por Eli Halfoun
A recente contusão de Anderson
Silva é um bom motivo (e momento) para discutir a violência das lutas como
esporte. Os mais entusiasmados torcedores de MMA e outras agressões aceitas oficialmente
podem argumentar que Anderson Silva foi vítima de uma fatalidade. Foi sim, mas
ainda assim é impossível não perceber que lutadores se expõem conscientemente a
esse tipo de fatalidade, às vezes até como diz a palavra fatal. Em tidos os
esportes existe sempre a possibilidade de uma contusão mais grave, mas em
nenhum esporte o competidor sai de cena quase sempre com a cara arrebentada e o
físico dolorido.
Nesse momento ninguém pode
prever se Anderson Silva voltará a pisar em um octógono. Sua luta agora é para
voltar a viver sem medo porque além da dor da violência sempre existirá também
a dor emocional da decepção e de uma perda não para o adversário, mas sim para o
próprio esporte. Acredito que Anderson
Silva deveria usar o grave acidente que quase lhe custou a perna para encabeçar
um movimento de profissionais para repensarem as lutas, criar novas regras e o
que é mais importante como preservar os lutadores das “fatalidades” de uma
violência sempre esperada. Esse pode ser o momento mais importante da brilhante
carreira de Anderson Silva. Mesmo que ele não volte a lutar. (Eli Halfoun)
6 comentários:
Isso aí não é esporte. Mas eu sou contra briga de galo, de cachorro, de canário, touradas. Dois homens adultos resolvem se bater, problema deles. Fodam-se.
Fiquei muito decepcionado coma primeira luta do Anderson querendo mostrar agilidade e zombando do adversário. Acabou levando um cruzado de esquerda que o nocauteou. O que ele tentou fazer só um lutador de box no mundo tinha capacidade e competência no mundo: Muhamad Ali.
Nessa última luta quebrou a perna por incompetência. Tentou chutar o adversário com a canela, que aparou o golpe muito bem quebrando a sua canela. Chute se dá com o peito do pé e não com a canela que é o privilégio dos pernas de pau do futebol.
É um grande esporte e tem regras infelizmente sofre preconceito e não permitem que se transforme em esporte olímpico.
O futebol, que é um esporte muito menos violentos que as lutas nos tatames, quando um atleta se lesiona e sangra, é imediatamente retirado de campo para ser medicado. Nas lutas, por exemplo, eles se esvaziam em sangue e continuam lutando até terminar o round. São medicados e voltam sem nenhuma proteção no local lesionado. Nem um pequeno esparadrapo é permitido. O adversário aproveita e só dirige as pancadas no local afetado. Isto é barbaridade, não é esporte. Daí, lutas marciais não serem incluídas nas Olimpíadas. No boxe, os atletas entram protegidos.
Espero que nunca se transforme em esporte Olímpico. Desculpe Diguinho, mas além da sua brutalidade é um esporte feio muito feio. Desde a sua criação deve ter morrido ou ficado aleijado muito mais lutadores desse esporte do que os lutadores do boxe tradicional.
Muito sangue. Nem é exemplo para crianças transformar esses violentos em herois. Professoras já apartam briga em colegio de meninos que imitam esses caras
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