por Eli Halfoun
Vender muito não é única “batalha” travada pelos fabricantes de produtos alimentícios disponibilizados em embalagens de lata, vidro, papel, papelão, plástico, isopor e outras tantas. Parece que se estabeleceu também uma competição paralela para mostrar quem consegue fazer a embalagem mais difícil de ser aberta pelo consumidor. A cada dia está mais complicado conseguir abrir com facilidade uma lata, um vidro ou até um simples pacote de biscoito. Do jeito que as embalagens criam cada vez maiores graus de dificuldades, não demora muito o consumidor terá (em muitos casos já tem) que carregar uma mala de ferramentas para a cozinha toda vez que quiser abrir e consumir um produto qualquer adquirido em qualquer supermercado. Martelo, chave de fenda e até serrote passam a fazer parte fundamental entre os utensílios de cozinha. Do contrário ninguém consegue mais abrir uma simples lata de salsicha.
Produtos bem embalados são realmente mais seguros em suas conservações, mas de nada adianta tanta conservação se os produtos não podem ser consumidos a tempo só causa da dificuldade estabelecida ultimamente para que se consiga abri-los. A impressão é que as indústrias estão buscando a perfeição no quesito de dificuldade de consumo. Não demora muito conseguirão ter embalagens impossíveis de serem abertas, mesmo que se utilize uma completa caixa de ferramentas. Estranho que em numa época em que a tecnologia e o design propõem soluções modernas e prática simples embalagens de produtos alimentícios não encontrem uma solução viável para facilitar a vida dos consumidores. Se continuar complicando mais do que já estão daqui a pouco o consumidor só comprará produtos que podem ser abertos com facilidade. Os “quebra pias” e “quebra cabeças” ficarão definitivamente nas prateleiras por absoluta falta de perspectivas de serem abertos sem força e sem sacrifício.
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