Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
terça-feira, 12 de junho de 2018
Leitura Dinâmica: do tiro no celular a Donald Chaves e Kim Chapolin Colorado
* Juiz saca revólver e atira em um vizinho. Advogado alega que o tiro foi em um celular. Ah, bom! Atirar em celular de vizinho pode.
* Cada vez mais frequentes na mídia conservadora artigos "fofos" sobre Bolsonaro.
* A Lava Jato parou a obra de Angra 3. Foi por uma "boa causa". O prejuízo com a paralisação é colossal. Agora o governo anuncia que vai elevar a tarifa de energia elétrica para... retomar as obras de Angra 3. Sobrou pra nós.
* São os novos tempos. Alguns grupos de comunicação montaram departamentos de eventos que rivalizam em tamanho com editorias. Chega a ser impressionante a frequência com que são produzidos debates, seminários, encontros, workshops, palestras e conferências. Explica-se: com a queda da publicidade na mídia impressa, criar oportunidades para faturar tornou-se fator crucial para o caixa das empresas. As equipes criativas desses departamento trabalham ativamente. Explica-se: a maior parte desses eventos é patrocinada pelo governo federal, estatais, o pródigo Sistema S, confederações patronais, apoio de leis de renúncia fiscal, e, para ser justo, empresas privadas, embora minoritariamente. Difícil, mas os otimistas devem esperar que, a depender desses eventos, o Brasil encontre soluções para seus impasses. A pauta dessa caça corporativa ao dindin praticamente não deixa qualquer setor de fora: educação, segurança pública, turismo, meio ambiente, saúde, esporte... Os veículos promotores da pajelança lucrativas vão aonde o cliente estiver. Se os problemas estratégicos do Brasil serão resolvidos, não se sabe, mas instituições publicas dão impressão que estão trabalhando, o cofrinho da mídia engorda, palestrantes faturam seus cachês... Parece a conjugação perfeita.
* Deu match? Donald Trump se encontra com Kim Jong un. Estão dizendo que é fato histórico e o mundo será melhor daqui pra frente. As redes sociais discordam. A história recente mostra que outros encontros foram muito mais relevantes para a humanidade: Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, Temer e o coronel, Sérgio Moro e João Dória, Danny Glover e Lula, Eliseu Padilha e caminhoneiros, Fátima Bernardes e Túlio Gadelha, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, Chaves e Chapolin...
* Segundo Notícias na TV, a Globo vai publicar regras duras sobre o comportamento dos seus jornalistas nas redes sociais. É para normatizar a conduta ética pessoal dos profissionais em relação a preferências por clubes de futebol, partidos políticos, produtos, restaurantes, lojas etc. Isso nas páginas pessoais. No ar, eles podem continuar veiculando as opiniões da empresa.
* Quando jogava na Fiorentina, Edmundo já foi muito execrado na mídia por uma opinião. Um jornalista peguntou o que ele achava de Florença. O jogador respondeu que a cidade "era muito velha". O Globo de hoje publica uma frase no mesmo tom de Paulo Betti sobre Moscou: "parece uma Disneylândia". Betti deve ter confundido as cúpulas da Catedral de Sâo Basílio, também "velha", de 1555, com as torres do Castelo Encantado do parque americano. Betti tem sorte de não ser jogador de fubebol. É apenas espirituoso...
* Pesquisa do Folha apura que desinteresse dos brasileiros pela Copa alcança 53% da população. Parece natural depois do trauma dos 7X1 e pela pouca identificação e distanciamento dos torcedores com os jogadores que já não atuam em clubes brasileiros. O que não impede que caso a seleção avance no mundial mais brasileiros se postem diante da TV do que lendo a Folha.
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