Theo e Morena: casal sem química. Foto Tv Globo/Divulgação |
por Eli Halfoun
É possível fazer uma novela sem
protagonista masculino? “Salve Jorge” está mostrando que sim. Os recentes
capítulos deixam claro que a autora Glória Perez parece ter abandonado
a idéia de fazer do ator Rodrigo Lombardi (e do personagem Theo) o protagonista
de uma novela que tem restringido a atuação de muitos e bons atores. Com o
desenrolar da novela e a falta de empatia da maioria dos personagens com o público, “Salve Jorge” acabou virando uma salada mista na qual nenhum ingrediente se
destaca ou se faz fundamental. A impressão que fica é a de que não houve a tal
da química entre os atores Rodrigo Lombardi e Nanda Costa e o público. Assim
vários outros personagens passaram a ganhar maior importância e destaque casos,
por exemplo, do Zia, de Domingos Montagner) e do Stenio, de Alexandre Nero. Na
ala feminina quem mais tem brilhado até agora são sem dúvida Giovana Antonelli
como a delegada Helô e Dira Paes como Lucimar.
De qualquer maneira “Salve Jorge” nos
tem ensinado algumas coisas: foi com a novela que descobrimos que na Turquia todos
falam português e só conhecem duas ou três palavras (beraba, gule gule e
Mashala) em turco. O
desencanto do público com o personagem Theo (êta cara chato) não é culpa do ator
Rodrigo Lombardi. Só está acontecendo por conta do excesso de personagens para
uma trama confusa e variada demais e que não permite um maior encontro ente platéia
e elenco. Sem esse fundamental encontro não acontece também o encontro com o
sucesso. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Já disse aqui nesse espaço que o que está faltando a essa novela é um bom diretor e volto a repetir: falta direção competente na cenas da novela.
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