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domingo, 16 de julho de 2017

Alô Patrimônio Carioca, alô Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro: Paysandú Hotel, jóia art déco, está à venda e pode correr risco de descaracterização...

Reprodução Facebook
por Ed Sá 

Deu no site Conexão Jornalismo: o Paysandú Hotel, no Flamengo, está à venda.

O edifício em art déco não aparece na lista de bens tomados do Patrimônio Carioca.

Pode ser demolido ou ter a fachada modificada?

Além do estilo, tem história.

Ali ficou hospedada a seleção uruguaia na noite anterior à história derrota que impôs ao Brasil, em 1950. Uma placa registra o fato. Em 2014, durante a Copa do Mundo, os uruguaios voltaram ao Maracanã para jogar contra a Colômbia, na oitavas de final, e se hospedaram no Payssandú. O mesmo fizeram vários dos seus torcedores. A jogada supersticiosa não resistiu ao goleador James Rodriguez, que fez os dois gols da Colômbia que eliminaram a Celeste.

Há duas referências ao Maracanazzo no hotel. Uma, a placa que mostra em recorte e descreve em diagrama o gol que fez do Brasil o vice de 50. A outra, uma janela onde os uruguaios colocaram a Jules Rimet, por algumas horas, para deleite dos seus torcedores reunidos na rua Paissandu.

Pelé também é uma das lembranças ligadas do hotel. Ali ele dormiu na noite anterior ao seu 1000° gol contra o argentino Andrada, do Vasco, no Maracanã.

O Paysandú, era, ao lado do Hotel Novo Mundo, este no bairro próximo, o Catete, um dos preferidos pelos políticos de outros estados que vinham ao Palácio do Catete, sede do governo federal até o vacilão JK transferir a capital do Rio para Brasília. Deu no que deu.

Voltando ao assunto. Depois que a picareta de Eike Batista destruiu o Hotel Glória, o Payssandú, embora mais modesto, é um dos tesouros arquitetônicos de época naquela região. A fachada e o hall pouco se modificaram desde os anos 50.

A venda por 14 milhões de reais está a cargo da Sérgio Castro Imóveis.

domingo, 19 de março de 2017

A ira do senhor. Segundo colunista, Marcelo Crivela manda demitir repórter do jornal O Dia. Prefeito desmente e jornalista diz que ele mente...


(do Notícias por Minuto) 

Repórter do jornal 'O Dia' teria irritado prefeito após escrever reportagem sobre situação de postos de saúde em meio ao medo da febre amarela
 
Um repórter do Rio de Janeiro, Caio Barbosa, teria sido demitido do jornal 'O Dia' por ordem do prefeito da cidade, Marcelo Crivella após a publicação de uma reportagem na última quinta-feira (16) sobre a condição dos postos de saúde durante as vacinações contra febre amarela.

A matéria fala em "filas, mau atendimento e falta de informação" em diversos postos de saúde da capital carioca. O texto original da reportagem, que continua on-line, teria sido substituída por uma versão editada.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL NOTÍCIAS AO MINUTO, CLIQUE AQUI


ATUALIZAÇÃO EM 20/3 DE 2017

O PREFEITO MARCELO CRIVELLA DIVULGOU NOTA DESMENTINDO QUE TENHA INTERFERIDO NA DEMISSÃO DO REPÓRTER. LEIA A SEGUIR:

"É falsa a informação divulgada nas redes sociais atribuindo a mim o pedido de demissão do jornalista Caio Barbosa do Jornal O Dia. Jamais faria isso. Declaro de forma veemente que respeito os profissionais de comunicação e a liberdade de imprensa", diz o prefeito no texto.

"Repudio, tenho desprezo e nojo a perseguições políticas, e no meu primeiro discurso depois de eleito, roguei a Deus que nos livrasse da praga maldita da vingança. Aliás, apenas para desmascarar essa descabelada infâmia, lembro que o irmão do deputado Marcelo Freixo, Guilherme Freixo, encontra-se no quadro de funcionários da prefeitura. Termino afirmando que jornalistas de todos os veículos são atendidos por mim e por minha assessoria de forma isenta e respeitosa".


Logo depois da publicação do prefeito em suas redes sociais, o jornalista também se pronunciou. "A nota oficial do prefeito é uma mentira. Não apenas sobre mim. Sobre ele. Mente do início ao fim. Uma pena. Mentir é pecado. Deve ter sido escrita por um assessor. Espero. Errar e reconhecer o erro é virtude que Deus perdoa. Insistir na mentira é feio", disse.

EM RESPOSTA, O REPÓRTER CAIO BARBOSA AFIRMA QUE A NOTA É MENTIROSA: 
"A nota oficial do prefeito é uma mentira. Não apenas sobre mim. Sobre ele. Mente do início ao fim. Uma pena. Mentir é pecado. Deve ter sido escrita por um assessor. Espero. Errar e reconhecer o erro é virtude que Deus perdoa. Insistir na mentira é feio".


O JORNAL O DIA PUBLICA HOJE EDITORIAL EM QUE NEGA INTERFERÊNCIA EXTERNA EM DEMISSÃO

O DIA realiza reestruturação em busca de maior eficiência

Rio - O jornal O DIA, avançando no seu processo de reestruturação de pessoal, assim como outras empresas do mercado editorial, realizou, nesta última semana, um ajuste em sua equipe de funcionários nas diversas áreas de gestão, tais como administração, gráfica, comercial e jornalismo.

Além disso, reduzimos ou mudamos alguns fornecedores que atendiam a companhia nas áreas de TI, matéria-prima, conteúdo editorial (agências de notícia) e outros.

Entre os diversos critérios usados neste processo de reestruturação, a empresa manteve-se firme em um propósito: levar às bancas um produto de qualidade e, principalmente, imparcial, no qual nossos leitores possam confiar. Este é um compromisso histórico do jornal O DIA.

Portanto não houve, e nem poderia haver, qualquer interferência externa nas decisões de corte, em nenhuma área da empresa. O jornal O DIA repudia qualquer insinuação neste sentido.

Ciente do importante papel que desempenha na sociedade, a empresa se mantém empenhada com colaboradores, parceiros e fornecedores na busca permanente por equilíbrio financeiro, garantindo, sem sobressaltos, a continuidade de suas atividades, com a circulação diária dos jornais O DIA e Meia Hora, bem como a manutenção do emprego de 250 funcionários diretos e mais de 1.000 parceiros indiretos.


Como ocorre há 65 anos, seguimos em frente com a certeza de que cumprimos, diariamente, nosso dever de levar informação correta, bem apurada e imparcial à população carioca. Compromisso do qual jamais vamos abrir mão.


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Axé no Carnaval Carioca. Vieira Souto vai se chamar Circuito Crivela, a Primeiro de Março vai atender pelo nome de Circuito Riotur...

 por O.V.Pochê
O Rio é provavelmente a cidade mais aberta à multiculturalidade musical. Por ter sido capital do Império e capital da República atraiu brasileiros de todas as regiões a assimilou sons, ritmos e comportamentos.

Daí, o foco da discussão sobre trios de axé ocupando ruas no carnaval carioca não ser bem sobre a música ou supostos preconceitos musicais.

Há menos de duas décadas, o carnaval de rua, no Rio de Janeiro, estava quase extinto. O foco público concentrava-se, praticamente, no Sambódromo. Uns poucos, heroicos e insistentes blocos de bairros, mais antigos, ainda saiam com menos de 100 foliões, em alguns casos.

Foi o carioca das Zonas Sul e Norte e do Centro que, em iniciativas de amigos e vizinhos, sem apoio inicial de governos e patrocinadores, fez voltar os blocos na rua. E a população foi atrás. Depois, vieram os turistas. E o Rio passou a fazer um dos maiores e mais animados carnavais de rua do mundo, sem que as escolas de samba deixassem de brilhar no Sambódromo. Ao contrário, os ensaios em quadra e os ensaios técnicos na passarela passaram a atrair multidões, sem falar nos desfiles principais de sábado, domingo, segunda e no Sábado das Campeãs.

Naturalmente, o sucesso do carnaval de rua do Rio despertou o interesses dos empresários de blocos comerciais. Vieram os grandes trios com megacaminhões. Um deles, há alguns anos, provocou acidente com morte na Avenida Atlântica. Há anos, esses empresários tentam privatizar as ruas e implantar aqui os tais abadás caros que criam "áreas vips", fora do alcance do povão. Muitas dessas iniciativas foram rejeitadas, mas com prestígio e influência alguns desses shows comerciais obtiveram autorização para desfilar (por enquanto, sem cobrar abadá) e estão aí os trios elétricos da Preta Gil, da Anitta, blocos de promoção de sertanejos etc.

Agora, há novas turbulências no horizonte do carnaval de rua que o carioca recriou.

A Banda Eva, de Salvador, está autorizada a desfilar no Rio. Não foi informado ainda se vai cobrar abadá como faz a indústria do carnaval de Salvador.

O ex-prefeito Eduardo Paes tinha o bom senso de limitar esses exageros. A administração Crivela, aparentemente, tende a abrir a porteira. O raciocínio dos empresários de blocos comerciais é simples: se Preta Gil pode, se Anitta pode, se a Banda Eva pode, cadê o Camaleão, o Nana Banana, o Coruja, Bloco Cerveja e Cia e o Largadinho? Ano que vem dá para botar todo mundo na Vieira Souto, que vai se chamar Circuito Crivela, na Primeiro de Março ficará o Circuito Riotur, na Avenida Atlântica, o Circuito Marcelo Alves (o novo presidente da Riotur, dono de empresa de eventos) que afirma no Globo de hoje que quer "democratizar" o carnaval. Democratizar? Ou baianizar?

Meu rei, ói paí ó, esse cara nunca saiu no Simpatia, no Suvaco, no Bola Preta, no Céu na Terra, no Escravos da Mauá, e centenas de outros onde a democracia dá samba e abadá pago não entra?

Melhor ele passar o carnaval em Salvador. A internet já está vendendo abadá de 300 a 1.140 reais.

ATUALIZAÇÃO EM 29/01/2017 - Segundo informações divulgadas por vários veículos, A Banda Eva desistiu do Carnaval carioca. Em momento de bom senso, a Prefeitura proibiu os baianos de desfilarem na orla e transferiu o show do bloco comercial para o Parque Olímpico. A turma do axé preferiu desligar o trio elétrico e vai ficar pela Bahêa mesmo.