por Eli Halfoun
Mauricio Azedo partiu e
muito já se disse sobre seu brilhantismo humano e profissional desde que seu
coração perdeu o ritmo da vida. Durante muitos anos trabalhei lado a lado com
Azedo na redação da Ultima Hora e uma das coisas que mais me chamava atenção
nele era a paixão e o entusiasmo com que exercia sua função como jornalista - um
jornalista brilhante e dono de um texto magnífico e impecável. Azedo era um
apaixonado pela vida e por tudo que a cercava. Uma de suas maiores paixões era
o futebol, mais precisamente o Flamengo time pelo qual torcia com entusiasmo
não fosse ele o entusiasmo em pessoa. A paixão pelo Flamengo o fez criar na UH
a “Crônica da Leonor" (era como chamava a bola) espaço no qual só escrevia
sobre o rubro-negro e o fazia com tanto amor e dedicação que contagiava todos,
não para também torcer pelo Flamengo, mas sim pra torcer pelo futebol encantador
do país da bola, da "Crônica da Leonor". Não conheci nenhum torcedor tão apaixonado
pelo Flamengo quanto Mauricio azedo. O Flamengo perdeu um torcedor, mas a história
do clube pode ganhar através dele mais um capítulo importante na paixão que
desperta em sua torcida. (Eli Halfoun)
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2 comentários:
De todos aqueles que lutaram contra o regime militar, Mauriçio Azedo foi na minha opinião o mais corajoso, o mais rebelde, o mais valente. Seu nome deve entrar com destaque na história desse país e jamais ser esquecido.
Na segunda metade dos anos 70,o sindicato dos jornalistas do Rio estava ainda em mãos de pelegos da ditadura. Uma nova geração de jornalistas liderados pelos mais experientes então se engajou na luta para retomar o sindicato. Nas assembleias,Mauricio Azedo era dos mais combativos. Eram os tempos da Unidade& Ação. Os mais velhos com certeza lembram dessa batalha e do Azedo em particular. Eram tenpos de luta e ele não fugia da briga.
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