sexta-feira, 28 de junho de 2013

Manifestações: cuidado para não diluir o grande movimento popular

por Eli Halfoun

Nada tenho contra manifestações. Pelo contrário: acho sim que elas podem acordar o país para muitas coisas e já participei de várias como manifestante e principalmente como repórter. A manifestação que reuniu 300 mil pessoas no Rio e outras tantas mil em outros estados (estima-se um milhão de manifestantes, isso sem contar os que não foram pra a rua, mas estavam e estão solidariamente manifestando-se. Só que agora "está virado zona", como se diz popularmente. Essa multiplicação de passeatas está tirando a força da primeira e grande manifestação. É verdade que temos muito do que reclamar, mas é verdade também que não se pode reunir duzentas, trezentas e até mil pessoas a pretexto de cobrar mudanças praticamente pessoais. Está ficando muito confuso e diluindo o protesto maior e mais importante feito em nome de todo o povo. Um gritinho aqui outro ali só serve para criar tumulto - um tumulto do qual muita gente está se aproveitando criminosamente. Pensem bem: se todo dia tiver uma "manifestaçãozinha" em qualquer esquina a verdadeira manifestação corre o risco de ficar desacreditada porque sempre haverá pessoas interessadas em minimizar a importância das reivindicações populares. O que o grito do povo pretende é consertar o país e não o esgoto de cada comunidade, que também precisam da atenção dos governantes, mas não a ponto de desviar o foco maior da manifestação maior. É preciso unir forças: dividir-se em pequenos grupos faz barulho, mas não resolve nada. Resolver é a chamada urgência urgentíssima. É como no futebol pequenos grupos de torcedores ajudam, a fazer barulho, mas é a torcida em massa que empurra o time. (Eli Halfoun)

Um comentário:

debarros disse...

Foi através das manifestações populares e da morte de mais de 2 mil pessoas, além de centenas de feridos, à bala pelos tiros disparados pelos solados do Exército Vermelho, que na Praça da Paz Celestial a China começou a sua marcha para o rompimento com o regime ditatorial comunista e de forma lenta e progressiva entrou no mundo do mercado livre se tornando, hoje, a segunda maior economia do mundo.
É preciso protestar sim. O povo, vejam bem, o Povo precisa sair às ruas e protestar contra esse governo petista que está arrasando com o país.