domingo, 8 de junho de 2014

Seleção não pode depender só da magia do futebol de Neymar

Marcelo, Neymar, Hulk e David Luís: treino regenerativo na piscina da "República de Comary", em Teresópolis. Foto de Rafael Ribeiro/CBF
por Eli Halfoun
Por motivos que nada tem a ver com futebol, a impressão que fica aos menos informados é a de que não há muito entusiasmo em torno da Copa e em consequência da seleção brasileira. É só aparência: a torcida bota muita fé no time comandado por Felipão e até aposta (embora prematuramente) que o hexa já é nosso. Só um importante detalhe parece preocupar parte da torcida e a maioria dos comentaristas de futebol (tem uma penca deles em ação). É a dependência que o selecionado pode estar criando pode estar em torno de Neymar, o nosso craque maior. O fato concreto é que quando Neymar não joga muito bem (raramente joga mal e até o mal dele é bom) a seleção sente e cai de produção. Essa “Neymar dependência” é perigosa: o time, repleto de craques não pode e não deve depender apenas da magia do futebol de Neymar. Nesse time todos precisam ser mágicos, inclusive para superar uma improvável má atuação do craque maior. Digo improvável porque Neymar é apaixonado por futebol e com paixão tudo fica sempre mais fácil. De qualquer maneira, não seria desperdício de tempo preparar o selecionado para independer do futebol de Neymar. Ou seja: se ele não estiver bem (o que repito é muito difícil) é bom (muito bom) que os outros craques estejam. Ficar com o hexa no Brasil depende fundamentalmente do bom futebol de todos os jogadores. Futebol é conjunto e por isso mesmo não pode depender apenas dos pés de Neymar e sua magia com a bola. Neymar é sim fundamental para a seleção brasileira. Os outros dez jogadores também precisam ser. E são. (Eli Halfoun)

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