por Eli Halfoun
A jornalista Keyla Jimenez informa na
“Folha de São Paulo” que depois de uma reunião com a ministra Martha Suplicy o
apresentador Ratinho está enviando ao Ministério da Cultura projeto que pretende
revitalizar os pequenos cinemas em todo o país. A idéia de Ratinho não é
apenas exibir filmes nacionais (aliás, ele é o dono dos direitos de quase todos
os filmes de Mazaroppi (de quem é fã declarado), mas também realizar festivais
e outros encontros culturais. É um projeto interessante, principalmente do
ponto de vista de abrir caminho para novos talentos que raramente encontram
oportunidades de mostrar sua arte. Não é novidade para ninguém que muita gente
perdeu, especialmente nas pequenas cidades do país, oportunidades artísticas
desde que São Paulo e Rio passaram a encabeçar as redes de televisão que fazem o interior apenas repetir o que é exibido nos grandes centros e raramente
abrem espaço para os talentos locais. Incentivar a reabertura dos cinemas dos
municípios menores é voltar a dar a uma população sem muitos recursos a
oportunidade de conhecer cinema e de mostrar em festivais e outras ações
culturais um trabalho que os grandes centros precisam descobrir e incentivar. O
que não se pode é continuar obrigando pessoas sem recursos financeiros, mas com
talento, a enfiar uma pequena e surrada trouxa debaixo do braço e enfrentar enormes
dificuldades para chegar até a “cidade grande” em busca de uma chance. É
preciso levar a chance até eles. É para isso também que seve o Ministério da
Cultura. (Eli Halfoun)
2 comentários:
Há poucas coisas mais burra no mundo do que a TV brasileira. Moro em Sergipe e me incomoda que as TVs sejam centrada apenas no Rio e em São Paulo como se o Brasil não existisse. São tão imbecis os programadores que desconhecem o Brasil e perdem oportunidaes. O nordeste, saibam seus idiotas, cresce há quase uma década em ritmo maior do que o do Brasil. Não basta vir aqui em época de Carnaval e Forró, o Nordeste vibra o ano inteiro e, caso não saibam, tem pelo menos três cidades com 3 milhões de habitantes, que são mercado, consumidores, tem grande parcela da população com cultura, viaja, produz, cria. Vão se fuder.
Tenho um sobrinho que mora em Maceió e ele conta que a cidade, hoje, se equipara com as grandes capitais do país, com "shopings", avenidas largas e gente comprando e com as suas praias cheias.
É verdade que o nordeste não é divulgado e suas estações de TV não fazem parte do menu de canais.
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