quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

MMA: quando sangue é dinheiro e hemorragia é aplaudida...

Artigo no Globo traz reflexões e revelações importantes sobre polêmica em torno de um "esporte" ou "show" violentíssimo como o MMA. Você poderá ler o texto de Flávia Piovesan clicando no link abaixo.  Dizem que o MMA vende jornal, revistas, pay per view e dá audiência à TV aberta. Daí, o forte apoio da mídia à prática. Como marketing, as chamadas celebridades brasileiras também são cooptadas para divulgar alegremente a porradaria do MMA. Enquanto que aqui não se discute nem se as lutas devem ou não ser transmitidas pela televisão ao alcance de crianças (o grotesco "espetáculo" da perna do lutador Anderson Silva foi consumido entre pipocas, ketchup e coca-cola) ou mesmo a proibição das lutas,  França e Tailândia já proibem o MMA. Em Nova York, desde 1997, são vetadas competições de MMA. O Canadá estuda banir a luta do país. Entre os argumentos, além do sangue correndo no octógono, as mortes por hemorragia cerebral dos lutadores Douglas Dedge, Sam Vasquez,  Michael Kirkham e Dustin Jenson, centenas de outros episódios de lesões graves e casos como a morte de uma criança espancada pelos dois irmãos mais velhos quando "brincavam" de lutar. No Brasil já há registros de conflitos de crianças em escolas de primeiro grau com meninos aplicando "mata-leão" em outros. Costuma-se rotular gerações de tempos em tempos. Já tivemos a "geração perdida", a "geração baby-boomer", a "geração beatnik e, agora, forma-se a "geração porrada". E houve a "geração amor livre", lembram? Essa última, a propósito, não era muito mais interessante do que a pegação hemorrágica no octógono? Bom, há gosto pra tudo.



LEIA O ARTIGO DA PROFESSORA E PROCURADORA DO ESTADO FLÁVIA PIOVESAN, DE SÃO PAULO, NO GLOBO DE HOJE. CLIQUE AQUI

12 comentários:

XLLX disse...

Não concordo. MMA é um esporte.

Bruna disse...

Mma é a soma de todas as lutas. Uma soma que deu zero. É apenas um negocio .nao tem nada de esporte é açougue com alguns milionarios e um bando de explorados

Unknown disse...

Artigo da Flávia Piovesan dissecado...

1) “Horrível e agonizante” foram as expressões mais utilizadas pela imprensa ao reagir às gravíssimas fraturas na canela sofridas por Anderson Silva, derrotado em nocaute técnico, em luta MMA (Mix Marcial Arts) com o americano Chris Weidman, em 29 de dezembro. O osso da perna de Anderson Silva teria quebrado ao meio, em uma chocante cena de brutalidade.
O episódio lança três indagações: qual deve ser o papel do Estado em relação à prática do MMA?

RESPOSTA: Se a autora, insigne jurista, se desse ao (rápido) trabalho de pesquisar sobre o tema "fraturas" em outros esportes, constataria q uma perna quebrada, como a do Anderson, é algo muito comum em inúmeras modalidades desportivas. No futebol, uma rápida pesquisa mostraria q volta e meia alguém sofre uma fratura grave no esporte mais popular do mundo...
Aliás, sequer seria preciso pesquisar p/ constatar o q eu digo acima: basta lembrarmos da fratura bizarra do Ronaldo "Fenômeno" ou, desculpem-me o termo, o "crânio rachado" daquele q foi talvez o nosso mais popular esportista: o inesquecível Ayrton Senna...
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2) Devem as lutas ser transmitidas pela televisão sem qualquer limitação? Como proteger sobretudo crianças do impacto violento do MMA?

RESPOSTA: Não sei se a autora atentou p/ o fato, mas as lutas de MMA são geralmente transmitidas bem tarde da noite, o q já não deixa de ser uma grande "limitação". A própria TV aberta, se ela não percebeu também, evita colocar imagens mais fortes em certos horários e, quando os eventos acontecem de manhã ou de tarde, só passam em ppv, q só possui quem optou por PAGAR pelo mesmo, ou seja, só quem OPTOU TER o ppv! E creio q ela deve saber muito bem q a CF/88 protege essa "liberdade" do "consumidor". Não vou nem me prolongar demais, pois a especialista em direito é ela, não eu.
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Unknown disse...

3) De acordo com a Constituição é dever do Estado fomentar práticas desportivas como direito de cada um. Também é dever do Estado assegurar à criança absoluta prioridade, colocando-a a salvo de toda forma de violência e crueldade, como sujeito de direito em peculiar condição de desenvolvimento. Ao disciplinar a programação de emissoras de televisão, a Constituição ainda consagra, como princípios, a preferência a finalidades educativas, bem como o respeito aos valores da pessoa.

RESPOSTA: Já pratiquei futebol de campo, futebol de salão, vôlei, natação, bodyboard e algumas artes marciais, mais notadamente o jiu-jítsu e tb o MMA. C/ base nas minhas experiências PESSOAIS, coisa q a autora não tem, posso garantir: foram justamente nas "violentas e cruéis" artes marciais onde mais me deparei c/ o tal "RESPEITO AOS VALORES DA PESSOA." Nas artes marciais encontrei, na média, as pessoas mais honradas q já conheci na vida. As pessoas mais íntegras, mais tranquilas e mais "centradas". Enfim, onde eu mais aprendi a ter "valores" e a respeitar terceiros!
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4) Lutas de MMA têm resultado em morte, lesões graves e permanentes. Registram-se, ao menos, oito casos de morte, em geral causadas por hemorragia cerebral, em virtude de socos na cabeça — como tragicamente atestam as mortes dos lutadores Douglas Dedge, Sam Vasquez, Michael Kirkham e Dustin Jenson.

RESPOSTA: Além de ter "inflacionado" os casos de morte no MMA, a autora mostrou "ignorância" sobre o assunto e mais uma vez não se deu ao trabalho de pesquisar estatísticas de outros esportes: INÚMEROS esportes machucam mais e MATAM mais do q o MMA. Listo aqui alguns q matam MUITO mais do q o MMA: ciclismo, automobilismo, voo livre, parkour, alpinismo, motociclismo, boxe, muay thai, futebol americano etc. Caso a autora tenha alguma dúvida, basta fazer o q não fez ao se preparar p/ escrever o lamentável artigo no jornal "O Globo": PESQUISAR.
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5) Desde 1997, em Nova York são proibidas competições do MMA. Na França e na Tailândia, o MMA também é vedado, havendo um forte movimento no Canadá pela proibição.

RESPOSTA: Aqui, a autora chega aos píncaros da "ignorância" sobre o assunto. Ou pior (espero sinceramente q não): da manipulação de informações p/ corroborar sua tese. Vamos por partes:
Tirando talvez pelo Canadá (não tenho essa informação), em todos os lugares citados existe interesse POLÍTICO em proibir o MMA.
Vejamos: no Canadá, o "forte" movimento de forte não tem nada, pois parte de um setor específico da sociedade. Diga-se de passagem, o MMA é o segundo esporte mais popular do país, atrás apenas do hóquei no gelo. Então, pergunto: afinal, o q é exatamente "forte"? O movimento contrário ao MMA no Canadá ou o MMA em si, q é adorado pela grande maioria do povo canadense? Bom, se o movimento contra é "forte", eu simplesmente não consigo adjetivar o movimento a favor... "hiper", "mega", "ultra" forte? Por aí...
Na França, a proibição também é política, fruto de pessoas ligadas a outros esportes de luta q não têm interesse em ver o MMA (possivelmente) ofuscar suas respectivas modalidades. Vale lembrar q na França o boxe e o kickboxing são populares, sendo q qualquer um q tenha um mínimo de conhecimento sobre artes marciais sabe q tanto o boxe como o kickboxing são mais perigosos do q o MMA.
E agora a pior de todas: ela cita o fato da TAILÂNDIA proibir o MMA como argumento p/ provar q o mesmo é violento! Meu Deus! Alguém avisa à doutora q o esporte NACIONAL da Tailândia é o muay thai, modalidade de luta BEM mais agressiva e perigosa do q o MMA! Aliás, até onde eu sei, o muay thai, ou boxe tailandês, é a modalidade mais agressiva e violenta das artes marciais!
Realmente escrever sobre um assunto sem conhecê-lo direito, e sem pesquisá-lo decentemente, é um problema sério...
NYC? Logo, logo, vão liberar o MMA por lá, aliás, como é em praticamente todos os EUA...
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Unknown disse...

6) No Brasil, a luta é permitida, havendo ainda total liberdade para sua exibição pelas emissoras de TV, em qualquer horário. Tragédias recentes, todavia, demonstram o impacto do MMA na banalização da brutalidade, o que tem estimulado o comportamento violento e agressivo de crianças, culminando em vítimas — como ilustram os tristes casos da morte de uma criança de 2 anos, espancada pelos irmãos de 11 e 13 anos, que “brincavam de luta”, em 5 de fevereiro de 2013; e da morte de uma criança de 8 anos, após ter sido agredida em uma “brincadeira de luta” com dois irmãos gêmeos de 12 anos, em 23 de fevereiro de 2013.

RESPOSTA: Minha senhora, o q tais casos isolados conseguem provar? Te digo: NADA! A não ser q vc traga um trabalho sério, criterioso, q prove q o MMA estimula a violência, tudo isso não passa de uma grande falácia.
Caso contrário, deveríamos aplicar tal (frágil) argumento p/ todas as coisas: filmes, videogames, seriados, automobilismo etc. Se alguém q viu um filme violento ou pratica uma luta resolver agredir ou matar outra pessoa, o problema NÃO está no filme nem na arte marcial q ela pratica, mas sim na própria pessoa! Trata-se, a meu ver, e de maneira geral, de um problema de EDUCAÇÃO!

Ps.: "Brincadeira de luta" é algo q SEMPRE existiu em todas as sociedades! Eu mesmo vivia "brincando de luta" qdo criança, e isso muito antes de sequer saber o q era o MMA! Meu Pai do Céu...
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7) Neste contexto, merece atenção o Projeto de Lei 5.534/2009, que objetiva a vedar a transmissão de lutas marciais não olímpicas pelas emissoras de televisão.
(...).

RESPOSTA: Alguém avisa à conceituada jurista q várias modalidades OLÍMPICAS machucam e matam mais do q o MMA! Inclusive, o boxe, cujo propósito é esmurrar o corpo e o rosto dos adversários, de preferência mandando-os desacordados p/ o chão...
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8) Por unanimidade, o STF, em 26 de maio de 2011, declarou inconstitucional a lei estadual 2.895/98, do Rio de Janeiro, que autorizava a briga de galos, por institucionalizar a prática da crueldade, em violação à Constituição, que veda a submissão de animais a atos de crueldade — o que levou o Supremo a descaracterizar a prática como manifestação cultural. Com o mesmo argumento, o tribunal considerou a farra do boi (que envolve a tourada de corda e a surra de touros, causando, por vezes, a morte de animais), como uma manifestação atentatória à Constituição. Na Espanha, a tradicional tourada foi proibida na região da Catalunha em 2011.
Seria o MMA um esporte ou estaria a institucionalizar a prática da violência? Como sustenta o professor da Universidade de Princeton Anthony Appiah, em recente livro (“The Honor Code: how moral revolutions happen”), o mundo tem testemunhado revoluções morais, que permitem abandonar rituais seculares — como aponta o próprio fim da escravidão.
Afinal, há sempre o direito de transformar práticas culturais, por meio do fortalecimento do senso de dignidade e respeito, em repúdio a brutalidades.

Flávia Piovesan é professora da PUC/SP e procuradora do estado

RESPOSTA: Considero este trecho uma "desonestidade intelectual". Não vou nem perder o meu tempo combatendo um argumento tão absurdo como o de comparar o MMA c/ rinhas de galo e/ou touradas. Só faço uma pergunta, ilustre procuradora: os galos e touros ESCOLHERAM estar ali?

Ps.: Não estudei nem pesquisei p/ rebater esse artigo lamentável. Escrevi de "bate-pronto" em 25 minutos. Ele é tão eivado de falácias e falta de argumentos (válido e/ou concretos) q não foi necessário me preparar...

"Ignorância" em sentido primário: "ignorar ou não ter conhecimento de determinada coisa".

Ps.: Já q a senhora é uma conceituada jurista, sugiro debater o assunto c/ o faixa coral de jiu-jítsu e amante do MMA Luiz Fux. C/ certeza, trata-se apenas de mais um "bruto violento e sádico" como tantos outros amantes do esporte q mais cresce no mundo...

Unknown disse...

http://boxrec.com/media/index.php/Category:Ring_Fatalities

J.A.Barros disse...

O povo gosta de ver sangue. Desde os espetáculos no Coliseu de Roma que o Estádio se enchia de espectadores a urrarem de prazer ao verem o sangue de gladiadores, cristãos e feras serem derramados nas areias da arena sangrenta criada pelos imperadores do mundo. O homem é sádico por sua natureza.

Wedner disse...

E essa violência passa na televisão em qualquer horário. Falar dos gladiadores tem a ver. Quem viu o filme viu que o imperio romano recolhia nas colonias escravos e condenados para dar espetáculo para a elite romana. MMA é isso mesmo, Roma é Las Vegas e a carne para o businesse é remetida pela "colônia" Brasil. Uns poucos lutadores ganham dinheiro, o resto é bucha que alimenta o show.

Emerson disse...

É preconceito contra o MMA esporte como outro qualquer. Fórmula 1 também mata.

J.A.Barros disse...

Não acho que tipo de luta seja esporte.

Haimovic disse...

Tem um jornal que é dono do canal que transmite luta que defendeu o mma dizendo que qualquer coisa para impedir é censura. Daqui a pouco vai defender roleta russa. Vai dar audiencia que é o que interessa.

ganhar curtidas disse...

Muito bom o post gostei !