Brasília está em festa. O clima era de final de Copa com o Brasil hexa goleando a Alemanha por 7 x 1. Mas não se ouvia grito de gol.
A explosão de alegria em gabinetes do Planalto, corredores do Congresso, ministérios, salas de altos executivos de grandes corporações, empreiteiras, doleiros, operadores, diretórios de partidos, igrejas, Ongs, decoradores de mansões, nas salas vip do aeroporto, nas suítes das garotas e garotos de programa, nos caixas de publicidade da velha mídia, no Mercado e no Porto de Santos, entre outros setores, comemorava a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de negar a quebra de sigilo telefônico do ilegítimo Michel Temer, investigado por corrupção.
Foi difícil achar a notícia no Globo de hoje, na página seis, sem chamada de capa e com Temer citado em segundo plano. |
Dizem que o trânsito chegou a parar por alguns minutos na avenida em frente ao Planalto. Não, não era manifestação de paneleiros, nem multidões envergando a camisa da CBF. Motoristas se assustaram com barulhos que lembravam tiroteios e balas perdidas. Uma passante avisou que eram apenas rolhas de champanhe estourando alguns andares acima lembrando réveillons inesquecíveis.
Ano novo, vida nova, Brasil novo. Tem que manter isso, viu?
Um comentário:
O palhaço sempre ri, porque esta é a sua função, a sua vida. O palhaço não chora.
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