por Flávio Sépia
Segundo a CNN, Mark Zuckerberg está trabalhando para impedir ou minimizar a circulação de notícias falsas no Facebook.
Zuckerberg tem se incomodado com especulações que atribuem a vitória de Donald Trump à disseminação de fake news contra a adversária do empresário, Hillary Clinton.
Embora não seja possível confirmar a tese - até porque o conteúdo falso seria ínfimo diante do volume de dados que circularam na rede social americana durante a campanha -, o Facebook resolveu levar a sério a desinformação. "Estamos trabalhando para desenvolver um sistema de alertas para notícias falsas", ele confirma.
Em princípio, a iniciativa é louvável, mas há sinais amarelos à frente. O risco de o "sistema de alertas" virar censura pura e simples é grande. Como classificar o que é desinformação? Como valorizar uma revelação sobre um fato qualquer que simplesmente foi omitido pelo main stream da mídia? Notícias falsas - geradas por erro ou má fé - também são veiculadas por grandes corporações que têm páginas na rede social. O Face vai ter condições de checar e desmentir, por exemplo, uma matéria de um jornal ou de uma revista? Assumiria uma função de mega editor mundial?
Em post no seu blog, Zuckerberg esclarece que o Facebook não quer ser editor. "O problema é complexo, tanto técnica quanto filosoficamente. Nós não queremos ser árbitros da verdade, mas sim confiar em nossa comunidade", diz o CEO.
Ainda não está muito claro como funcionará o sistema de alerta. Por enquanto, quatro ideias aparecem:
- o Facebook recorreria a agências investigativas de checagem de notícias;
- a maior parte das notícias falsas vem de spam, daí controles mais rígidos seriam adotados;
- seriam aperfeiçoados canais para os próprios usuários, pessoas citadas, instituições ou terceiros denunciarem notícias falsas;
- notícias comprovadamente falsas ganhariam um selo para orientação dos usuários.
Na teoria, o tema é delicado. Melhor aguardar a prática.
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