sábado, 28 de janeiro de 2017

Mulher de hoje: Balzac não seria capaz de reconhecer as balzaqueanas do século 21


Reprodução Instagram

por Niko Bolontrin

Você saberia dizer qual a idade das duas celebridades nas fotos acima?

Uma foi capa de revista em 1939. A outra acaba de postar no Instagram uma foto de biquini, em férias nas praias da Ásia.

A madame na Life é Eleanor Roosevelt. Ela tinha na época, 54 anos.

A gata de biquíni é a atriz Elizabeth Hurley. Ela fará 52 anos em junho próximo.

Roosevelt, então primeira dama dos Estados Unidos, não mostrava o corpo e nem foi fotografada como Jackie Kennedy na ilha de Skorpios. Provavelmente, só o presidente, Franklin Roosevelt, tinha acesso aos segredos de Estado da madame sob as camadas de vestes.


A atual primeira-dama da Casa Branca, Melania Trump, completa 47 anos em abril. Ela é capa da Vanity Fair (edição mexicana, enquanto Trump não cassa o título e constrói o muro). É ex-modelo, já posou nua e, se quisesse, poderia posar de novo.

O que aconteceu com as mulheres? A estética explica muita coisa. Mudaram os penteados, os figurinos deixaram de ser calvinistas. O comportamento passou por uma revolução. A sexual, especialmente. O feminismo, esse mesmo que um forte candidato a ministro do STF, Ives Gandra Filho, quer revogar (o sujeito cometeu um livro, "Tratado do Direito Constitucional" onde prega que as mulheres devem submissão aos maridos), deu-lhes liberdade, autonomia e autoestima. A medicina, as academias, plásticas, implantes, seja lá o que for, o fato é que as mulheres descobriam a jacuzzi de Ponce de León.

Ou algumas são extraterrestres incorporadas. Como a alienígena Sil, do filme "A Experiência", interpretada por Natasha Henstridge, que, aliás, está na metade dos 40. Ela foi fotografada na semana passada em Malibu, praia da Califórnia. A foto acima foi publicada no Mail.

Eleanor Roosevelt morreria de inveja.

Balzac, autor do livro "A mulher de 30 anos", não seria capaz de reconhecer as balzaqueanas de hoje.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Leitores americanos desconfiam que "1984" é agora e recolocam o livro clássico de George Orwell na lista dos mais vendidos

por Jean-Paul Lagarride

O livro "1984", de George Orwell, voltou às listas dos mais vendidos nos Estados Unidos. São tantos os pedidos que a Penguin estaria planejando uma reedição.

Publicado pela primeira vez em 1949,  "1984" cria um futuro governado por um regime oligárquico que suprime todo pensamento crítico. Uma das características totalitárias do governo que a todos vigia é a manipulação da  informação.

Não por acaso, o livro teve as vendas reaquecidas após a ofensiva do governo Trump contra a imprensa e sua crítica à circulação livre de ideias e à divulgação, por parte de conselheiros do novo presidente, de informações comprovadamente falsas, que a Casa Branca prefere chamar de "fatos alternativos", em contraponto ao que a mídia divulga.

"Fatos alternativos" é o conceito gourmetizado do "duplipensar", um dos elementos da Novilíngua que o mundo do "Big Brother" criado por Orwell impõe à população. O Ministério da Verdade da Oceania, o país fictício de "1984", é a repartição encarregada de "corrigir" os acontecimentos e divulgar a versão alternativa de interesse do poder.

Aparentemente, os leitores ligaram os pontos e novas gerações foram levadas à ficção, mas nem tanto, de George Orwell.

Era Trump: jornalista bom é jornalista preso

DEU NO PORTAL IMPRENSA, LEIA AQUI

Cadê Eike Batista? Acusado de uma esquema de PropinaX, empresário deu um perdido nos homens da lei...

Onde está Eike? Localize o fugitivo na imagem acima, antes das autoridades. Reprodução Facebook

por Ed Sá

Claro que desde ontem, o assunto na rede é o pedido de prisão para Eike Batista. Com mais perguntas do que respostas. Uns indagam sobre a fantástica coincidência de o cara viajar pouco antes da operação ser deflagrada. Que vazou, não há dúvida. Um jornalista admitiu que já estava alertado do que ia acontecer e avisou a sua equipe que documentou a chegada dos policiais à casa do sujeito que é milionário ou ex, vá saber.

Reprodução/Web
Há questionamentos mais sérios aos tribunais de contas, que não são bem tribunais, órgãos que assessoram as Assembleias Legislativas e que deveriam fiscalizar as contas públicas. Seus membros são nomeados por políticos.

Seja por qual motivo for, o tal tribunal soube de tudo ontem ao ler os jornais.

Pelo menos um deputado, Eliomar Coelho, do Psol, lutou, na época dos fatos, para apuração do jogo subterrâneo e das movimentações suspeitas. Não foi ouvido pela maioria.

A maioria dos internautas não parece acreditar que a essa altura Eike vá preso. Teria viajado sem passagem de volta e levado seus dois passaportes, o brasileiro e o alemão,

Reprodução/Web
Se está em Nova York - as matérias estão todas na base do "ouvi dizer", ninguém fotografou o foragido - ou no Butão, na Alemanha ou no Tuvalu, no Quiribáti, até agora ninguém sabe com certeza. Um detalhe: o Brasil tem tratados de extradição com pouco mais de 30 países. Faça as contas: a ONU registrava em 2015 a existência de 195 países, incluindo aí os status especiais do Vaticano e da Palestina.

De qualquer forma, os advogados do Eike garantem que o pinote é provisório e que o foragido voltará em breve para se apresentar à Justiça. Talvez. Se já vier com um habeas corpus no bolso.

A internet não acredita que ele volte.

Tudo indica que emoções fortes virão. O ex-governador Sérgio Cabral estaria acenando com caguetagem premiada.

O próprio Eike, se aparecer, poderá considerar essa possibilidade dedo-durística já que se mostrou disposto a "colaborar", embora tenha contado em depoimento espontâneo há alguns meses só uma pequena parte da história e omitido o conteúdo mais explosivo.

Como os prejuízos não foram apenas públicos, muitos acionistas da empresas X estão acompanhando a trama com muita atenção. Há poucos anos, Eike era um fenômeno empresarial propagado pela mídia. Ele conseguiu emplacar seu marketing em jornais, colunas e revistas, empreendia ações que "alavancavam a imagem", como colaborar em ações de despoluição, ajudar hospitais, dar dinheiro para UPPs etc. O balão do mito foi inflado e certamente essa promoção teve o seu papel na atração de investidores. Quem arriscaria ficar de fora de tantos e tão badalados empreendimentos?

O império se desfez - era movido a propinas, segundo as investigações -  e, como todo reinado que apodrece, deixou ruínas empresarias e não poupou símbolos visíveis no Rio, infelizmente: o mítico Hotel Glória, o prédio do Flamengo no Morro da Viúva, que seria transformado no Hotel Parque do Flamengo e estão lá caindo aos pedaços. E até o Maracanã que agora exibe sinais de abandono e depredação. Nem as UPPS, onde o empresário também botou o seu fatídico X, escaparam da cangalha do azar. Sobrou para o Rio.

ATUALIZAÇÃO EM 30/01/2017 - E Eike Batista voltou ao Rio e se entregou à Polícia Federal. O avião que trouxe o empresário decolou de Nova York e pousou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira. Do Galeão, Eike foi levado para a exames de corpo de delito, no IML e, em seguida, conduzido ao presídio Ary Franco, zona norte do Rio.  A expectativa, agora, é uma provável negociação de delação premiada. Canal do You Tube divulga imagens de Eike Batista no interior do avião. Clique AQUI

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Retrato oficial: o país do fundo falso...


por O.V.Pochê

Assim fica difícil. Nem a foto oficial de Temer é confiável. A imagem original, à esquerda, era apenas uma "medida provisória" e passou por emendas antes de se tornar um registro para a história do golpe nos idos de 2016.
Reprodução Facebook/Julha

A cúpula da República deve ter reservado horas no 4° andar do Palácio do Planalto para chegar a uma versão à altura da essência do PMDB.

Pra começar, o fundo de nuvens, céu azul e bandeira é mais falso do que nota de 3 reais. Temer não tem sido visto ao ar livre, talvez por medo de vaias e protestos, e o cenário foi acrescentado ao close presidencial.

Na versão aprovada, a da direita, o azul foi suavizado e a nuvem à altura do pescoço peemedebista foi esticada, sabe-se lá porque.
O colarinho ficou mais branco, o que não é muito conveniente em tempos de white collars.

A faixa foi avivada e corrigiu-se um erro: na foto original o selo da República, talvez como a própria, estava pela metade. A cabeleira tornou-se menos irregular, como se uma motoniveladora aplainasse o terreno. As olheiras levaram um trato. Já uma das orelhas presidenciais não existia na primeira foto e permaneceu ausente na versão remasterizada.
Reprodução Pinterest

A internet está se divertindo com o photoshop.

Vai ver acabaram de descobrir a solução para o país. Falta saneamento? Sem problemas, faz-uma foto e o photoshop providencia a obra. Pra que construir novos presídios? Uma montagem e um fundo falso resolvem o problema.

As grandes cidades estão cheias de menores abandonados. Esquece, edita. Manifestações protestam contra o fim das aposentadorias. Tranquilo, apaga os cartazes e troca por flores de agradecimento à ponte para o futuro.

O lado positivo é que os jornalistas do Roda Viva que fizeram aquela coletiva-entre-amigos para a TV Cultura já têm um poster do homem que admiram para colocar no banheiro.

Um internauta achou que a foto abaixo tem mais a ver para ser o retrato oficial..
Reprodução Facebook



Ela quer ter um milhão de amigos... Youtuber promete sex tape para atrair seguidores


por Ed Sá
Deu no Daily Mail. A youtuber Lena Nersesian, de Los Angeles, postou um vídeo onde promete faz uma sex tape se o seu canal alcançar um milhão de seguidores. Ela faz todo um discurso para justificar, afirma que não tem interesse em fazer pornografia, mas não vê problema em uma fita de sexo com seu namorado. O clipe já se aproxima de 1 milhão e meio de visualizações, mas o número de seguidores não chega nem a 200 mil, por enquanto.
VEJA O VIDEO, CLIQUE AQUI

Prisão de vice-presidente do Flamengo inspira nova torcida: FLAva-jato

por Omelete
O Flamengo tem sido exaltado pela competência da sua diretoria composta por executivos. O time não ganha título há alguns anos mas as finanças estariam em ordem.

O board do clube sofreu uma baixa hoje com a prisão de um vice-presidente (Flávio Godinho) por suposto envolvimento na Lava-Jato quando atuava no grupo do notório Eike Batista.

Foi o que bastou para uma nova torcida ser lançada na praça: FLAva-jato.

Dizem também que o time vai trocar de escudo e adotar esse aí ao lado.

E vai criar uma divisão de base em Bangu.

Só pode ser maldade da torcida do Vasco.

Donald Trump é o queridinho do mercado financeiro...

por Flávio Sépia

O mercado financeiro viveu ontem dia de festa nos Estados Unidos. Segundo os analistas, valorizações e recordes na Bolsa indicam que o governo Trump tem aprovação total e irrestrita dos especuladores, além dos setores conservadores do país.

Muro na fronteira com o México e pau nos imigrantes, desprezo pela questão ambiental, oleodutos liberados em reservas naturais, ofensiva contra direitos humanos, protecionismo, agressividade comercial, ameças a fábricas que exportam para os Estados Unidos e não investem no país, volta da tortura e das prisões secretas como práticas da CIA, relaxamento de dispositivos que possam ser interpretados como defesa do feminismo e da diversidade, tudo isso soou como música aos ouvidos do mercado.

Mercado, aliás, que também aqui é tratado pelos colunistas do setor como como um deus absoluto a reinar acima dos interesses dos cidadãos. O mercado tem sempre razão, pregam. Talvez, se dependesse deles, os governantes e representantes do povo, esses intermediários às vezes incômodos, fossem eliminados e o poder entregue diretamente aos traficantes de dinheiro sem entraves burocráticos.

Um dealer para presidente.

Foi exatamente o que aconteceu nos Estados Unidos com Trump agora cercado de executivos do mercado financeiro em posições-chave. E não há nada de folclórico nem histriônico no novo presidente, como é o rótulo que o apresenta. Trump sabe bem o que faz e os grupos que os levaram lá não estão brincando e não o elegeram por acaso.

Um equação diabólica explica tudo isso. Com o avanço do neoliberalismo e a desregulamentação, os mercados provocaram a crise global de 2008. Em muitos países, a receita para combatê-la foi o arrocho fiscal, o desemprego, os cortes em políticas de previdência, saúde, educação etc. A insatisfação das populações criou o caldo de cultura perfeito para a ascensão da direita e, ironicamente, da prevalência do mercado sobre os governos. É o que acontece na Europa, com a direita em alta. Nos Estados Unidos, com a via Trump. No Brasil, com o golpe. Na Argentina, com a chegada de um empresário ao poder, não por acaso parceiro de Trump em negócios. O cenário se repete em muitos países.

A mídia dominante brasileira foi na onda da maioria da mídia americana e rejeitou Trump. Ainda o critica, o que começa a não fazer muito sentido já que o americano exibe métodos e ideias bem assimiláveis pelas elites tupiniquins. Em breve, vai restar apenas uma certa oposição ao protecionismo.

Anotem aí: a questão não é se a velha mídia brasileira vai passar a apoiar Trump; a dúvida é quando isso vai começar a acontecer. Tem colunista aí que não vê a hora..

Falta só o patrão mandar um emoji pelo Whatsapp: 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Lembra da filha do Michael Jackson? Cresceu e é capa da Rolling Stone


por Clara S. Britto

Paris Jackson, 18 anos, cresce e chega aos holofotes. A menina, quer quer fazer carreira de modelo, atriz e compositora, está na capa da Rolling Stone.

Os outros dois filhos de Michael Jackson têm trajetórias diversas: Prince Jackson, 19, é universitário, pretende trabalhar em entretenimento mas atrás das câmeras, e Blanket Jackson, 14, está no colegial e faz artes marciais.

Na entrevista, a primeira depois da morte do cantor, Paris se diz convencida de que a morte do pai não foi acidental. "É obvio que ele foi assassinado. Tudo aponta para isso. Soa a teoria da conspiração e a um completo disparate, mas os fãs verdadeiros e toda a família sabem".

A causa da morte de MJ foi um coquetel de remédios, segundo a autópsia. O seu médico particular, Conrad Murray, foi considerado culpado por homicídio involuntário.

Justiça absolve Fernando Haddad por trolar comentarista político

(do Portal Comunique-se)
O ex-prefeito Fernando Haddad foi absolvido pela Justiça de São Paulo pelo trote que passou no historiador e comentarista da Jovem Pan Marco Antônio Villa. O caso aconteceu em maio do ano passando quando o petista publicou uma agenda de compromissos falsa para induzir Villa ao erro. Divulgada em 15 de maio, a agenda oficial da Prefeitura de São Paulo mostrava apenas um compromisso para segunda-feira: “a partir de 8h30 – despachos internos”.

À época, o próprio prefeito falou sobre o trote por meio de sua página no Facebook. “Alguns de vocês já devem ter ouvido falar de um tal de Marco Antonio Villa, da Jovem Pan. Ultimamente, ele tem comentado minha agenda pública com o conhecimento de quem nunca administrou um boteco. Acho graça. Mas, hoje, para que os ouvintes tenham uma pálida ideia deste embuste, resolvemos substituir, por algumas horas, a minha agenda pela de outro político, apenas para vê-lo comentar, uma vez na vida, o dia-a-dia de quem ele lambe as botas”, dizia o texto de Haddad.

Naquele dia, o comentário de Villa criticou a falsa agenda sem saber que o conteúdo se tratava de “um trote”. “O resto está branco. Branco, branco, branco. Não há nada, nada, nada”, disse. “No Brasil é assim: a gente brinca com tudo. Brinca até com as tragédias. Ele é uma tragédia. É inexplicável, uma desonra para São Paulo ter Fernando Haddad com prefeito”.
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Desligados? Brasileiros estão falando menos ao telefone e dando um off na TV paga...

Na página da Anatel, três notas com sinais da crise.

TV paga perde mais de 350 mil assinantes em um ano

* "A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou em novembro deste ano 18.873.137 assinaturas de TV paga, uma queda de 95.997 assinaturas, menos 0,51% em relação ao mês anterior. Em comparação com novembro de 2015, a redução foi ainda maior, 352.629 assinaturas, menos 1,83%".

Em relação a 2015, mais de 13 milhões de celulares desativados

* "O ano de 2016 fechou com 244.066.759 de linhas móveis em operação, uma queda de 5,33%, em comparação com 2015, e redução de 13.747.515 de linhas.Em comparação com o mês anterior, o mês de dezembro de 2016 registrou um decréscimo de 4.381.305 de linhas, o que representa uma queda de 1,76%. A queda do número de acessos móveis no ano passado foi consequência da redução da tarifa de interconexão (cobrada entre empresas fixas e móveis) e do valor de remuneração de uso de rede das prestadoras móveis (VU-M), praticados entre as operadoras. Com preços menores das ligações de uma empresa para a outra, os consumidores cancelaram os chips de diferentes prestadores.  A desaceleração econômica também contribuiu para encolhimento da base de acessos móveis".

Quase dois milhões de linhas de telefones fixos encerradas

*   "O Brasil encerrou o mês de novembro do ano passado com 42.006.021 linhas de telefone fixo, uma queda de 173.777 linhas ou 0,41% em relação ao mês anterior. Em comparação com novembro de 2015, a redução foi ainda maior, 1.831.933 linhas ou queda de 4,18%".

Fonte: Anatel

"Paga, Tupi! Trabalhadores em greve protestam no Engenhão nesta quarta"

(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)

Os trabalhadores em greve da Rádio Tupi prometem fazer barulho nesta quarta-feira (25/01), a partir das 17h, antes do jogo Brasil x Colômbia, no Engenhão, para exigir: ‘Paga, Tupi!’.

A mobilização foi acertada durante assembleia dos jornalistas e radialistas da emissora nesta terça-feira (24/01), que decidiu pela continuidade da greve. Ouvintes da rádio foram convidados a participar da manifestação para demonstrar apoio às reivindicações dos trabalhadores.

Em sinal de descaso com os funcionários, a Rádio Tupi negou acordo proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em audiência de conciliação solicitada pelos trabalhadores e sindicatos. Uma nova audiência ficou marcada para o dia 07/02 na Procuradoria do Trabalho.

Os trabalhadores da Rádio Tupi estão em greve há 34 dias por conta de meses de atraso nos salários, falta de pagamento do 13º salário dos últimos dois anos e de depósitos regulares de FGTS e INSS.
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Arte em LEGO no Museu Histórico Nacional







Fotos bqvMANCHETE

Com mais de um milhão de blocos de LEGO, o artista plástico norte-americano Nathan Sawaya,s construiu obras de arte que estão expostas no Museu Histórico Nacional, no Rio, até o dia 5 de fevereiro. Em Art of the Brick, além de personagens e objetos criados por ele e inspirados na vida cotidiana, Sawaya reinterpreta em LEGO quadros e esculturas clássicos como “Vênus de Milo”, “O Grito”, de Edvard Munch, "Mona Lisa" e detalhe do teto da Capela Sistina, de Michelangelo. Há retratos de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Andy Wahrol. Lançada há 10 anos, a exposição já percorreu 80 museus de cidades dos Estados Unidos, Bélgica, Irlanda, Holanda, China, França, África do Sul, Austrália, Suíça e Espanha, além de uma temporada de sucesso em São Paulo, pouco antes de vir para o Rio.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Dúvida na TV: para onde será que Trump está indo?

Cortejo de Trump: aparentemente
sem saber para onde ia, segundo supôs
a TV brasileira. 
por Omelete

Em certo momento da cobertura, com Trump já na Av. Pensilvânia, após sair do Capitólio, uma âncora pergunta: "Alguém sabe onde termina esse desfile? Alguém tem essa informação".

Certamente alguém teria. Os organizadores, por exemplo. O serviço de imprensa da Casa Branca.  Ou os agentes secretos, que não deixariam o cortejo começar sem que se soubesse para onde iria. Se a dúvida permanecesse, talvez o Google ajudasse. Desde a posse de Thomas Jefferson, em 1805, o caminho é o mesmo.

Aquele percurso de mais de 2 km leva à Casa Branca. Por acaso, o destino de Trump desde que teve mais votos do que Hillary no colégio eleitoral..

Mesmo se não concordasse com as ideias do novo presidente, o cerimonial não faria a indelicadeza de deixá-lo na rua, no ponto de ônibus, quem sabe, ou esperando uma van.

Por ser empresário, Trump já provoca polêmica pela possibilidade de misturar governo e negócios. Apesar disso, nem ele ousaria fazer com que o desfile acabasse, por exemplo, no Trump Hotel, na mesma área.

Até deu uma paradinha e saiu da limusine bem em frente ao seu empreendimento.

Mas não ficou lá como talvez a âncora imaginasse.

Deram um Trump no tempo...

Washington, ontem (do site Crimethinc)

Berkeley, 1970 (ReproduçãoTime)
por Jean-Paul Lagarride

Nos anos 1970, estudantes ocuparam as ruas das principais cidades americanas. Protestos contra a guerra do Vietnã mobilizaram milhões de jovens. Alguns foram mortos a tiros, como no massacre da Kent Sate University, de Ohio.

O ocupante da Casa Branca era, então, outro republicano: Richard Nixon.

Em 2011, Nova York viu passar os manifestantes do movimento Occupy Wall Street. E, nos últimos dois anos, multidões protestaram em várias cidades contra assassinatos em série de jovens negros por policiais brancos em clara conotação de ação racista.

Mas há cerca de quatro décadas, Washington não via nada parecido com o que aconteceu ontem nas proximidades da Avenida Pensilvânia onde acontecia o desfile da posse de Donald Trump. A palavra resistência predominava em cartazes e no espírito dos jovens.

Estimativas da mídia avaliam que assistiram à cerimônia, ontem, posse, no trajeto do cortejo, apenas um terço das pessoas que compareceram à posse de Obama, em 2009.

O julgar pelo radicalismo explícito do discurso do milionário - que chegou à presidência com menos votos populares do que sua adversária Hillary Clinton - e pela disposição dos manifestantes, a Era Trump promete.

Posse de Trump: "carga de cavalaria" dos black bloc


por O.V.Pochê (de Washington)

Veja o momento exato em que os manifestantes fazem uma autêntica "carga de cavalaria" contra a barreira de policiais. VEJA O VÍDEO AQUI

A mídia capta em Washington a cena mais dramática da posse de Donald Trump


por O.V.Pochê (de Washington)

A imagem acima deixou a internet curiosa.

A vítima jaz, inerte, em chamas.

Nunca tantos jornalistas cumpriram a árdua e perigosa missão de fotografar uma lixeira em chamas.

Obra dos manifestantes que tentaram estragar a posse de Donald Trump.

Veja aí: os quatro profissionais agachados não querem perder nenhum detalhe do "crime". O de casaco preto, em pé, observador, tenta descobrir pelo olfato qual o combustível utilizado na depredação. A fotógrafa de casaco verde chega correndo para não perder a chama que não vai durar para sempre. A velhinhas de azul pede que os responsáveis sejam enviados para Guantánamo. O de colete verde protesta contra a concorrência porque, segundo ele, a matéria era exclusiva. A pessoa de gorro preto e bolsa verde, à direita, sai de fininho porque supostamente foi ele o autor do fogo para incrementar a imagem do colega cinegrafista brasileiro de casaco cinza ao fundo.

Posse de Trump: "Olha lá a velhinha comunista. Esculacha, dá um corretivo de spray de pimenta nela!"


por O.V.Pochê (de Washington)

As manifestações em Washington dividiram espaço com a cerimônia de posse. Soube que a TV, no Brasil, optou por mostrar imagens geralmente mais fofas ou a ação do que os nossos âncoras chamaram de baderneiros.

Até a CNN foi menos parcial na cobertura.

A cena acima que viralizou na rede durou alguns minutos e mostrou a polícia dando um banho de spray de pimenta em uma velhinha manifestante. Ou uma "pilantra baderneira" segundo a TV tupiniquim.

VEJA A CENA DO BANHO DE PIMENTA NA VELHINHA "COMUNISTA". CLIQUE AQUI

Leitura labial...


por O.V.Poché (de Washington)
Climão na posse de Trump.
O momento exato em que Michele Obama enquadrou Hillary Clinton:
- Miga, e você não conseguiu derrotar esse imbecil... que merda, fuck...!
- É...foi mal...

Nada que não possa piorar...

Segundo colunista porta-voz não-oficial de Michel Temer, o ilegítimo cogita indicar - na prática, nomear -, Alexandre Moraes, atual ministro da Justiça, ex-secretário de Segurança do governo Alkmin, para o STF, na vaga de Teori Zavaski. O jornalista amigo do presidente peemedebista avalia que a nomeação seria uma maneira de tirá-lo do Ministério da Justiça, onde não estaria agradando, e ao mesmo tempo deixar mais confortável para outros concorrentes a corrida pela sucessão do tucano Alkmin, já que Moraes seria um dos pretendentes.
O colunista obviamente não diz, mas caso isso ocorra será a primeira vez que uma vaga de ministro do STF passará a ser tratado como um "cargo" e como moeda de troca tal qual uma diretoria da Petrobrás, a presidência do Correios, a Funai, uma boquinha no Banco do Brasil ou na Caixa. um ministério, uma secretaria-geral.
É o governo Temer inovando

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Nunca desliga? Globo News entrevista Vesgo, do Pânico, como se fosse um americano eleitor de Donald Trump doidaço em Washington


por Ed Sá 
A Globo News foi trolada em Washington.
A repórter Carolina Cimenti entrevistou o Repórter Vesgo, personagem de Rodrigo Scarpa, do Pânico (Band), como se fosse um americano eleitor de Donald Trump.


Depois de destacar que ele estava fantasiado de Trump, a correspondente da Globo News ganhou uma cantada bem ao estilo do assediador Trump. “You are gorgeous, I love you so”, disse o "americano" Vesgo. "Obrigada", devolveu a jornalista brasileira que, em seguida, supresa com o entusiasmo do "eleitor" perde o ritmo e dá uma gaguejada de leve.
VEJA A TROLADA, CLIQUE AQUI


Nota do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro sobre demissões na Infoglobo

Fonte: Site do SJPMRJ

Passaralho: Globo passa o rodo em dezenas de jornalistas...

Depois do passaralho na TV Globo e na Globo News, chegou a vez da Infoglobo, que edita o Globo, Extra e Expresso.

O grupo mandou embora ontem mais de 30 jornalistas. A alegação é a mesma de Abril, Estadão, Folha etc: "reestruturação do negócio", "novo modelo", "crise"...

Esse padrão de atuação dos patrões tem ditado que algumas vagas são extintas, outras preenchidas por um exército de trainees e mais outras ocupadas por jornalistas contratados a salários bem mais baixos do que aqueles demitidos.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro publicou uma nota de repúdio ao processo de enxugamento arbitrário, "em total desrespeito aos trabalhadores". A representação dos jornalistas declara " solidariedade aos profissionais dispensados" e informa que estará atenta "a qualquer tipo de ilegalidade que possa ocorrer no processo de demissão".
 
Prestar solidariedade e fiscalizar é, na prática, o que o sindicato poderá fazer. É pouco, mas é uma consequência das limitações legais e da fragilidade da categoria. Em muitos países capitalistas, uma empresa não pode, por exemplo, demitir profissionais para preencher vagas, em seguida, com salários mais baixos. Ou, ainda, precarizar o trabalho sobrecarregando, como geralmente acontece, as equipes mantidas. Em casos de crises ou de "reestruturação do negócio", empresários sentam-se à mesa com representantes do trabalhadores para equilibrar e racionalizar o processo e conter ao máximo os danos.

Aqui, é a selvageria que predomina nesses momentos. Uma espécie de fundamentalismo patronal que tudo pode.

No Brasil, o negócio de mídia, esse que passa por traumática "reetruturação", tem características "especiais". TVs e Rádio são concessões públicas; a mídia impressa recebe subsídios na aquisição de insumos, o papel, por exemplo. Recentemente, ainda no governo Dilma Rousseff, as corporações receberam uma milionária desoneração sobre a folha de pagamentos. Supostamente, o governo pensava em evitar demissões. Se pensava, foi miseravelmente enganado. De 2013 para cá cerca de 5 mil jornalistas foram demitidos em todo o Brasil. Com poder junto ao governo federal, as empresas de mídia conseguem benefícios públicos, como acesso ao dinheiro barato do BNDES, sem qualquer contrapartida trabalhista. Alguns governos estaduais concedem descontos em ICMS a grupos de comunicação. Em nenhum desses casos, os beneficiados foram levados a assumir compromissos como, por exemplo, preservação de empregos. E a nova onda de demissões na mídia chega em um momento em que Michel Temer aumenta as verbas publicitárias para as grandes corporações em proporções megassênicas.

As perspectivas não são boas para os jornalistas. Há tempos, o superintendente de uma revista paulista comentava abertamente que não precisava da equipe trabalhando de segunda a sexta. Segundo ele, bastavam dois dias para que a redação fechasse a revista. Tudo indica que não está longe esse dia. Entre outras propostas, a reforma da CLT que vem aí pretende permitir a modalidade de trabalho/hora, com o profissional ficando à disposição da empresa para convocação a qualquer momento mas com direito a remuneração só a partir do momento em que sentar a bunda na cadeira.

Houve uma época em que alguns veículos - alternativos, principalmente - fizeram várias reportagens investigativas sobre o mundo cão dos boias-frias explorados em canaviais.

Nesse ritmo, os jornalistas poderão em breve retomar essas pautas. Agora, na primeira pessoa.  

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Manchete Esportiva em tese de mestrado - "Futebol em Revista no Brasil: dos primeiros títulos à resistente Placar"




Entre o material garimpado por Unzelte está a reprodução acima,  de um página dupla da Manchete Esportiva. Em uma reportagem sobre o jogador Escurinho, do Fluminense, e sua namorada branca, o editor cravou um título racista, inaceitável à época e condenável nos dias de hoje. 


por Niko Bolontrin

O jornalista Celso-Dario Unzelte construiu um completo painel da ligação entre o futebol e o meio revista. A informação é do Portal Comunique-se.

Pesquisa iconográfica e entrevistas com profissionais da área valorizam o trabalho. Destaques para a Placar, a mais antiga publicação do gênero, editada desde 1970, a Manchete Esportiva, que deu um tratamento de revista ilustrada ao esporte mais popular do Brasil, a Revista do Esporte, além de publicações pioneiras, desde 1914, quando o futebol ainda se afirmava no país como esporte de massa.

PARA LER A TESE COMPLETA, CLIQUE AQUI

Leia na CartaCapital: "Agora há jornalistas dizendo aos patrões para serem mais reacionários do que já são"

Depois de 27 anos de trabalho na redação, em abril de 2016 o jornalista Moisés Mendes pediu demissão de Zero Hora – o mais importante jornal do grupo RBS, afiliado da Rede Globo no Rio Grande do Sul. O estopim para a saída foi a redução da periodicidade da coluna de opinião que Mendes assinava: de quatro para três dias da semana.

O colunista também perdeu o espaço nobre do domingo, porque Zero Hora deixou de circular nesse dia com a criação da chamada “superedição” de fim de semana, distribuída aos sábados.

O jornalista diz não se surpreender com o corte no espaço que ocupava, porque acredita que o “alçapão” para preparar a sua saída já estava sendo armado. “É como um casamento ou uma relação de amizade: tem uma hora em que você estabelece um limite. Eu estabeleci um limite em relação à RBS e fui embora, até porque eles iriam me pegar mais adiante”, avalia.

Moisés Mendes e outro colunista do jornal haviam criado, embora involuntariamente, uma espécie de “Gre-nal” de opinião, “ele à direita e eu à esquerda, que é uma posição que sempre tive”, explica.

Mas os tempos andam áridos para o exercício da pluralidade na imprensa brasileira: “Na Zero Hora e em todos os grandes jornais brasileiros, a opção pelo ultraconservadorismo é uma coisa impressionante”, diz. Para Mendes, o debate sobre o oportuno conceito de pós-verdade, um dos termos-chave de 2016, não pode eximir a imprensa. “A internet mente como as pessoas sempre fizeram no mundo, mas a imprensa institucionalizada não pode mentir.”

Aos 62 anos, o jornalista – que começou a trabalhar em redações do interior gaúcho aos 17 – publica uma coluna no jornal Extra Classe, do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul, e mantém um blog “porque escrever é uma cachaça e não é possível parar”.

Também é convidado frequente em debates sobre jornalismo e política (“depois que saí da Zero Hora, virei o ‘Homem Elefante’: ninguém queria o meu trabalho, mas queriam me ver e me ouvir”, brinca). No final do ano, lançou uma reunião de crônicas no livro Todos querem ser Mujica (Editora Diadorim, 160p., R$ 39,90). Sobre o livro e os rumos da imprensa e do País, Moisés Mendes concedeu em Porto Alegre a seguinte entrevista:

CartaCapital: A imprensa brasileira vive o seu pior momento?

Moisés Mendes – Na Zero Hora e em todos os grandes jornais brasileiros, a opção pelo ultraconservadorismo é uma coisa impressionante. Um dia escrevi que, na época da ditadura, os patrões mandavam os jornalistas escreverem a favor do golpe; agora há jornalistas dizendo aos patrões para serem mais golpistas do que já são.

A gente pega a capa d’O Globo, por exemplo, vê as chamadas para quatro colunistas ou formadores de opinião do jornal e os quatro são conservadores, para não dizer reacionários. Na Folha, escapa o Janio de Freitas. É uma coisa meio assustadora.

O jornalismo fez uma escolha conservadora para preservar o público que o sustenta e que mantém os jornais vivos, e esse público é conservador. Há uma crise profunda no ambiente político, e a mídia é parte disso ao fazer a opção pelo golpe. (...)

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA CARTA CAPITAL, CLIQUE AQUI

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Deu no Notícias ao Minuto: passaralho fora da gaiola


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Axé no Carnaval Carioca. Vieira Souto vai se chamar Circuito Crivela, a Primeiro de Março vai atender pelo nome de Circuito Riotur...

 por O.V.Pochê
O Rio é provavelmente a cidade mais aberta à multiculturalidade musical. Por ter sido capital do Império e capital da República atraiu brasileiros de todas as regiões a assimilou sons, ritmos e comportamentos.

Daí, o foco da discussão sobre trios de axé ocupando ruas no carnaval carioca não ser bem sobre a música ou supostos preconceitos musicais.

Há menos de duas décadas, o carnaval de rua, no Rio de Janeiro, estava quase extinto. O foco público concentrava-se, praticamente, no Sambódromo. Uns poucos, heroicos e insistentes blocos de bairros, mais antigos, ainda saiam com menos de 100 foliões, em alguns casos.

Foi o carioca das Zonas Sul e Norte e do Centro que, em iniciativas de amigos e vizinhos, sem apoio inicial de governos e patrocinadores, fez voltar os blocos na rua. E a população foi atrás. Depois, vieram os turistas. E o Rio passou a fazer um dos maiores e mais animados carnavais de rua do mundo, sem que as escolas de samba deixassem de brilhar no Sambódromo. Ao contrário, os ensaios em quadra e os ensaios técnicos na passarela passaram a atrair multidões, sem falar nos desfiles principais de sábado, domingo, segunda e no Sábado das Campeãs.

Naturalmente, o sucesso do carnaval de rua do Rio despertou o interesses dos empresários de blocos comerciais. Vieram os grandes trios com megacaminhões. Um deles, há alguns anos, provocou acidente com morte na Avenida Atlântica. Há anos, esses empresários tentam privatizar as ruas e implantar aqui os tais abadás caros que criam "áreas vips", fora do alcance do povão. Muitas dessas iniciativas foram rejeitadas, mas com prestígio e influência alguns desses shows comerciais obtiveram autorização para desfilar (por enquanto, sem cobrar abadá) e estão aí os trios elétricos da Preta Gil, da Anitta, blocos de promoção de sertanejos etc.

Agora, há novas turbulências no horizonte do carnaval de rua que o carioca recriou.

A Banda Eva, de Salvador, está autorizada a desfilar no Rio. Não foi informado ainda se vai cobrar abadá como faz a indústria do carnaval de Salvador.

O ex-prefeito Eduardo Paes tinha o bom senso de limitar esses exageros. A administração Crivela, aparentemente, tende a abrir a porteira. O raciocínio dos empresários de blocos comerciais é simples: se Preta Gil pode, se Anitta pode, se a Banda Eva pode, cadê o Camaleão, o Nana Banana, o Coruja, Bloco Cerveja e Cia e o Largadinho? Ano que vem dá para botar todo mundo na Vieira Souto, que vai se chamar Circuito Crivela, na Primeiro de Março ficará o Circuito Riotur, na Avenida Atlântica, o Circuito Marcelo Alves (o novo presidente da Riotur, dono de empresa de eventos) que afirma no Globo de hoje que quer "democratizar" o carnaval. Democratizar? Ou baianizar?

Meu rei, ói paí ó, esse cara nunca saiu no Simpatia, no Suvaco, no Bola Preta, no Céu na Terra, no Escravos da Mauá, e centenas de outros onde a democracia dá samba e abadá pago não entra?

Melhor ele passar o carnaval em Salvador. A internet já está vendendo abadá de 300 a 1.140 reais.

ATUALIZAÇÃO EM 29/01/2017 - Segundo informações divulgadas por vários veículos, A Banda Eva desistiu do Carnaval carioca. Em momento de bom senso, a Prefeitura proibiu os baianos de desfilarem na orla e transferiu o show do bloco comercial para o Parque Olímpico. A turma do axé preferiu desligar o trio elétrico e vai ficar pela Bahêa mesmo.


Repórter da Globo/Globo News é agredida ao vivo durante cobertura de rebelião de presos



por Niko Bolontrin

Muitas pessoas se despediram de 2016 com alívio. Mas 2017 está mostrando que não veio para brincar. Não é só a temperatura que está alta, a tensão também. E a indignação. Nesse clima, muitos repórteres, aqueles que botam a cara nas ruas, têm sido vítimas de agressões absurdas.

A repórter Larissa Carvalho, da TV Globo/Globo News, foi agredida na madrugada de hoje quando fazia a cobertura ao vivo da rebelião no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, MG.

Uma mulher, supostamente parente de um detento empurrou a jornalista. Um policial militar deteve a mulher. Larissa informou depois que não se machucou e registrou queixa.

Com base em informações da PM, a repórter dizia ao vivo que não havia feridos no interior do presídio. Segundo Larissa, que após a agressão voltou a noticiar o caso, a confusão aconteceu porque parentes de presos não concordaram com essas informações da PM, que após o incidente voltou a afirmar que a rebelião estava contida e não havia feridos nem fugitivos.

Não está fácil a vida dos repórteres que cobrem tais conflitos.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Ôba! Chegou a hora de privatizar a febre amarela, a zika, as ciclovias, as prisões, os transplantes, as bolsas de colostomia, as praias...

por Omelete

Um dos principais argumentos dos privatistas se baseia na ideia de que aliviar o Estado de administrar empresas e serviços públicos acaba com a corrupção. Desligando-se os governos dessas atividades, restam fechadas as portas para roubos e desvios, é a pregação messiânica dos neoliberais. Se o Estado não tem empresas, promove concessões. E nessa modalidade, como se vê, o cofre público continua provedor e generoso. Em nome da "eficiência", espalhou-se a terceirização e a privatização disfarçada de escolas, hospitais públicos, parques, serviços essenciais etc transferido para "ongs", "organizações sociais", "igrejas" e "entidades não-lucrativas". Várias delas são alvo de denúncias e de investigações por superfaturamento, desvio de recursos e corrupção "social'.

Foi preciso uma explosão de sangue em um presídio de Manaus para vir a público a privatização dos porões que são as prisões brasileiras. Aquele mundo cão dá lucro para uns e outros. E mesmo presídios que ainda não foram privatizados fazem dos fornecedores de comida terceirizados alguns dos milionários do país.

Vai ver a solução está aí.

Aparentemente, não falta muito para o Brasil privatizar: redes de esgotos, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica... que mais?

A privatização de presídios já é um indício de que a bocada está chegando ao fim e, digamos, é hora de raspar o tacho. Serviços exóticos como administrar o submundo das prisões entram na lista do empresariado nacional. Se um preso dá lucro, porque um doente de zika não pode ser um ativo, como se diz no mercado?

Porque criminalizar o trabalho escravo? Pode estar aí uma boa fonte de lucro como o governo já percebeu. é hora de acabar com a CLT ou qualquer regra, permitir a contratação por hora e até minutos sem maiores burocracias, pagamento em vale, o trabalhador vai estar "empregado" que é o que importa e o empresário não precisa se preocupar com frivolidades como férias, segurança no trabalho etc.

Já há "organizações sociais" faturando com abrigos para cracudos. Devem vir aí, transporte e comércio de órgãos para transplante, cemitérios já são terceirizados, mas pode vir aí o pedágio para movimentação do caixão do defunto entre o IML e a cova. Estádios já estão privatizados, mas os campos de pelada ainda não. Falta cobrar pedágio das ciclovias. A orla está privatizada, mas a areia não. Que tal um empresa para cuidar das vítimas da zika? O governo repassa a verba e a empresa passa a ganhar um bom percentual por sobrevivente e uma indenização por doente que passar desta para outra. Faz sentido. Veja, como tudo está terceirizado acabaram esquecendo da febre amarela, que há muito tempo não dava as caras em forma epidêmica. No vazio da órgão público para cuidar disso, a amarela está de volta. Privatizem já!.

O governo fornece bolsa de colostomia de graça? Assim não dá. Tem empresa privada aí que agilizaria esse serviço cobrando um jabazinho de  responsa.

Vamos lá, Temer! Imaginação no poder.

Analisem o caso do Congresso. Já é um clube fechado, praticamente privatizado, e o custo ainda é por conta do governo. Um modelo ideal seria o do Hippopotamus. Deputados e senadores seriam escolhidos por concessionários do Congresso e pagariam uma mensalidade. Seriam tratados como sua excelência sócio, deputado-sócio etc. O governo sairia no lucro e economizaria em verbas de campanha e o custo dos tribunais eleitorais.

Pra finalizar, resolva esse enigma. Se o Brasil privatiza desde os anos 90, se Lula e Dilma seguiram a mesma cartilha e se tantas empresas e serviços que davam prejuízo já estão nas mãos eficientes de empresários porque a corrupção só cresce e os impostos idem?

Peçam para os seus bisnetos começarem a pensar na resposta que eu vou ali oferecer a minha avó em licitação publica para um concessionário em previdência privada.

Despedidas... só que não

por Ed Sá
O cantor Silvio Caldas entrou para o folclore da música por ter feito várias despedidas oficiais da carreira. Eram shows de adeus emocionado, plateia em lágrimas, entrevistas, comoção nacional. Daí a pouco olha lá Silvio Caldas outra vez. Foram várias despedidas.

Sílvio Caldas não está mais sozinho como exemplo de vai-e-volta..

Duas celebridades resolveram engrossar o cordão dos que fingiram que foram e voltaram. Felipe Massa disse adeus e fez Galvão Bueno gastar algumas lágrimas ao vivo e em vão. Pilotos e mecânicos abraçaram e aplaudiram Massa nos boxes enquanto ele supostamente acelerava para a aposentadoria. Deletem a cena; Massa está de volta à Fórmula-1 exatamente na mesma equipe, a Williams, de onde havia saído.

A outra famosa a se despedir foi a apresentadora Fernanda Lima. no ano passado ela anunciou o fim do programa Amor & Sexo. Em entrevistas, declarou que a Globo lhe deu liberdade para escolher o que fazer e ela decidiu encerrar o programa depois de oito temporadas. Já deu, alegou. "Colocamos um ponto final", disse. Bom, o adeus foi revogado e Fernanda Lima volta a comandar o programa neste 2017 com cara de replay.

Bernardinho, da seleção masculina de vôlei, acaba de se despedir. No seu caso, a julgar pelas declarações consistentes e motivos pessoais, o treinador não parece que vai voltar ao modo "Sílvio Caldas".

domingo, 15 de janeiro de 2017

Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus: o maior espetáculo da terra baixa a lona para sempre


por Ed Sá 

Reportagem do USA Today, hoje, confirma que o Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus apaga as luzes e baixa a lona. Foram 146 anos de atividade percorrendo pequenas e grandes cidade americanas, além de turnês internacionais.

Nos últimos anos, o lendário circo já havia diminuído suas atividades. Custos altos e queda na venda de ingressos contribuíram para o fim das atividades. Um fator importante para a decadência do circo foi a atuação dos grupos que defendem os direitos do animais. Não só esses ativistas lutam por uma causa justa como sua luta sensibiliza as novas gerações. Embora não haja proibição legal em todos os Estados Unidos (no Brasil, por exemplo, leis estaduais e municipais proíbem a exploração de animais em picadeiros) o circo foi alvo de numerosas ações judiciais.

A companhia ainda fará 30 espetáculos até maio. A última sessão do Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus acontecerá no dia 21 de maio, no Nassau Veterans Memorial Coliseum, em Uniondale, N.Y.




Ficam a lenda e as imagens de uma superprodução de Hollywood, dirigida por Cecil B. De Mille, em 1952. No elenco de "O Maior Espetáculo da Terra", destacavam-se Charleston Heston, no papel de Brad Braden, o dono do circo, o trapezista "Grande Sebástian" vivido por Cornel Wilde, o palhaço interpretado por James Stuart e a trapezista Holly ( Betty Hutton).

Coincidentemente, na mesma semana em que o Ringling Bros anuncia o encerramento das suas atividades, os comediantes Renato Aragão e Dedé Santana. Na trama de "Saltimbancos Trapalhões, eles tentam salvar um circo. No Brasil, espetáculos circenses também caminham para a extinção.

Quer ver como era o lendário Cavern Club? Fotos raras dos Beatles, há 60 anos. Veja álbum no The Sun

Foto Getty Images/The Sun

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