compositor, o jornalista entrevistou Eli Halfoun, ex-editor da revista Amiga, que fez parte do júri que apontou 'Sabiá" como vencedora do Festival da Internacional da Canção em 1968.

Como a história conta, o público queria a vitória de "Pra não dizer que não falei das flores", de Vandré, e vaiou pra valer a escolha oficial. Justino Martins, diretor da Manchete, também fazia parte do júri.

Vitor registra no livro a Manchete e a Fatos & Fotos como algumas das fontes de informações e de imagens reproduzidas na biografia, além de dezenas de depoimentos de personagens que viveram a época e de parentes e amigos de Vandré.

"Geraldo Vandré, uma canção interrompida" foi finalista do último Prêmio Jabuti 2016.

3 comentários:

RMuggiati disse...

Duplamente melancólico, pela Manchete e por Curitiba.
Em 1968 eu eera o editor de Artes e Espetáculos da Veja em
São Paulo e vim ao Rio assistir à final do FIC. Torci doidamente por
Vandré, vaiei Jobim e Chico. A canção do Vandré - e um show do
Caetano seminu na Lagoa enrolado na bandeira nacional - foram os
grandes motivos que levaram à decretação do AI-5, em dezembro; não
discurso do Marcinho no 7 de setembro.
Um bom domingo.
Abraços

J.A.Barros disse...

Essa é grande novidade sobre a história do AI–5. A canção do Vandré e o nudismo de Caetano Velos causaram o AI–5.

Hanna disse...

O fim da Manchete, mesmo com a falência da Bloch, foi também um prenúncio das mudanças radicais no jornalismo impresso. Vivemos outras epocas e outros jornais e revistas também se foram e estão no banco ha história. Em breve vários outros vão virar lembrança em praça. Não é bom nem ruim apenas diferente.