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O fim da IstoÉ Gente. Nem o
sobrenatural garantiu vida longa |
Mais uma má notícia para o mercado editorial de revistas. A Editora Três anuncia o fim da IstoÉ Gente e, pra variar, a demissão de jornalistas. Se a mídia impressa está no meio de um furacão de categoria 3, o meio revista já se debate sob ventos de categoria 5. Trata-se de uma tempestade perfeita que tem levado embora leitores que compravam as publicações em banca, assinantes e anunciantes. E o impasse é ainda maior porque as revistas que abriram versões digitais têm conseguido alguma visibilidade, o que é bom, mas pouco faturamento, o que não ajuda a desfazer o nó. O clima é melancólico, de fim de festa, de fim de era. Entre os especialistas, infelizmente, o debate não é se as revistas vão se tornar obsoletas, mas
quando. Algumas lutam pela sobrevida. Resistirão por mais algum tempo
. Mas o "s" da placa "sem saída" já pode ser visto depois da última curva. São tão frequentes as notícias sobre revistas "descontinuadas", para usar o ridículo jargão, que profissionais de comunicação se indagam apenas sobre "qual será a próxima". Curiosamente, um mercado em ascensão é o das revistas customizadas de marcas ou de instituições culturais ou de classe dirigidas a grupos específicos de leitores. Os custos hoje permitem que tais publicações, com tiragens de 5 mil ou 10 mil exemplares e distribuição gratuita, geralmente, ofereçam qualidade gráfica e jornalística compatíveis com as revistas dos grandes grupos. Assim como a rede tem dado voz a muitos cidadãos, as customizadas também podem veicular assuntos e opiniões que a velha mídia não absorve por motivos políticos, ideológicos, corporativos, comerciais ou mesmo editoriais.
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