por Eli Halfoun
Não é necessário ser
especialista em televisão para saber que a escolha do elenco é fundamental para
o sucesso de uma novela. No caso de “Amor à Vida”, o autor Walcyr Carrasco
acertou na mosca com todos os atores e seus respectivos personagens. Walcyr fez
algumas apostas que só sua experiência teatral permitiriam fazer com tanta
certeza, como são os casos de Mateus Solano e Tatá Werneck que fazem de Felix e
de Valdirene os destaques de uma novela repleta de bons atores e bons
trabalhos. Entre os bons trabalhos não podem deixar de ser citados os de
Elizabeth Savalla, grande atriz, que criou uma Márcia (Tete para-choque
paralama) que desenvolveu seu jeito e personalidade a simples com perfeição,
fazendo com que a ex-chacrete seja realmente apaixonante mesmo com todos os
micos que é obrigada a pagar com os vizinhos e vendendo hot dog na rua 25 de
Março, São Paulo, que é o maior e mais variado shopping a céu aberto do0 mundo.
Outro trabalho bastante expressivo é o de Anderson Rizzi com o palhaço Carlito,
que não tem vergonha de chorar por amor e por esse amor ultrapassa tudo o que a
família e a vizinhança pensa sobre ele, sabidamente um corno, mas um corno
assumidamente apaixonado. Agora a novela foi buscar um tema sempre e cada vez mais
atual: o amor entre idosos, a nos mostrar que como se diz popularmente, amor
realmente não tem idade e pode (deve) ser vivido de forma inteira em qualquer
tempo. Aliás, o amor na terceira idade como o que tem marcado os personagens
Bernarda e Lutero é o mais doce e completo que se pode encontrar e vivenciar. É
um amor que prioriza a amizade, o carinho e principalmente o respeito trocado e
dividido por um casal que não tem outra preocupação a não ser o de compartilhar
para espantar a solidão e fazer renascer a vida. Como é bom ver os intensamente
doces momentos de dois maravilhosos atores como Nathália Timberg e Ary
Fontoura, que são sem dúvida patrimônios da ate brasileira de representar. (Eli Halfoun)
Um comentário:
É um crime eles, Nathalia, Ary Fontoura, Solano, Fagundes e Luis Mello terem que contracenar com as Palomas Oliveira da vida e outros que se dizem atores! A trama tão bem construída pelo Walcyr Carrasco não merecia Cazarré e Malvino Salvador como destaques no elenco. Um desastre!
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