domingo, 22 de março de 2015

A "guerra civil" da comunicação se expande na rede. Opositores de Dilma Rousseff compram espaço no site norte-americano TMZ para divulgar vídeo contra o governo

Campanha contra Dilma tem link patrocinado no site norte-americano TMZ, de fofocas internacionais veiculado pela agência norte-americana Taboola. Foto: Reprodução TMZ 

Nas últimas eleições, foi bem mais intenso o uso de redes sociais pelo PT e PSDB. Ambos, como foi noticiado, usaram "robôs" para espalhar mensagens. "Robôs", como se sabe, são programas que multiplicam conteúdo e ajudam a propagar informações. Podem ser programados, por exemplo, para postar na rede social todas as mensagens que contenham determinada palavra. São conhecidos como "socialboots". São muito usados em pesquisas feitas em sites,  podendo falsificá-las, já que turbinam votos. Espalham também, se esse for o objetivo do programador, boatos, fofocas e ofensas. Finalizada a eleição, o PT teria parado de usar os "robôs" e essa é uma das autocríticas recentes da política de comunicação do governo, ao sinalizar que Dilma abriu a guarda. O PSDB continuou com a comunicação robotizada e teria gasto na ofensiva 10 milhões de reais, de novembro a março. Perdida a eleição, o objetivo passou a ser a disseminação de críticas a Dilma Rousseff e a estratégia de minar o governo e a chamada governabilidade. Alguns grupos que participam da organização de protesto contra Dilma admitem publicamente que têm recebido contribuições de empresas e pessoas favoráveis ao impeachment e à volta da ditadura militar. Hoje, o site de fofocas de celebridades internacionais TMZ, norte-americano, exibe um vídeo em que um caminhoneiro, segundo o título da nota, "humilha" Dilma. Trata-se de conteúdo patrocinado, segundo o próprio site adverte. Nota e vídeo estão em português, o que demonstra que quem comprou o espaço quer dirigir-se apenas aos leitores brasileiros do TMZ ou a brasileiros que residem no Estados Unidos. O espaço publicitário foi adquido através da agência Taboola, especializada em monetizar sites e rede social. A iniciativa demonstra que os interesses políticos estão agora turbinados por forte apoio financeiro. A "guerra civil" da comunicação promete briga de foice no escuro neste turbulento 2015.

Um comentário:

Corrêa disse...

EStá na cara que esse movimento contra a Dilma não é de amadores. O pessoal que foi pra rua bem intencionado no domingo de manifestação vai ter que resolver de que lado vai ficar nos próximos meses, se do golpe ou da democracia.