por JJcomunic
A técnica de divulgação conhecida como "fazer o Rio' começou com ex-BBBs. Dispostos a prolongar seus 15 minutos de fama, os perdedores contratavam paparazzi e se deixavam "flagrar" em praias, no calçadão, em shoppings e como penetras em estreias de filmes e peças. O objetivo era ter fotos publicadas em sites de celebridades e, se dessem sorte, até em colunas de jornais. Com o tempo, subcelebridades e celebridades momentaneamente sem papeis em novelas, adotaram a técnica. Uma turma que, na maioria, vem de São Paulo, onde a visibilidade é precária. Eles pegam a ponte-aérea e dão pinta no Leblon, onde sabem que há concentração de fotógrafos, indagam qual é a boa, quais são os points e encaram a dura batalha para sair nem que seja no jornal mural da estação de Japeri. As subcelebridades usam também o recurso de postar fotos "intimas" no Facebook - geralmente com uma legenda do tipo "fulana 'sensualiza' na praia", "Beltrana 'sensaualiza' em frente ao espelho". e enviar links para sites na esperança de ganhar algum espaço. O pior é que ganham mesmo.
Aparentemente, os marqueteiros políticos descobriram a fórmula. É conhecida a dificuldade que tem o PSDB, no Rio, fora dos limites do Jardim Pernambuco, do Golden Green e da Delfim Moreira. Mas Aécio Neves vem aí, é subconhecido e precisa mostrar a cara. A estratégia inclui, nessa fase inicial da campanha, usar um "padrinho" que, mais adiante, suba no seu palanque. Esse abre-alas é o FHC. Embora nascido no Rio, o tucano é "paulista", hoje identificado com os bolsões de neoliberais da USP e da Av. Paulista. Para ajudar a alavancar Aécio, FHC tem que, primeiro, "fazer o Rio". E tome de aparecer subitamente passeando como "homem comum" em shoppings, no Sambódromo, em shows, no calçadão, de preferência ao alcance de objetivas Nikon a Cannon. Desconfio que o povão não está preocupado com fotos em coluninhas. Já deu mostras de que sabe o que quer, já conhece o que pode fazer um governante que tenha um mínimo de preocupação social e não foco society, que saia dos salões e aponte suas políticas para reduzir a pirâmide de desigualdade erguida ao longo de governos e ditaduras elitistas.
A melhor maneira de "fazer o Rio", por exemplo, era não ficar mudo e quieto no dia em que o Congresso deve derrubar o veto da Dilma e roubar da cidade e do estado os royalties do petróleo. Nisso, esses que "fazem o Rio" não apoiam nem o colega de partido Geraldo Alkmin, que também protesta contra o roubo qualificado que será cometido contra os cariocas.
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Um comentário:
Essa dupla nao tem proposta de politica social porque nem sabe o que e isso. Dai apela presse marketing de quita categoria.
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