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Foto Arran Hoare/Gabinete do Primeiro Ministro |
Reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas. François Hollande, Angela Merkel e David Cameron deixam o campo e se encaminham ao vestiário. A política externa da Europa, a partir da Segunda Guerra Mundial, ficou a reboque de Washington, mas desde a crise da Ucrânia, quando as potências ocidentais instrumentalizaram o golpe que derrubou o presidente Victor Yanukovych, a submissão diplomática é vexatória. Os Estados Unidos arrastaram a Europa para várias aventuras militares que, ao invés de resolver, ampliaram conflitos. Iraque, Líbia, Afeganistão, Síria tornaram-se a proveta que gerou e potencializou o terrorismo do Estado Islâmico. Nessa semana, os líderes europeus se reuniram para discutir as sanções à Rússia, que deveriam expirar em julho e setembro próximos. Um telefonema de Obama, na última quarta-feira, para Angela Merkel, fez o trio tremer nas cadeiras. O presidente norte-americano não quer aliviar as pressões tão cedo. Ele considera que o mundo vive uma nova "guerra fria". Embora a própria Angela Merkel tenha dado sinais de que a política de sanções não ajuda a obtenção de um acordo, o trio acima reconheceu um "yes we can't e divulgou um comunicado: “O Conselho Europeu decidiu que a continuidade das medidas de restrição contra a Federação da Rússia, adotadas em 31 de julho de 2014 e intensificadas em 8 de setembro de 2014, deverá estar fortemente atrelada à realização dos acordos de Minsk, levando em conta que as mesmas se referem às sanções válidas até o dia 31 de dezembro de 2015. As decisões necessárias neste âmbito serão tomadas nos próximos meses. O Conselho Europeu está pronto para adotar medidas adicionais, em caso de necessidade”,
3 comentários:
Omelete, não pretendo discutir as suas ideias sobre o momento político que se trava no momento entre o mundo ocidental e as pretensões expansionistas do ex-agente da KGB,hoje presidente da Russia. senhor Putin. A Criméia, por sua posição estratégica ele já anexou e agora quer anexar as cidades do leste ucraniano assim como já está invadindo um espaço territorial da Geórgia, como tentou anexar um espaço da Bielorussia. E como sempre espaços estratégicos.
Muita coisa vem no embalo da propaganda ocidental. Historicamente, a Crimeia é russa. Não só um plebiscito decidiu isso como agora uma pesquisa feita pela Alemanha constatou que cerca de 86% da população continua a favor da Crimeia russa. Quanto à pretensão expansionista, quem instalou redes de mísseis em paises como Polonia, República Tcheca, Dinamarca e outros foram os Estados Unidos, há alguns anos, reativando a Guerra Fria. No caso da Ucrânia, um presidente eleito foi deposto pelo Congresso (mais ou menos como estão querendo fazer com a Dilma). No Leste da Ucrania não tem tropa russa, ou já estaria fotografada e divulgada. Tem rebeldes de etnia russa, com todo direito.
Vergonha essa submissão dos líderes europeus. A Inglaterra, virou filial de Washington. Não tem mais política externa autônoma.
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