quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sergio Ross, saudades...

Com Brizola, em Porto Alegre, 1961, nos tempos da resistência, . Foto: Reprodução Diário do Poder
Décadas depois, os dois gaúchos, velhos amigos, se reencontram. Foto; Reprodução Internet
Humor: o cartão que Serginho deixou com José Carlos
por Gonça
O nosso caro amigo Sergio Vargas Ross despediu-se. Nos últimos meses, esteve internado, teve alta, mas sofreu complicações. Deixa saudades. José Carlos Jesus, que teve contato mais recente com o Serginho, conta que, no ano passado, quando, sempre solícito, ele esteve no Rio trazendo procurações de colegas da Bloch que moravam em Brasília e não podiam se deslocar para receber a correção monetária das indenizações trabalhistas, não deixou de mostrar o seu eterno bom humor. "Ele sempre foi brincalhão", recorda José Carlos. "Ao se despedir, depois de resolvida a burocracia no Banco do Brasil, ele disse: 'Precisando de alguma coisa em Brasília me procure". E puxou da carteira um cartão de visitas azul com os seguintes dizeres: 'Serginho Ross - Idoso de Programa - Acompanhante de Senhoras da Terceira Idade - Bento Gonçalves - RGSUL'. Rimos muito. Já sinto saudades dele". Por ironia do destino, acrescenta José Carlos, há apenas dois dias, "consegui depositar na conta dele o valor correspondente à segunda parcela da correção monetária". 
Em Brasília, com Maurício Cabral 
Já outro colega, Maurício Cabral, recorda: "Quando fui morar em Brasilia, em 1987, na direção da Sucursal da F&F WORK do nosso falecido amigo Rubens Furtado, com Fátima, sua filha, e Chiquinho, nosso engenheiro da TV Manchete, fui procurar o Sergio, que estava na extinta CBTU, e pedir uns anúncios para os veículos que representávamos. Prontamente me conseguiu o que pedi, me dando conselhos de pai para filho quanto a sobreviver da publicidade no mercado de Brasilia, no qual permaneci por quatro anos. Toda vez que voltava a Brasilia, fazia questão de visitá-lo no escritório do Carlos Chagas, onde estava trabalhando. Era uma pequena réplica da Sucursal de Brasilia da Bloch no Setor Comercia Sul, onde esta foto foi tirada.".
No jogo Grêmio x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, disputado ontem, foi observado um minuto de silêncio em homenagem a Sergio Ross. O seu Grêmio, clube pelo qual ele chegou a jogar como ponta-esquerda, ganhou a partida por 1x0. Com certeza, Serginho partiu feliz.

SITE DIÁRIO DO PODER REGISTRA FALECIMENTO DE SERGIO ROSS

Com a colega jornalista Marlene Galeazzi, em Brasília.
Foto: Reprodução Diário do Poder
"Faleceu em Brasília, nesta quarta-feira, o jornalista Sergio Vargas Ros, às vésperas de completar 80 anos de idade. Seu corpo será velado a partir das 10h desta quinta-feira, na capela nº 5 do Cemitério Campo da Esperança. Após o velório, que se encerrará às 12h30, o corpo será levado para cremação, em atendimento a uma decisão do próprio Ross. O jornalista Carlos Chagas, que dividiu com Ross seu escritório em Brasília, resumiu a trajetória do amigo, uma das pessoas mais queridas de Brasília: “Gaúcho de Bento Gonçalves, formou-se em jornalismo nos anos 1950, tornando-se fundador do jornal Última Hora, com Samuel Wainer, passando depois para a revista Manchete, como correspondente na capital gaúcha.
Sérgio Ros, o “Serginho”, jogou no Grêmio, como ponta esquerda. Participou da resistência de Leonel Brizola na luta pela posse do presidente João Goulart, em 1961. Convidado por Adolfo Bloch para trabalhar no Rio de Janeiro, foi assistente da direção e depois diretor da Manchete. Participou da cobertura de diversos eventos internacionais, como a Guerra dos Seis Dias, destacado para Jerusalém. Convidado para chefe da sucursal da revista em Brasília, no final dos anos sessenta, aqui permaneceu para implantar a nova sede da empresa, quando tornou-se amigo dos presidentes Ernesto Geisel e João Figueiredo.
Principal assessor do ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo, transferiu-se depois para a Câmara dos Deputados, na representação da Arena. De novo chamado para a direção da Manchete, já nos tempos da TV, ficou em Brasília até a dissolução da empresa.”
Permaneceu como sócio de Carlos Chagas numa empresa de prestação de serviços jornalísticos. Sergio Ros era viúvo de Iara Ross e deixa duas filhas e quatro netos.
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HOMENAGEM A UM GRANDE AMIGO
por José Carlos Jesus
O Panis cumpre brilhantemente o seu papel: noticiar, opinar, divertir, emocionar e também chorar, por que não?!
Hoje, ainda emocionados com a perda do nosso colega Sergio Ross, podemos, através do Panis, nos despedir
com uma singela homenagem.
Sergio, as nossas palmas pra você!

4 comentários:

José Carlos Jesus disse...

O Panis cumpre brilhantemente o seu papel: noticiar, opinar, divertir, emocionar e também chorar, por que não?!
Hoje, ainda emocionados com a perda do nosso colega Sergio Ross, podemos através do Panis nos despedir
com uma singela homenagem.
Sergio, as nossas palmas pra você!

alberto carvalho disse...

Eu gostaria de abrir o Panis e ler somente notícias agradáveis e de informações interessantes. Mas, infelizmente, deparamos com outras que nos deixam triste, pra baixo. E essa, foi um choque, pois não tinha notícias desse companheiro há muito tempo. Vamos torcer para que nunca sejamos obrigados a postar notícias dessa natureza.

alberto carvalho disse...

Sérgio Ross ficava abismado com a colega de trabalho, Marlene Galeazi, ao vê-la digitar suas matérias com uma arara pousada em seu ombro.

Giselle SousaMorais disse...

Uma perda de fato inestimável, mas transmitida carinhosa , sem tom gélido. Sou noiva de um dos netos de Sérgio Ross e gostaria de compartilhar com vocês as palavras que deixei para a família e os amigos : http://oprimeirodiadorestante.blogspot.com.br/2013/10/para-seu-sergio-e-familia.html Sergio Ross saudade eterna!