Por outro lado, grandes corporações jornalísticas tentam, em proveito próprio, como o taxista que rejeita o Uber, desvalorizar o jornalismo independente que a rede carrega.
Vê-se, agora, que a mídia americana não enviou repórteres aos grotões do país, por exemplo, para detectar o sentimento do eleitor. Acreditou nas pesquisas e no clima visível em cidades liberais como Nova York e Los Angeles e outras regiões arejadas no país. Assim como a Londres multicultural jamais imaginou que a maioria da população queria dar uma voadora na União Europeia.
Nas questões locais brasileiras, a mídia convencional dominante reproduz comportamento semelhante. Mais grave ainda: está tão comprometida com os governantes com os quais conspirou para levar ao poder, aí incluídos os citados mas não ainda indiciados quem-saber-um-dia pela Lava Jato, que vê apenas o que quer ver.
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Nos últimos dias, houve protestos contra a chamada "PEC da Morte" em 18 estados e em Brasília, com forte repressão policial, presos e feridos. Mas, quando muito, você viu nos jornais e na TV apenas algumas cenas de manifestações de servidores do Rio de Janeiro que têm ido às ruas ameaçados pela crise financeira do Estado. No caso, um conflito que ganha espaço porque é politicamente tratado como um problema local herdado do país pré-golpe. A histórica e ampla ocupação de escolas promovida pelos estudantes e as manifestações que se espalham pelo país são abordadas apenas como "transtornos" em matérias com enfoque negativo que invariavelmente destacam cenas de suposto "vandalismo".
Não por acaso, em meio à distribuição de favores para setores que o levaram ao Planalto, o grupo que domina o governo federal abriu generoso duto de pixuleco para a mídia oligárquica, tão grande e poderoso que pintou de azul celeste as contas das empresas. Para determinados veículos, as verbas crescerem em valores que variam de quatro a três generosos dígitos, de 1000%, 600%, 500% etc, segundo números da própria Secom.
Nas redes sociais, o pixuleco ganhou o nome de Bolsa Mídia.
Um comentário:
O quarto poder não é mais a imprensa mas a mídia social e isso é bom
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