por Eli Halfoun
Uma rápida olhada no noticiário
político (incluindo as análises de especialistas) deixará o eleitor ainda mais
confuso em torno da conduta eleitoral, principalmente depois que Marina Silva
filiou-se ao PSB e fez uma inusitada dupla com Eduardo Campos que, aliás, não me
convence em nada como Collor nunca me convenceu. Não se sabe exatamente (parece
que nem ela sabe direito) o que Marina pretende na próxima eleição desde que
perdeu a possibilidade de entrar na disputa com a Rede, partido que criou, mas
não conseguiu registrar. O fato de não ter conseguido o registro da Rede está
deixando aliados de Marina decepcionados: muitos acham que foi bobeira dela e
que o Tribunal Superior Eleitoral não tem a culpa maior no cartório. Entre os
muitos ainda aliados de Marina (alguns estão pulando fora depois que ela fez
dobradinha com Campos) estão convencidos que a culpa maior é de Marina. A
maioria já não esconde a grande decepção com a mobilização nas redes sociais
que acreditam começou atrasada só permitindo que os 12 mil voluntários
conseguissem apenas 75 assinaturas cada um. Acreditam também que a própria
Marina não fez nenhum esforço pessoal para conseguir mais assinaturas. Os
decepcionados aliados acham que a ex-senadora é personalista e ultimamente tem
se limitado a acordos políticos tradicionais e que se coloca em um pedestal
envolvida em debates e discursos sem alcance popular. Por isso há dias um
repórter quis saber se Marina e Campos não se cansaram de dar entrevistas sobre
o já formalizado acordo. O repórter perguntou para Marina se ela acha que a
massa brasileira entende o “programático!” e o “pragmático” que ela tanto
repete em seus discursos e entrevistas. Marina não explicou e limitou-se a dizer
um apenas “o povo entende”. Se não explicar, não entende não.
Embora o ex-presidente Lula reconheça
que “Marina tem força política” o grupo que apóia a reeleição de Dilma Rousseff continua defendendo a tese de que “vice não elege ninguém” citando o exemplo de
Leonel Brizola na eleição presidencial de 1989 na qual foi vice de Lula e Lula
não ganhou.
De qualquer maneira volta a ser
considerada a possibilidade de Lula concorrer outra vez à Presidência da
República imediatamente caso a chapa Campos Marina ganhe mais força. O que se
diz é que até o vice Michel Temer, do PMDB, já conversa no partido sobre essa
possibilidade. Marina pode não ganhar nada, mas está fazendo uma confusão
danada, o que não é novidade no jogo político que como no de futebol só tem
resultado definitivo quando a partida acaba. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Na minha opinião essa jogada da Marina e do Campos veio movimentar o cenário político, que tava ficando muito chato, com esses figurantes candidatos à presidência.
Postar um comentário