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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Carnaval 2020: Globo renova por seis anos contrato de transmissão dos desfiles do Grupo Especial no Sambódromo carioca


A Globo divulgou na última sexta-feira nota à imprensa confirmando a renovação do contrato de direitos de transmissão do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro com a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). O acordo envolve G1 e Globoplay, além da Rede Globo. Os desfiles da Série A, na sexta e sábado de carnaval, também será exibidos para o Rio de Janeiro, enquanto os demais estados verão as escolas do Grupo especial de São Paulo. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Eleições - Escândalo do Whatsapp: deu ontem no New York Times, só não deu no Globo



O Globo já vinha dando sinais em alguns artigos, editoriais e na seleção do noticiário eleitoral que, como dizia Brizola, costeava o alambrado do Bolsonaro.

Primeiro, adotou a tendência de "igualar os extremos". Ontem, pulou de vez a cerca e escolheu sua ponta. Pode-se dizer que era movimento previsível, mas não que fosse tão escandaloso.

A reportagem da Folha de São Paulo com a denúncia do uso ilegal de impulsionamento de fake news no Whatsapp por parte do candidato do PSL foi ignorada em todos os veículos do grupo Globo por mais de 12 horas. Sites, TVs e rádios silenciaram sobre o maior fato político do dia. Não vale justificar que não quis suitar outro veículo, porque já fez isso inúmeras vezes.

Ou o Globo, desnutrido por tantas demissões, perdeu agilidade e senso ou Madame Valéria fez o grupo encontrar finalmente seu amor em um dia.

Hoje, na capa do impresso, minimiza o fato em chamada discreta.

A 6.516 km de distância, o site do New York Times informou muito melhor.

sábado, 25 de agosto de 2018

Checagem de fake news... Advogado de porta de cadeia, Alckmin faz figuração de "pobre", Globo não "curte" mais o Face de Maluf, candidato promete "cerveja digna" para todos, Branca de Neve morreu e a Disney escondeu o fato...

por O.V.Pochê 

* Estadão revela que ao deixar o governo, Temer pretende voltar à advocacia. Será especialista em "pareceres". Ao contrário do que notícias falsas definem, especialista em parecer não é o que "parece" inocente, "parece" presidente, "parece" legítimo, "parece" constitucionalista, "parece" que tem que manter isso, viu? Também não é verdade de que ele será advogado de porta de cadeia nem que atuará pelo lado de dentro.


* Alckmin em momento Geraldo. Circula no twitter a figuração instante exato em que o candidato tucano veste a fantasia do que o programa do PSDB define como "pobre cenográfico segurando sua marmita". Não é verdade que dentro da marmita Alckmin em tour nordestino carregava como entrada Tartare de Salmão e como prato principal, le plat du jour aliás, um rolê de vitela com cogumelo e acelga. A sobremesa era frugal, um simples Ile Flottante para não parecer esnobe no sertão.

* Alckmin acreditou nos colunistas e comentaristas e se mandou pro sertão. A mídia costuma enfatizar o apoio a Lula só como "coisa do Nordeste". Pesquisa do Ibope (de 16 a 22 de agosto) mostra que a análise tem falso fundamento. Entre 20 estados pesquisados, Lula lidera em 18. Só perde para Bolsonaro em Santa Catarina e Roraima. Em grandes colégios como Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, o capitão inativo leva goleada. Essa é a real news. Se Lula vai transferir votos para Fernando Haddad é outra história que só poderá ser pesquisada com precisão no curso da campanha.

* Se existisse Facebook nos tempos da ditadura e até muitos anos depois, a página de Paulo Maluf teria muitas "curtidas" do Globo. Ambos também seriam do mesmo grupo no Whatsapp e compartilhariam stories no Instagram. Por motivo de força maior, só recentemente Maluf teve que deixar a comunidade. O jornal publica hoje pequeno editorial em que festeja"enfim" a cassação pela Câmara do mandato de deputado por crime de lavagem de dinheiro. Mas não é verdade que O Globo, na seção "Desculpa Aí" pede perdão oficial pelos longos anos em que apoiou com entusiasmo o ex-prefeito e governador de São Paulo.

* A direita brasileira caminha rápido para voltar à Alemanha dos anos 1930. Depois de defender que a escravidão foi um programa sócioeconômico inventado pelos próprios negros, prega, agora, que os judeus se entregavam aos carrascos dos campos de concentração "por falta de motivação".  Mas, não estão confirmadas, por enquanto, outras afirmativas do tipo como dizer que os índios se suicidavam ao verem os bandeirantes.

*  É comum e compreensível a glorificação de personalidades falecidas, mas não é verdade o boato de que Otávio Frias Filho vai ser canonizado.

* Não é fakenews - João Pescocinho (foto), candidato a deputado distrital de Brasília promete, se eleito, "cerveja digna" para os cidadãos. E cervejinha na sombra. A notícia é do Conexão Jornalismo. Ouça o áudio AQUI

* Era uma vez uma fake news. Branca de Neve morre no fim do filme clássico de Walt Disney. O beijo do príncipe é, na verdade, o beijo da morte dado pelo Ceifador. As nuvens que envolvem o castelo, no final, representam o paraíso e a vida após a morte. O desfecho fatal foi amenizado para não chocar o público e por não ser comercialmente favorável. "Foi para evitar que crianças surtassem", argumenta o pesquisador Matt Morgan.
A personagem Branca de Neve foi inspirada em uma aristocrata alemã do século 19 e embora em 1937, quando o filme foi lançado, não existisse o "politicamente correto",  teve outros trechos adaptados.  A nobre marquesa, que morreu envenenada aos 21 anos, por uma madrasta não aprovava seu casamento com Felipe II, da Espanha, era dona de minas de carvão onde explorava trabalho escravo infantil. Na ficção da Disney, os garotos viraram os Sete Anões. Se essa teoria destrói lembranças e atrapalha um tema muito usado em festas de aniversário, reclame com o Daily Mail, que publica a matéria que rasga de vez a fantasia.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Do Portal dos Jornalistas: vai e vem na Infoglobo...



(do Portal dos Jornalistas) 

Antes mesmo da virada do ano, a Infoglobo anunciou a nova configuração de suas editorias para 2018. Na sexta-feira (8/12) a Diretoria Geral emitiu um comunicado com as modificações que completam o quadro anunciado no final de outubro.

A chamada Mesa Central – que responde pela produção e publicação de notícias e onde então os editores executivos – passará a contar com Alexandre Freeland, que vem da InPress Porter Novelli para assumir como editor executivo de Produção.

Há cerca de 15 anos, Freeland trabalhou em O Dia com Ruth Aquino, a nova diretora Editorial da redação integrada de O Globo, Extra, Expresso e Época. Ele era editor de multimídia, respondendo pela então pioneira integração entre o impresso, o online e dois canais de tevê que tinham parceria com o jornal.

Ao deixar o jornal, há cerca de cinco anos, era diretor de Redação, à frente também dos jornais Meia Hora e os esportivos Marca RJ e SP. Levava na bagagem dois prêmios Esso de Primeira Página e quatro SND (Society ofr News Design). Em seguida, foi para a In Press a convite de Kiki Moretti, quando da criação da área de Branded Content na agência. Lá, trabalhou na Comunicação Pública e, no último ano e meio, dirigiu o escritório do Rio. Ao anunciar a saída de Freeland, em e-mail informal e emocionado, Kiki Moretti realçou “sua inteligência bem-humorada, sua obsessão pela informação precisa, as análises profundas e sempre brilhantes”. A agência ainda não anunciou quem o substituirá.

Leticia Sorg virá de São Paulo para assumir a editoria executiva de Produtos Digitais. Formada em Jornalismo pela USP, com especialização em Oxford, já foi editora e repórter especial de Época, além de editora da Agência Estado. Estava ultimamente no Estadão, trabalhando com novos produtos e processos para o site.

Os editores executivos Paulo Motta, Silvia Fonseca, Denise Ribeiro e Alexandre Maron deixam a empresa. Até a integração das redações, Motta era editor executivo do Globo, cargo que passou a ocupar depois de premiada carreira como editor de Rio. Silvia também era do Globo. Denise tinha o mesmo cargo no Extra, com longa trajetória no jornal. Maron veio de Época, em São Paulo, para participar da integração das redações. Na Editora Globo, foi diretor de Projetos Online e de Inovação Digital.

PARA LER A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Propina no futebol: escândalo atinge empresas de mídia e de marketing esportivo. Na Argentina, um executivo é encontrado morto horas após ser acusado

Escândalo repercute na mídia internacional. Bloomberg e...


... e The Guardian publicam a denúncia feita em Nova York. 

Enquanto a seleção brasileira fazia sua partida morna e decepcionante contra a Inglaterra, no 0X0 do Wembley, ontem, em Londres, um jogo muito mais pesado se desenrolava em Nova York: as autoridades locais, onde o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, com um histórico de serviços prestados à ditadura militar, é acusado de extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro, ouviam  uma das testemunhas de acusação.

Coube ao argentino Alejandro Buzarco ligar um enorme ventilador sobre detritos acumulados há décadas. E o vendaval por ele detonado chegou à Rede Globo. Buzarco, ex-executivo da empresa de marketing argentina Torneos y Competencias S.A também é réu no processo e acusou Globo, Fox, a empresa brasileira Traffic e a Televisa de pagarem propinas a dirigentes para assegurar direitos de transmissão de torneios internacionais.

Um breve histórico: a Globo mantinha um dos seus executivos, Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esporte, como o encarregado de fazer a ponte entre a poderosa rede, a CBF, a Comenbol e a Fifa. Nos bastidores, durante anos, Marcelo ficou conhecido o "cartola da Globo", tão semelhantes eram suas táticas com os movimentos subterrâneos da maioria dos dirigentes do futebol brasileiro.

Sempre defendendo os interesses da Globo, Pinto impunha horários de jogos, modificava tabelas, garantia a eterna exclusividade de transmissões e adiantava dinheiro de cotas para grandes clubes em aperto financeiro. A bola estava com ele, tinha poderes e cacife. Em novembro de 2015, poucos meses depois da prisão de José Maria Marin, na Suiça, a Globo anunciou que Marcelo se aposentaria no fim daquele mesmo ano.

Entre outras bombas, Buzarco contou que participou de uma reunião com Marin, Del Nero e Marcelo Campos Pinto, quando avisou ao grupo sobre uma "sobra" de propina. "Informei a eles que tinha mais 2 milhões de dólares de propina, dinheiro que Teixeira não havia coletado. Com a benção de Campos Pinto, ficou decidido que os 2 milhões seriam divididos entre Del Nero e Marin", disse Buzarco.

Em nota, a Globo afirmou que "não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina". Segundo a emissora, investigações internas apontam que jamais houve "pagamentos que não os previstos nos contratos". A empresa afirma que Marcelo Campos Pinto, em apuração interna, "assegurou que jamais negociou ou pagou propinas a quaisquer pessoas".

Tudo indica que Marcelo Campos Pinto vai segurar esse rabo de foguete. O julgamento prosseguirá em Nova York, mas dificilmente a Justiça brasileira vai se ocupar desse assunto. Corrupção privada no Brasil não é crime. E a CBF, ao contrário do Comitê Olímpico Brasileiro, daí a prisão de Carlos Arthur Nuzman, é uma entidade privada que não mexe com verbas públicas.

Do ponto de vista jornalístico, há um ponto curioso: acusações contra grandes empresas de mídia além de não prosperarem não costumavam ser divulgadas nos veículos do acusado e, muito menos, nos veículos concorrentes. Um pacto de silêncio protegia as corporações. Hoje, com as redes sociais e os sites independentes o silêncio torna-se impossível. O assunto está em todos os jornais. Ainda bem.

A Globo divulgou uma nota sobre o novo escândalo e promete noticiar todos os desdobramentos.

"Sobre o depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso FIFA pela justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina.

Esclarece que, após mais de dois anos de investigação, não é parte nos processos que correm na justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos.

O Grupo Globo se surpreende com o relato envolvendo o ex-diretor da Globo Marcelo Campos Pinto. O Grupo Globo deseja esclarecer que Marcelo Campos Pinto, em apuração interna, assegurou que jamais negociou ou pagou propinas a quaisquer pessoas. O Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido.

Para a Globo, isso é uma questão de honra. Os nossos princípios editoriais nem permitiriam que seja diferente. Mas o Grupo Globo considera fundamental garantir aos leitores, aos ouvintes e aos espectadores que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige."

Como se pode ler na nota, a Globo fez "investigação interna" para apurar se a Globo pagou propina".

E isso mesmo, não é piada.

A emissora acaba de renovar com o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também acusado na denúncia de Buzarco, os direitos exclusivos de transmissão dos jogos da Seleção Brasileira até 2022.

Sinal de que a bola deve continuar rolando, sem maiores tropeços. Ricardo Teixeira, ex-presidente, e Marco Polo del Nero, o atual mandante da CBF, dificilmente serão incomodados.

Por enquanto, apenas evitam viajar para o exterior espelhados no vacilo de Marin, preso em Zurique.

Vai que o longo braço do FBI os alcança.

Em matéria de CBF, Nova York não é aqui.

ATUALIZAÇÃO 
Jornais argentinos acabam de divulgar que Alejandro Delhon, um dos executivos denunciados por Alejandro Burzaco como envolvido em casos de propina no futebol, foi encontrado morto, ontem, nas proximidades de Buenos Aires. Segundo a polícia local, Delhon se atirou na frente de um trem na cidade de Lanús. As autoridade ainda apuram se foi suicídio ou assassinato. 

sábado, 12 de agosto de 2017

O que SBT e Globo têm em comum? Pergunte a Hermano Henning e Evaristo Costa...

Âncoras em conflito trabalhista.

Sílvio Santos tem o bordão "quem quer dinheiro"? Pelo visto, é só bordão. Demitido pelo SBT, o jornalista Hermano Henning está processando o "patrão".

Já o apresentador Evaristo Costa, que pediu para sair da Globo, ainda não assinou a rescisão, segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL. Um impasse em relação a valores seria a causa do impasse.

Evaristo deve estar parodiando o slogan da Globo, "a gente se vê por aqui"... na Justiça

Vai ver é por essas e por outras que as corporações defenderam com tanto entusiasmo a reforma trabalhista que cassa direitos, precariza o emprego e dificulta o acesso à Justiça.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Seleção Brasileira: quem vai ser o dono da bola das transmissões?

A CBF acaba de romper uma "tradição". A assessoria de imprensa da entidade anunciou ontem que entidade venderá os direitos de mídia dos jogos da seleção através de um processo de concorrência organizado pela agência suíça Synergy Football.

A Globo era, há décadas, titular exclusiva desses direitos e último contrato está no fim. Sua exclusividade em amistosos encerrou-se em dezembro do ano passado.  A Globo tem os direitos das Eliminatórias (até dezembro desse ano) e da Copa da Rússia.

Mas o Mundial do Catar, em 2022, já será negociado em breve sob o novo modelo.

Não se sabe, ainda, a reação da Globo.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Futebol carioca tem o bloco dos "enjeitados da Globo"



O site Conexão Jornalismo publica uma matéria e vídeo sobre um comentário do jornalista André Risek a propósito de um certo "desprezo" que a imprensa carioca demonstra em relação ao Botafogo.

A torcida do alvinegro também faz essa queixa. Nos programas jornalísticos de TV, Rádio e mídias digitais e impressas, o Flamengo é privilegiado. Tem mais torcida, dizem, e dá mais audiência, o que nem sempre é confirmado e depende muito do momento do time e da importância do jogo.

O problema aí, já que estamos falando de jornalismo, é um padrão de predomínio do fator comercial sobre a notícia. Se seguisse esse raciocínio restritivo, a CNN jamais daria notícia sobre o 'soccer' que, nos Estados Unidos, alcança apenas minorias.

Se o Botafogo reclama, imaginem o Vasco. Há muito, as relações do Vasco com o Grupo Globo são conflituosas. Certa vez, insatisfeito com a cobertura, o combativo Eurico Miranda mandou colar nas camisas dos jogadores o logotipo do SBT em um jogo contra o Corinthians transmitido pela Globo. Editoriais e artigos virulentos de colunistas solidários com o patrão responderam à provocação do Eurico. E esse clima costuma reaparecer nas entrelinhas da cobertura do Vasco até hoje. Coincidentemente, ao lado do Botafogo, o Vasco é o clube, digamos, menos dócil nesse relacionamento com a Globo.

Às vezes, mesmo fora da mídia esportiva, vale encaixar um discreto comentário depreciativo em forma de reticências... (Veja abaixo notinha publicada ontem).



    LEIA A MATÉRIA DO CONEXÃO JORNALISMO E VEJA O VÍDEO. 
CLIQUE AQUI


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Passaralho: Globo passa o rodo em dezenas de jornalistas...

Depois do passaralho na TV Globo e na Globo News, chegou a vez da Infoglobo, que edita o Globo, Extra e Expresso.

O grupo mandou embora ontem mais de 30 jornalistas. A alegação é a mesma de Abril, Estadão, Folha etc: "reestruturação do negócio", "novo modelo", "crise"...

Esse padrão de atuação dos patrões tem ditado que algumas vagas são extintas, outras preenchidas por um exército de trainees e mais outras ocupadas por jornalistas contratados a salários bem mais baixos do que aqueles demitidos.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro publicou uma nota de repúdio ao processo de enxugamento arbitrário, "em total desrespeito aos trabalhadores". A representação dos jornalistas declara " solidariedade aos profissionais dispensados" e informa que estará atenta "a qualquer tipo de ilegalidade que possa ocorrer no processo de demissão".
 
Prestar solidariedade e fiscalizar é, na prática, o que o sindicato poderá fazer. É pouco, mas é uma consequência das limitações legais e da fragilidade da categoria. Em muitos países capitalistas, uma empresa não pode, por exemplo, demitir profissionais para preencher vagas, em seguida, com salários mais baixos. Ou, ainda, precarizar o trabalho sobrecarregando, como geralmente acontece, as equipes mantidas. Em casos de crises ou de "reestruturação do negócio", empresários sentam-se à mesa com representantes do trabalhadores para equilibrar e racionalizar o processo e conter ao máximo os danos.

Aqui, é a selvageria que predomina nesses momentos. Uma espécie de fundamentalismo patronal que tudo pode.

No Brasil, o negócio de mídia, esse que passa por traumática "reetruturação", tem características "especiais". TVs e Rádio são concessões públicas; a mídia impressa recebe subsídios na aquisição de insumos, o papel, por exemplo. Recentemente, ainda no governo Dilma Rousseff, as corporações receberam uma milionária desoneração sobre a folha de pagamentos. Supostamente, o governo pensava em evitar demissões. Se pensava, foi miseravelmente enganado. De 2013 para cá cerca de 5 mil jornalistas foram demitidos em todo o Brasil. Com poder junto ao governo federal, as empresas de mídia conseguem benefícios públicos, como acesso ao dinheiro barato do BNDES, sem qualquer contrapartida trabalhista. Alguns governos estaduais concedem descontos em ICMS a grupos de comunicação. Em nenhum desses casos, os beneficiados foram levados a assumir compromissos como, por exemplo, preservação de empregos. E a nova onda de demissões na mídia chega em um momento em que Michel Temer aumenta as verbas publicitárias para as grandes corporações em proporções megassênicas.

As perspectivas não são boas para os jornalistas. Há tempos, o superintendente de uma revista paulista comentava abertamente que não precisava da equipe trabalhando de segunda a sexta. Segundo ele, bastavam dois dias para que a redação fechasse a revista. Tudo indica que não está longe esse dia. Entre outras propostas, a reforma da CLT que vem aí pretende permitir a modalidade de trabalho/hora, com o profissional ficando à disposição da empresa para convocação a qualquer momento mas com direito a remuneração só a partir do momento em que sentar a bunda na cadeira.

Houve uma época em que alguns veículos - alternativos, principalmente - fizeram várias reportagens investigativas sobre o mundo cão dos boias-frias explorados em canaviais.

Nesse ritmo, os jornalistas poderão em breve retomar essas pautas. Agora, na primeira pessoa.  

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Repórter da Globo/Globo News é agredida ao vivo durante cobertura de rebelião de presos



por Niko Bolontrin

Muitas pessoas se despediram de 2016 com alívio. Mas 2017 está mostrando que não veio para brincar. Não é só a temperatura que está alta, a tensão também. E a indignação. Nesse clima, muitos repórteres, aqueles que botam a cara nas ruas, têm sido vítimas de agressões absurdas.

A repórter Larissa Carvalho, da TV Globo/Globo News, foi agredida na madrugada de hoje quando fazia a cobertura ao vivo da rebelião no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, MG.

Uma mulher, supostamente parente de um detento empurrou a jornalista. Um policial militar deteve a mulher. Larissa informou depois que não se machucou e registrou queixa.

Com base em informações da PM, a repórter dizia ao vivo que não havia feridos no interior do presídio. Segundo Larissa, que após a agressão voltou a noticiar o caso, a confusão aconteceu porque parentes de presos não concordaram com essas informações da PM, que após o incidente voltou a afirmar que a rebelião estava contida e não havia feridos nem fugitivos.

Não está fácil a vida dos repórteres que cobrem tais conflitos.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

domingo, 28 de agosto de 2016

Escultor sugere que estátua de Vinícius seja erguida ao lado da escultura de Tom Jobim, no Arpoador, completando a cena da foto clássica de Carlos Kerr para a revista Manchete, publicada em 1958...

A matéria do Globo sobre a foto da Manchete que inspirou a estátua de Tom Jobim, no Arpoador. Creditada como "Arquivo", a foto hoje clássica é de autoria de Carlos Kerr.

A escultora Christina Motta revelou em entrevista que se baseou em foto da Manchete para homenagear Tom Jobim.
Foto de Ricardo Cassiano/PMRJ

Há cerca de dois anos, o Rio homenageou Tom Jobim com uma estátua no Arpoador.
Na época, a escultora Christina Motta ressaltou em entrevistas que se baseou em uma foto da Manchete.
Na imagem, com o violão ao ombro, Tom parece caminhar no  calçadão de um dos seus locais preferidos na cidade que tanto amou.
No Globo de hoje, na coluna Gente Boa, outro escultor, Edgar Duvivier sugere que Vinicius de Moraes, ao lado de Tom, na foto, também deveria ser lembrado em uma escultura que o mostraria andando, tal qual a cena original da Manchete.
De autoria do fotógrafo Carlos Kerr, essa imagem já clássica foi publicada na Manchete inúmeras vezes. A edição especial Manchete 45 anos destacou e o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" reproduziu a encontro.
O Globo, infelizmente, credita a foto ao "Arquivo". Embora "Arquivo" seja um "fotógrafo" muito atuante e, provavelmente, um dos que mais assinam mais fotos na mídia e em livros, registre-se que Tom e Vinícius posaram para Carlos Kerr em Brasília, em 1958, nas imediações do Catetinho, uma construção em madeira que era a casa e escritório de JK quando o então presidente visitava a capital em obras.
Em fevereiro de 1958,  JK havia encomendado a Tom e Vinícius uma peça musical em homenagem a Brasília. Logo depois, Oscar Niemeyer convidou a ambos para conhecer a cidade em construção, que seria a fonte de inspiração de "Brasília - Sinfonia da Alvorada".
Manchete cobriu com exclusividade o tour do músico e do poeta, que gravaram a sinfonia em 1960. A peça deveria ter sido apresentada na solenidade de inauguração de Brasília em uma grandioso espetáculo de som, luzes e efeitos especiais. Às vésperas da festa, o espetáculo foi cancelado. Conta-se que JK já acossado pela oposição por denúncias de corrupção durante as obras da nova capital recusou-se a pagar o alto preço cobrado pelos produtores franceses do megashow de "son et lumière".
O público só viria a conhecer trechos da "Sinfonia de Brasília durante um programa na TV Excelsior, em São Paulo, em 1966.
Com o golpe que implantou a ditadura militar, JK e tudo o que a ele se referia caíram no limbo da intolerância política.
Só em 1986, com a saída dos generais-ditadores, Brasília conheceu sua música em um concerto na Praça dos Três Poderes.
Assim aconteceu e assim viraram história Tom, Vinícius e a foto de Carlos Kerr.

Segundo a nota do Globo, o escultor Edgar Duvivier sugere que uma estátua de Vinícius seja colocada ao lado de Tom, completando a cena da foto original e histórica de Carlos Kerr para a Manchete

Em outra foto de Carlos Kerr publicada pela Manchete (reproduzida a edição especial Manchete 45 anos) Vinicius e Tom, na mesma ocasião, recostados em uma árvore do cerrado do Planalto Central. 

domingo, 26 de abril de 2015

Veríssimo, no Globo:"Ministros do Supremo decidiram mandar o processo contra Eduardo Azeredo para ser julgado em Minas. No caminho, teria se desfeito no ar. Nunca mais se ouviu falar nele"


por Luís Fernando Veríssimo (do Globo, link abaixo)

Amais nova especulação da Física é que existem mais buracos negros no Universo do que se imaginava. Eles não estariam apenas na imensidão sideral, como gigantescos aspiradores engolindo galáxias inteiras, mas também à nossa volta, como pequenos ductos para o Universo paralelo. Seriam tão comuns e fariam parte do nosso cotidiano de tal maneira que deveríamos parar de chamá-los de buracos “negros”, com sua conotação de obscuridade e terror, e adotar um nome mais íntimo, como buracos morenos (mas não, claro, buracos afrodescendentes). Qualquer um de nós está sujeito a ser tragado por um desses buracos e se ver, de repente, no outro Universo. Onde poderia muito bem encontrar aquela caneta favorita que tinha sumido, o último disco do Chico que desconfiava que alguém tinha roubado, livros e outros objetos inexplicavelmente desaparecidos e até a tia Idalina, que todos pensavam que tinha fugido com um boliviano e fora apenas sugada por um ducto.
LEIA A CRÔNICA COMPLETA NO GLOBO, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Na rede social, internautas protestam contra a Rede Globo. Segundo o jornal O Dia, o canal não transmitirá o desfile das escolas campeãs do carnaval do Rio de Janeiro e não cederá as imagens para qualquer emissora

O blog Leo Dias, do jornal O Dia, afirma que a Globo não mostrará as escolas campeãs do Rio de Janeiro, neste sábado. Alega que não conseguiu vender patrocínio. E, segundo a nota, também não cederá as imagens para a Band, como já o fez em anos anteriores, quando optou por não exibir as Campeãs. Há alguma coisa que não bate aí. Primeiro, as audiências dos dois dias de desfiles e até da apuração dos resultados foi considerada muito boa, maior do que o que a Globo põe no ar nos respectivos horários. Segundo, seria prática da emissora vender um pacote de patrocínio, incluindo chamadas (Globeleza), intervalos no JN, além da cobertura do sambódromo propriamente dita. Nesse caso, não seria tão difícil encaixar as Campeãs nas chamadas cotas. Talvez, se realmente for verdade que estará ausente do sambódromo nesse sábado, seja puro desinteresse.
A Globo já demonstrou esse desinteresse, no passado. Havia uma profissional da emissora que, conta quem trabalhou com ela, detestava o Carnaval. Achava que dedicar tantas horas à "mesmice" das escolas não combinava com o "padrão Globo", nem era jornalismo. Figura de prestígio, ela teria sido ouvida. Por isso e por estar, na época, em briga aberta com o então governador Leonel Brizola, a Globo desistiu de cobrir o desfile de inauguração da passarela do samba, em 1984.
Manchete: absoluta no carnaval de 1984.
Abriu espaço, então, para a Rede Manchete, que ganhou audiência (derrubou novelas, filmes e shows da rival) e a simpatia popular tanto nas arquibancadas do sambódromo como entre sambistas e telespectadores do Brasil inteiro que não foram privados de ver os desfiles. E ainda vendeu cotas comerciais milionárias. Naquele ano, para completar, o carnaval foi disputadíssimo: deu Mangueira campeã, com "Yes, Nós Temos Braguinha", dividindo o ´titulo com a Portela, com o enredo "Contos de Areia". Como resultado da decisão desastrosa, teria ocorrido uma crise interna na Globo e prevalecido a avaliação de que não cobrir o desfile tinha sido uma cagada inesquecível, tanto que nunca mais a Globo ousou esnobar o samba. Havia transmitido nove desfiles, desde 1974, e a partir de 1985 transmitiu outros 30, até esse ano. 1984 ficou sendo o único ano em os executivos da emissora bateram o pezinho. Nos anos seguintes, com Brizola ou sem Brizola (que ainda voltou em um segundo mandato), ela estava lá. Não com exclusividade.
Em 1986, as redes passaram a dividir a transmissão
e os logos na passarela do samba. (Reprodução)
Precavida, a Liga das Escolas de Samba (Liesa) passou a vender os direitos para duas redes; a Manchete (que usava o slogan "Manchete, a estação primeira também neste carnaval") e a Globo, que dividiam câmeras, logística e as imagens principais, com cada uma levando suas respectivas equipes e algumas câmeras exclusivas. Essa parceria persistiu por anos.
O atual contrato, segundo a nota do Dia, obrigaria a Globo a transmitir as Campeãs ou passar o direito a outra rede. Fala-se que as imagens deste sábado estarão no G1, portal da internet do grupo, seria a saída para não desrespeitar o contrato. Pode ser que essa decisão se confirme ou não nas próximas horas, mas na rede social, muitos internautas já protestam contra a possível omissão da Globo, que, na prática, impedirá milhões de pessoas de assistirem pela TV sua escola desfilar. Talvez seja o caso de a Liesa, ano que vem, especificar com maior precisão no contrato que o Desfile das Campeãs deverá ser repassado para uma TV aberta, caso a titular dos direitos opte por não transmitir o evento. Será a forma de levar a festa a milhões de pessoas que não vão ao sambódromo.
Ou será que tudo isso é um sinal de que, no futuro, o Desfile das Campeãs estará disponível apenas no pay-per-view?


VEJA NO YOU TUBE UM CLIP SOBRE AS CAMPEÃS DE 1984 A 1994 EXIBIDO PELA REDE MANCHETE. CLIQUE AQUI