segunda-feira, 30 de março de 2015

Argentina, Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador: a bola da vez é o "golpe constitucional"


por Flávio Sépia
Até a última manifestação, a do dia 15 de março, alguns movimentos surgidos nos protestos d de jnho de 2013 evitavam o "fora Dilma". Essa fase, peolo vitso, passou. O "Vem pra rua", que convoca para a manifestação de 12 de abril, já assume sua verdadeira bandeira. O grupo faz a real "dentro da lei". Por enquanto, não há nas investigações qualquer indício da participação da presidente em qualquer esquema. A campanha, contudo, dispensa tal envolvimento. é lamentável constatar que o Brasil e a América Latina  não são donos das suas histórias e são guiados por "modismos". Senão, vejamos: as ditaduras, nos anos 1930, interessavam aos grandes 'trusts", era a época das "plantations" e de corporações que estabeleciam monopólios internacionais de café, bananas e frutas em geral, fumo, madeira, borracha etc. A América Latina e a América Central obedeciam ao figurino. Algumas dessas ditaduras sobreviveram até os anos 1960/1970. Com a Guerra Fria, a "ameaça" comunista passou a ser o coral na região e governos com alguma identificação com reivindicações sociais foram derrubados. O continente foi, como em uma triste coreografia,  dominado por nova onda de sangrentas ditaduras. Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai, Peru etc. Líderes e militantes esquerdistas foram assassinados, a tortura tornou-se "política de Estado". Veio a redemocratização e, com ela, um casuísmo: as eleições em dois turnos. Novamente, a diretriz emanada de Washington se espalhou pela América Latina. Avaliou-se que, em vários países da América do Sul, especialmente, a esquerda tem um percentual de votos, mis ou menos fixo, que gira em torno de 30%. O que, em uma eleição em turno único com vários candidatos, com eventual divisão da direita, pode facilitar a vitória de um postulante socialista. A eleição em dois turnos surgiu com o objetivo estratégico de dar à direita a chance de juntar forças para um segundo turno. E levar o candidato apoiado pela esquerda a fazer coligações com forças centristas, amenizar suas propostas, em alguns casos até neutralizar, para alcançar a vitória. Um exemplo: o Lula que quase derrotou Collor não foi o mesmo Lula que derrotou Fernando Henrique. No Brasil, a reeleição, outro casuísmo, surgiu para dar um segundo mandato a um político alinhado com o neoliberalismo. O último "modismo" ditado à região é o "golpe constitucional". Casos de Honduras e Paraguai (fora da região, a Ucrânia também se encaixou no modelito). É é o que se tenta fazer agora em países que estão sob pressão, casos da Argentina, Bolívia,Venezuela, Equador e Brasil. A "orquestra", mais uma vez, está tocando a mesma marcha. Só falta todo mundo dançar no mesmo ritmo. Ou resistir à coreografia..

9 comentários:

Corrêa disse...

Tio Sam manda e os palhações aqui obedecem. Mas é claro que esses sistemas interessam à elite brasileira por isso é que são rapidamente implabntados

J.A.Barros disse...

Que tal acara da don Dilma nas notas de 1 real?

Wilson disse...

No campo jurídico, já estão atrás de uma maneira de diferenciar o finacimento de campanha do que é propina. Vão arrumar algo parecido com o tal de "domínio do fato" inconstitucional e que permite condenação sem provas para dar o golpe

Mariana disse...

Resiste Dilma, mesmo achandop que o governo cometeu erros, vc teve mais de 52 milhões de brasileiros que votaram em você. Democracia não é a putaria que os coxinhas pensam que é. Qualquer governo que defenda o interesse do povo e torpedeado pela imprensa e pela elite corrupta e sonegadora. Cadeia para os corruptos e sonegadores e prossiga no governo social

J.A.Barros disse...

Esses corruptos e sonegadores, na sua maioria até agora, são do PT e da aliança que apoia o governo.
A diferença de votos para o segundo candidato foi muito inexpressiva. Não constitue maioria absoluta e incontestável.

J.A.Barros disse...

Essa diferença de votos o Tiririca tira de letra.

Valdir, de Goiânia disse...

Seja por queda de golpe militar, de renúncia, de impeachment, Dilma tem que sair. Precisamos botar no governo federal, com intervenção em alguns estados e municípios, no congressom, trazer homens honestos, de fé religiosa, de amor à família. Temos exemplos na história, Francisco Franco, Salazar, Médici, precisamos achar esse líder forte. Tenho ódio ao PT e concordo e apoio J.A.Barros

Georgia disse...

Não há a menor dúvida de que o golpe está em andamento. Até atentados a bomba conta sede de um partido já aconteceu em São Paulo. Manifestantes de direita aplaudiram a PM que espancava um rapaz que protestava contra as pessoas que pedem ditadura. São violentos, já patrocinaram a tortura em passado recente. triste Brasil

J.A.Barros disse...

Dona Dilma não tem que sair, apenas reformar o seu staf e conselheiros e nomear gente competente – o que vai ser difícil encontrar nos militantes do PT – para as posições chaves da governança. Esse Cardoso,ministro da Justiça é um desastre assim como o arrogante Mercadante. Não se governa um país com analfabetos.