|
Imagem reproduzida do portal UOL |
É famosa a história do Arubinha. Mário Filho, João Saldanha, Ruy Castro, entre outros, escreveram sobre o "causo". Jogador do Andaraí, Arubinha ficou indignado porque o Vasco goleou o seu time por 12 X 0. Foi em 1937. Achou que era até normal o Vasco ganhar, mas esculachar, pô?. Ao fim do jogo fatídico, camisa suada e alma encharcada de humilhação, Arubinha, conta a lenda escrita e reescrita, ajoelhou-se à beira do gramado, olhou pro céu, e mandou uma praga: "o Vasco vai passar doze anos sem ganhar campeonato, um pra cada gol que fez de sacanagem". Só que Arubuinha não se contentou com a palavra e partiu pra ação. De madrugada, invadiu o estádio de São Januário, e enterrou um sapo atrás de um dos gols. O tempo passou e nada do Vasco ganhar título. Só podia ser o sapo. Os diretores souberam da história e montaram uma força-tarefa para escavar o gramado e arredores em busca do que restava do sapo azarento. Em vão. Deram uma prensa no Arubinha, mas ele negou que tivesse enterrado o batráqueo. O fato é que o Vasco, embora tivesse um timaço nos anos 40, só voltou a ser campeão em 1948. Exatamente, o décimo-segundo ano depois da praga de 1937 do Arubinha enfurecido.
Tudo isso para dizer que o Botafogo e o prefeito Eduardo Paes, os parceiros do Engenhão, precisam achar o sapo enterrado no Estádio Olímpico. Foi só anunciar que o Engenhão receberá os jogos do Botafogo no Campeonato Carioca 2015 para pegar fogo na cobertura em obra. Em março de 2013, técnico alemães fizeram um laudo que apontou que a cobertura do estádio estava a perigo e não aguentaria ventania forte. Resultado, está fechado desde então para obras de reforço na estrutura "paraguaia" que arrumaram lá. Em setembro do mesmo, ano, houve um princípio de incêndio na mesma cobertura. Tá feia a coisa. O pequeno detalhe é que o Engenhão, com todo esse desacerto, é tão somente o estádio-sede da Rio 2016. Só isso. Bom procurar o "sapo do Arubinha" antes dos Jogos Olímpicos ou o vexame vai subir ao pódio.