terça-feira, 8 de outubro de 2013

Vamos gritar diferente: manifestações viraram armas para a violência de vândalos. Ruas não são praças de guerra

por Eli Halfoun
Precisamos encontrar urgentemente uma maneira de protestar sem que continuemos sendo usados como desculpa e arma para os vândalos que transformam as ruas do Rio e de São Paulo em verdadeiras praças de guerra. As repetidas e justas manifestações parecem só servir mesmo para que os mascarados assassinos entrem em cena com uma violência desmedida que arrisca todos os cidadãos de bem. O que aconteceu segunda-feira no Rio e em São Paulo não é conduta digna de nenhuma manifestação democrática. É ditadura da violência - violência que destrói, apavora e não permite que se caminhe livremente pelas ruas do centro para chegar pacificamente em casa depois de um cansativo dia de trabalho. Professores, bancários e todas as classes trabalhadoras têm o direito constitucional de protestar, mas precisam começar a se perguntar se as manifestações surtem realmente algum benefício concreto. Nem o concreto aguenta as manifestações porque está sendo depredado sem a menor cerimônia. É hora de repensar os protestos, o que não significa absolutamente parar de manifestar-se e de protestar. O que não se pode mais permitir é que qualquer classe trabalhadora que busca as ruas para gritar pacificamente contra as injustiças seja a arma que os baderneiros precisam para punir a população de uma forma geral, como se ela já não fosse punida pelos absurdos desmandos governamentais. De todos os tipos de governos, ou melhor, desgovernos. Se enfim encontrarmos uma maneira de não precisar ir às ruas para gritar e reivindicar não poderemos mais ser usados pelos vândalos que se apossam de nossas justas reivindicações pacíficas para fazer da democracia uma guerra. Mais uma ditadura da violência. (Eli Halfoun)
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2 comentários:

Maria Luíza disse...

Caro blogueiro, sua argumentação é perfeita. Só não concordo com o pronome nós. Sou professora e ontem estive no centro da cidade porque acho justa a nossa luta. A maioria rejeitou e rejeita a baderna dos tais Black Blocs. Há até bandidos procurados pela justiça entre eles como já foi demonstrado mais de uma vez. São gangues, não são manisfestantes. Manifestante não usa métodos fascistas e nazistas. Então acho o pronome nós descabido. É uma minoria que nem consegue organizar suas próprias manifestações já que, como parasitas, invadem manifestações de outros grupos. Saqueiam lojas, roubam celulares, vários professores foram vítimas. São caso de polícia e não de democracia.

Rick disse...

Ontem passou na TV uma cena importante; um black bloc roubando um computador. E pensar que uns e outros aí, apenas por ser oposição a Dilma, andaram irresponsavelmente apoiando esses bandidos,. Sim porque também já foi provado que entre eles gente devendo a polícia, fichas-sujas