por Eli Halfoun
Nem tudo que vira uma espécie de
regra precisa ser adotado por todos. Serginho Groissman, por exemplo, deixou de
lado a obrigação de fazer um programa de auditório padrão (Fausto Silva também
tinha feito isso no “Perdidos na Noite”) com platéia, palco e um entra-e-sai de
atrações musicais. No movimentado “Altas Horas”, Serginho (o sobrenome nem
ajudava muito no começo) transforma o estúdio em arena (como faziam os gregos)
para deixar rolar o espetáculo integrando-se com o público. Em sua essência, o “Altas Horas” não deixa de
ser um programa de auditório, mas graças ao formato e ao apresentador nem
parece: foge completamente do padrão estético estabelecido, o que também é o
forte do apresentador Serginho que se movimenta em torno da arena e toma conta de
todo o picadeiro com seu estilo brincalhão e bonachão, o que deixa seu jovem
público à vontade e também participando do espetáculo que nem tem muito espaço
para o falatório dos convidados, mas em compensação não ficam se repetindo em
frases feitas em histórias pra lá de manjadas.
Todo convidado de Serginho tem sempre uma nova história para contar, uma novidade
para mostrar e uma opinião sincera para dar.
Não lembro de ter visto o nome de Serginho
indicado para concorrer ao “troféu” de melhor apresentador ao lado de, por
exemplo, Silvio Santos, Fausto Silva, Rodrigo Faro, Eliana e outros tantos. Ele
bem que merecia. Não só ser indicado, mas ganhar. Por uma absoluta questão de
justiça profissional com quem sem dúvida renovou e modificou o estilo quase
obrigatório de produzir e apresentar um programa de auditório. (Eli
Halfoun)
2 comentários:
A TV Globo, diante da queda de audiência de seus programas tá mexendo em tudo e em todos. Deveria mexer com mais entusiasmo nas suas novelas.
Realmente seria merecida a indicação. Acredito que tenha sido prejudicado,pela pouca visibilidade, por causa do horário do programa.
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