quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A noite em que enfim o céu é na terra e brilha para todos. Intensamente

por Eli Halfoun
Foram vários os réveillons que passei na praia de Copacabana: alguns por opção (opção praticamente imposta porque eu morava na esquina da Avenida Atlântica) e outras tantas por obrigação profissional para a cobertura jornalísticas do evento. Todo ano fica a sensação de que o espetáculo pirotécnico foi o melhor, mas o próximo show supera o anterior. Será difícil que no final de 2014 o novo espetáculo de pirotecnia venha superar o que se viu nessa virada do ano. Mesmo quem acompanha há anos a chamada queima de fogos foi surpreendido nessa virada do ano com um deslumbrante espetáculo de cor, luxo e extrema beleza. Se os fogos brilham no céu a população brilha na terra fazendo uma festa de alegria e entusiasmo durante seguidos três ou quatro dias até o momento de olhar para o céu e sentir-se realmente abençoado. O espetáculo de barracas erguendo-se na branca areia de Copacabana – mais branca ainda com pessoas vestidas de branco, também é um espetáculo indescritível: em poucos minutos surgem vários “condomínios” na areia a nos mostrar que talvez essa seja uma solução para resolver o problema da moradia com um programa que poderia ser o “minha barraca, minha vida”. Pelo menos no final do ano ninguém fica sem lugar para dormir e comer o farto e diversificado cardápio levado por uns é dividido entre todos. Depois da confraternização de beijos, abraços e deslumbramento é permitido deitar e sonhar no imenso e macio colchão de areia branca que abriga com harmonia todos os corpos, todas as raças e nessa noite em especial todos os sonhos. (Eli Halfoun)

2 comentários:

J.A.Barros disse...

Vai me desculpar meu amigo Eli Halfoun, mas diante da incompetência da nossa engenharia que vem derrubando prédios e casas a cada ano, acho que o slogan deveria mudar de: "Minha Casa Minha Vida". para um novo que poderia ser: "Meu Buraco Minha Vida ". Aceitamos sugestões para esse novo slogan.

alberto carvalho disse...

Eu sugiro "meu pombal, meu cárcere". Do jeito que esses conjuntos são construídos, é uma vergonha! Em pouco tempo de uso, devido ao material de baixa qualidade neles empregado, se deterioram com uma rapidez impressionantes e logo viram um problemão para os moradores.