domingo, 13 de outubro de 2013

Chega de abrir espaço para artistas que não respeitam a liberdade de expressão

por Eli Halfoun
Uma historinha real que me parece perfeita para ilustrar a discussão em torno da imposição dos artistas de uma ditadura às biografias não autorizadas. Há anos quando dirigia a revista Amiga, pedi que entrevistassem um ator (o nome já não importa até porque ele sumiu de circulação) e ele se recusou a falar com o repórter, tratando-o inclusive com arrogância. Tudo bem: ninguém é obrigado a falar. Dias depois o ator me procurou sorridente e simpático na redação pedindo para ser entrevistado porque estava estreando uma peça e precisava de divulgação. Recusei disse: “no dia que queríamos ouvir você não teve interesse em falar. Agora não temos interesse de ouvir”. Lembro desse episódio porque diante de tanta e desnecessária discussão em torno de biografias acredito que isso só está acontecendo por total e absoluta culpa da imprensa, que sempre se rendeu aos artistas. Foi a imprensa que deu voz aos artistas sempre que eles precisaram aparecer, foi e é a imprensa que cria e endeusa ídolos - os mesmos ídolos que agora se colocam em um m pedestal exigindo falar somente o que e quando querem. Talvez a solução para colocar ponto final nessa ridícula exigência e discussão seja a imprensa não mais abrir espaço para os ídolos que ela mesma criou e que agora se voltam contra a fundamental liberdade de expressão. A imprensa não precisa desses ídolos, a literatura também não. Eles sim é que, por mais sucesso que façam graças ao talento e sem dúvida a imprensa sempre precisarão do precioso espaço de jornais e revistas para venderem seus produtos. Quando precisam colocar suas mercadorias no balcão os artistas nem pensam em cercear a liberdade de expressão, principalmente se for a deles. Artistas que não quer falar e nem ser falados devem ser definitivamente esquecidos pela imprensa. Muitas vezes é no silêncio que estão0 as melhores palavras. (Eli Halfoun)

5 comentários:

Quevedo disse...

Celebridade gistam muito é de dibheiro e de uma kei rouanet de preferencia

J.A.Barros disse...

Caetano Veloso foi uma decepção para mim. As atitudes tomadas por ele nessa discussão sobre biografias, apoiando a censura, me deixaram desiludido. Enfim, isso é o homem na sua essência, em primeiro lugar sempre vem os seus interesses e as suas vaidades e o dinheiro é sempre o mais importante. No fim, o que esses compositores e cantores querem mesmo é que o dinheiro que as editoras e os biógrafos ganham sejam repartidos com eles.

alberto carvalho disse...

O Eli tem razão. Mas há artistas e artistas. Poucos talentosos e muitos canastrões. E são esses justamente que se recusam a dar entrevistas se achando a última azeitona da empada. Isto quando estão em evidencias. Quando não, imploram para serem fotografados e entrevistados. Sabemos que é difícil às revistas voltadas para tv boicotarem essas figuras, mas seria uma boa deixa-los na geladeira. Não iam fazer nenhuma falta.

Teo disse...

Uma parte deles está movida por política e ganância. É um movimento que tem dna no psdb, tem um pessoalzinho lá que vive se reunindo com Serra, Aécio. abaixo a censura, abaixo a perseguição aos autores e escritores. Se não me engano, não foi o nazismo que fez isso?

Rick disse...

Patrocina algum evento pra esses caras que eles já esquecem o negócio de biografia. celebridade gosta é de pilé, bufunfa, capilé, dindin, tutu, caraminiguás, arame, cobre, gaita, o que for