sexta-feira, 28 de junho de 2013

Uma lição de amor e de talento com a autista Linda de “Amor è Vida’

por Eli Halfoun

Nem sempre é preciso aparecer muito, ou seja, em todos os capítulos, e falar um texto enorme (que os atores chamam de "bife") para marcar presença em uma novela de sucesso. O recente exemplo é a perfeita participação da atriz Bruna Linzemeyer interpretando a personagem autista Linda na novela "Amor à Vida". Sem dizer uma única palavra Bruna tem sido destaque porque temo dom das grandes atrizes: ela não precisa de palavras porque fala a linguagem das expressões. Nada revela mais intensamente uma emoção, uma dor e até a felicidade do que a expressão, quer dizer, o olhar. Pode-se afirmar sem médio de errar que nossas emoções estão sempre na cara.

É muito importante que o autor Walcyr Carrasco esteja abrindo fundamental espaço para colocar no foco das atenções uma questão que precisa ser vista (e tratada) com mais carinho até porque autistas, assim como portadores da síndrome de Down, são pessoas extremamente carinhosas e que vivem em um mundo próprio que não podemos invadir, mas precisamos entender sem sufocá-los com excesso de amparo que lhes tire a vida própria e invada o mundo de fantasia no qual depositam seus sonhos e suas vidas muito particulares.  Não tenho dúvidas de que a partir da ótima atuação de Bruna Linzemeyr o autismo (e a síndrome de Down) será visto com maior interesse ajudando a que se coloque fim e enfim um ponto final preconceito que como qualquer outro preconceito não faz o menor sentido. Conviver bem e afetivamente com portadores de autismo ou síndrome de Down é conquistar mais aprendizado de vida. E de amor. (Eli Halfoun)

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