sexta-feira, 22 de junho de 2018
Adivinhou! Gato Achilles faz sucesso na Copa da Rússia
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Reprodução Instagram |
Foi por pouco. A seleção brasileira quase derruba o palpite felino.
Ele apostou no Brasil contra a Costa Rica, em São Petersburgo, sua terra, e a vitória só veio a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Achilles já acertou vários resultados, cravou as vitórias da Rússia e escapou das zebras da Alemanha e Argentina por não ter sido convidado a palpitar: suas aparições são racionadas para evitar estresse. Ele se prepara para indicar o campeão, mas só mais adiante, quando sobrarem menos concorrentes. É que o gato aponta o vencedor ao escolher o prato de ração correspondente. Com 32 seleções jogando, correria o risco de se empanturrar com tanta comida.
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Reprodução |
Achilles desperta mais interesse e atrai mais mídia do que qualquer coletiva convocada por um Michel Temer da vida.
Obviamente, o gato tem muito mais a dizer.
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Capa da Time: a besta encara sua pequena presa
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Matéria da Time lança uma pergunta sobre os Estados Unidos: "que tipo de país nós somos? |
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Para compor a montagem da capa, a Time usou o detalhe de uma foto dramática de autoria do fotojornalista John Moore, da Getty Images. O fotógrafo flagrou o instante em que uma menina chorava desesperadamente ao ser separada da mãe na fronteira do Texas com o México. A foto foi reproduzida em centenas de países e se tornou o símbolo da crueldade da política imigratória de Donald Trump. |
Ruy Portilho: trajetória de integridade e profissionalismo, com ponto de partida na Manchete
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Reprodução Facebook |
Criado em 1965, o Prêmio Esso de Jornalismo foi extinto em 2015. Foram 60 anos de existência, dos quais 23 (desde 1992), sob a coordenação de Portilho.
Antes de ser o responsável pela comunicação da multinacional, ele ganhou o Prêmio Esso Regional Sudeste, em 1984, pela matéria "Os Vintes anos do BNH", do Jornal da Tarde.
Fatos como esses balizam a carreira de um atuante profissional de comunicação que, além das funções acima, foi diretor de comunicação e marketing do grupo Viamar, da área de navegação e siderurgia. Nos últimos anos, dirigia a RP consultoria.
Ruy Portilho começou sua carreira na Bloch Editores, em meados dos anos 1960. Ele morreu na última quarta-feira, aos 74 anos. Era irmão de Creston Portilho, jornalista que também trabalhou na Manchete. Ruy e Creston entraram na Bloch por uma porta de mérito: o Curso Bloch de Jornalismo.
"Make 'guetos' again" ? - A jornalista que não conseguiu ler notícia sobre crianças engaioladas pelo governo Trump
As redes sociais compartilham um vídeo que mostra a jornalista Rachel Maddow, da emissora MSNBC, emocionada e impossibilitada de falar ao vivo sobre a separação de crianças imigrantes do seus pais detidos na fronteira. Ao ler a notícia sobre bebês engaiolados, Maddow chora e sob intenso nervosismo pede que um repórter a substitua na continuação da cobertura.
De fato, as imagens são fortes. Há celas que abrigam 20 crianças. Folhas de papel servem de cobertores.
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The New York Times lembra que Trump não foi o primeiro a separar crianças dos seus pais. Reprodução |
A política parece inspirada em manuais nazistas, que também separavam crianças dos pais e produziam cenas terríveis que o mundo jamais esquecerá e talvez imaginasse que não se repetiriam. Donald Trump começa a rascunhar seu próprio manual ao se aproximar desses métodos na sua missão de clonar princípios que lhe agradam e aos seus apoiadores racistas e preconceituosos.
Guetos, ele já criou.
As imagens dos filhos de imigrantes, incluindo bebês, detidos e engaiolados no Estados Unidos chocam o mundo. Em dois meses, o governo republicano já segregou mais de 2 mil crianças. Há 49 brasileiros nas gaiolas de Trump.
Diante das reações, os Estados Unidos suspenderam a política de separação de crianças, mães e pais. Mas anunciam que a tolerância zero contra imigrantes continuará. Na verdade, ontem mesmo, republicanos pediram "mais" tolerância zero. Suspender a separação é um recuo parcial e atinge apenas um aspecto visível da política que classifica estrangeiros sem documentos, notadamente os que entram pela fronteira mexicana, como traficantes, estupradores, insetos, vermes e criminosos.
Sim, isso tem sido dito com todas essas palavras.
VEJA O VÍDEO AQUI
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E os torcedores brasileiros em Moscou? Por que não escolheram um hooligan russo para molestar?
Não vale a pena reproduzir a cafajestagem em vídeo de torcedores brasileiros na Rússia.
Mas é importante valorizar a reação nas redes sociais condenando os molestadores de jovens russas. Faltou educação na turma de boçais que ilustra pelos menos três vídeos. E sobraram mau caratismo, machismo em suspeita intensidade e até ficha suja, como comprovam registros policiais divulgados.
A indignação de milhões de internautas teve consequências. Algumas instituições e empresas às quais os elementos são ligados já anunciaram demissão e abertura de procedimentos de punição interna. A agressão moral não foi obra de meninos. Há até engenheiro e advogado em meio à turba.
Pessoas solidárias às vítimas da covardia e que conheciam os boçais ajudaram na identificação. A ativista russa Alena Popova oficializou petição para transformar o episódio em caso de polícia.
Durante a Copa de 2014, no Brasil, um atleta americano forjou um assalto e o fato foi divulgado no mundo inteiro. A polícia carioca entrou em ação, comprovou a mentira, e o mentiroso sofreu processo por falsa comunicação de crime. Espera-se que os torcedores envolvidos na agressão moral às mulheres e até a uma criança não fiquem impunes. Que a polícia russa aja e que empresas, escolas e instituições que abrigam esses elementos sejam cobradas a responder à ação dos molestadores.
Um dos envolvidos alegou que estava bêbado. O que não é atenuante. Se estavam bêbados, não pareciam estar sem noção. Tanto que escolheram para molestar jovens russas. E não correram o risco de maltratar, por exemplo, um holligan russo.
Mas é importante valorizar a reação nas redes sociais condenando os molestadores de jovens russas. Faltou educação na turma de boçais que ilustra pelos menos três vídeos. E sobraram mau caratismo, machismo em suspeita intensidade e até ficha suja, como comprovam registros policiais divulgados.
A indignação de milhões de internautas teve consequências. Algumas instituições e empresas às quais os elementos são ligados já anunciaram demissão e abertura de procedimentos de punição interna. A agressão moral não foi obra de meninos. Há até engenheiro e advogado em meio à turba.
Pessoas solidárias às vítimas da covardia e que conheciam os boçais ajudaram na identificação. A ativista russa Alena Popova oficializou petição para transformar o episódio em caso de polícia.
Durante a Copa de 2014, no Brasil, um atleta americano forjou um assalto e o fato foi divulgado no mundo inteiro. A polícia carioca entrou em ação, comprovou a mentira, e o mentiroso sofreu processo por falsa comunicação de crime. Espera-se que os torcedores envolvidos na agressão moral às mulheres e até a uma criança não fiquem impunes. Que a polícia russa aja e que empresas, escolas e instituições que abrigam esses elementos sejam cobradas a responder à ação dos molestadores.
Um dos envolvidos alegou que estava bêbado. O que não é atenuante. Se estavam bêbados, não pareciam estar sem noção. Tanto que escolheram para molestar jovens russas. E não correram o risco de maltratar, por exemplo, um holligan russo.
sexta-feira, 15 de junho de 2018
Desculpe aí, foi mal! Quando a foto compromete a imagem...
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Trump bate continência para general norte-coreano. "Falcões" americanos não gostaram da foto... Reprodução Korean Central Television. |
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Teerã, 1943: cadeira mais baixa deixou Churchill inferiorizado na comparação com Roosevelt e Stálin. No fim do mesmo ano, em... |
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...Yalta, o protocolo organizou a pose oficial dos líderes no mesmo plano. |
por Flávio Sépia
O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un pode até ser cenográfico e resultar em nada ou pouca coisa. Mas a Coréia saiu na frente na cobrança dos pênaltis do jogo político. O presidente americano bateu continência para um general norte-coreano sob o olhar de Kim Jong-un. Cowboys e falcões americanos se irritaram com a foto que viraliza na internet.
Durante a Segunda Guerra, mesmo sem a força das redes sociais, a divulgação de uma foto de Stálin, Roosevelt e Churchil em Teerã, 1943, não agradou aos ingleses. Embora o "leão britânico" fosse baixo, como Stálin, a cadeira minimalista que lhe coube o deixou na foto em versão mais compacta ainda diante do líder soviético. No fim daquele mesmo ano, na conferência de Yalta, o protocolo providenciou para que os líderes aparecessem no mesmo plano.
Viu a Copa do Mundo por aí?
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A Copa em cena Foto Rovena Rosa/Agencia Brasil |
por Niko Bolontrin
Ameaçando o cidadão com as teorias mais desencontradas, algumas até meio loucas, outras com um certo fundamento, antropólogos, sociólogos, o motorista do 409, o coreano da pastelaria e o cagueta da Lava Jato de folga no spa, tentam teorizar sobre o desinteresse dos brasileiros pela Copa do Mundo. O uso da camisa amarela por coxinhas e paneleiros e a consequente associação com o golpe e com o governo Temer, o desastre dos 7X1, a crise econômica, a desesperança, o desemprego, o povo de Jesus - o do Oriente Médio, não o craque - que tem mais o que fazer, as denúncias de corrupção na CBF, a existência de Gilmar Mendes, a ausência de Lula, o El Niño, a alta do dólar, a separação de Luciana Gimenez, o cachorro da família Temer, as ordens do pastor Crivella que é contra samba, carnaval, futebol e beijo na boca, os delírios da direita que denunciam o lateral Marcelo como comunista por jogar pela esquerda, a greve dos caminhoneiros e o imposto de mais de 60% sobre o chope. Tudo é motivo.
Todas e cada um dessas teorias terão que ser revistas, a cada jogo, se a seleção avançar. Um dado que ajuda na polêmica. A audiência da TV Globo, segundo o Ibole, subiu 12 pontos em São Paulo e 13 no Rio, no momento em que transmitia a abertura da Copa da Rússia, em relação aos índices que o horário registrou no último mês. Durante o jogo Rússia 5 X 0 Arábia Saudita, do qual não se esperava muita coisa, foi a 23 pontos em São Paulo e 29 no Rio.
quarta-feira, 13 de junho de 2018
Estados Unidos-México-Canadá 2026: a Copa do hot dog, dos nachos e do poutine. E uma multidão de 48 seleções e 1104 jogadores que disputarão 80 jogos. Haja overdose...
por Niko Bolontrin
A Fifa bateu o martelo e a Copa de 2026 será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, inflada para 48 seleções. Com tantos times, muitos dos 80 jogos serão duros de ver. Várias seleções de perebas estarão em campo, pode crer.
Na verdade, mexicanos e canadenses receberão subsedes: 59 partidas e a final serão disputadas nos Estados Unidos; os vizinhos serão anfitriões de 10 jogos cada um.
Por trás dessa decisão tem uma briga de cachorro grande. Incomodada com o crescimento e a popularidade global da Liga dos Campeões da Europa e da Copa da UEFA, que reúnem os melhores times e as melhores seleções do mundo, a Fifa cava trincheiras e busca aliados. Para isso, faz três jogadas: cede a Copa aos Estados Unidos - que ampliou seu poder de pressão junto à entidade ao subitamente despertar para polêmicas investigações de corrupção no futebol -, inclui mais países no seu maior torneio e tenta criar um Mundial de Clubes com 24 participantes - 12 da Europa e 12 do resto do mundo - também sob seu escudo.
A Europa já anuncia que vai torpedear esse novo campeonato de clubes que, obviamente, concorreria com suas próprias e milionárias atrações.
A Fifa aguarda mais pressões dos americanos. Se vai ceder de novo o mundo só saberá em breve. Se a Copa de 2018 já incomoda Washington por ser na Rússia, a do Catar, em 2022, é quase insuportável. Com Donald Trump, as pedras se moveram no xadrez da região, o Catar foi isolado e passou a sofrer sanções por parte da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein. Egito, Iemen e Líbia, aliados dos EUA. Países do Golfo Pérsico pedem à Fifa que tire a Copa do Catar. No meio do fogo cruzado, o presidente Gianni Infantino não parece disposto a resistir. Já foi decidido que a Copa de 2026 terá 48 participantes em vez de 32. Se a Fifa fizer o mesmo com a Copa de 2022, o minúsculo Catar terá problemas para receber tantos jogos. O país está construindo oito estádios, teria que fazer mais quatro ou mais seis. Já há na mesa a ideia de forçar Doha a dividir a Copa com o Bahrein, Dubai e Abu Dhabi, mas os governantes do Catar nem se dispõem a conversar com a Fifa sobre esse rateio tão inesperado quanto o prejuízo e a quebra de contrato que acarretará.
Ao dar a Copa aos Estados Unidos, Gianni Infantino ganha dois bônus: o FBI sai do pé da entidade e, segundo promessa dos organizadores, a Fifa vai faturar cerca de 14 bilhões de dólares, quase o triplo do que ganhou no Brasil e ganhará na Rússia.
A dúvida é saber se essa jogada vai garantir o futuro da entidade.
Talvez não.
A Copa de 2030 poderá ser na Argentina, Uruguai e Paraguai, como quer a Conmebol. Não se sabe ainda se países europeus concorrerão pra valer. Foi significativo o desinteresse deles em brigar para sediar a Copa de 2026. Aparentemente, a Europa não demonstra mais o mesmo empenho de antes. Tem, como disse acima, dois dos três torneios mais importantes do mundo, os melhores times e os melhores jogadores.
E estão empurrando a Fifa para a periferia do futebol.
A Fifa bateu o martelo e a Copa de 2026 será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, inflada para 48 seleções. Com tantos times, muitos dos 80 jogos serão duros de ver. Várias seleções de perebas estarão em campo, pode crer.
Na verdade, mexicanos e canadenses receberão subsedes: 59 partidas e a final serão disputadas nos Estados Unidos; os vizinhos serão anfitriões de 10 jogos cada um.
Por trás dessa decisão tem uma briga de cachorro grande. Incomodada com o crescimento e a popularidade global da Liga dos Campeões da Europa e da Copa da UEFA, que reúnem os melhores times e as melhores seleções do mundo, a Fifa cava trincheiras e busca aliados. Para isso, faz três jogadas: cede a Copa aos Estados Unidos - que ampliou seu poder de pressão junto à entidade ao subitamente despertar para polêmicas investigações de corrupção no futebol -, inclui mais países no seu maior torneio e tenta criar um Mundial de Clubes com 24 participantes - 12 da Europa e 12 do resto do mundo - também sob seu escudo.
A Europa já anuncia que vai torpedear esse novo campeonato de clubes que, obviamente, concorreria com suas próprias e milionárias atrações.
A Fifa aguarda mais pressões dos americanos. Se vai ceder de novo o mundo só saberá em breve. Se a Copa de 2018 já incomoda Washington por ser na Rússia, a do Catar, em 2022, é quase insuportável. Com Donald Trump, as pedras se moveram no xadrez da região, o Catar foi isolado e passou a sofrer sanções por parte da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein. Egito, Iemen e Líbia, aliados dos EUA. Países do Golfo Pérsico pedem à Fifa que tire a Copa do Catar. No meio do fogo cruzado, o presidente Gianni Infantino não parece disposto a resistir. Já foi decidido que a Copa de 2026 terá 48 participantes em vez de 32. Se a Fifa fizer o mesmo com a Copa de 2022, o minúsculo Catar terá problemas para receber tantos jogos. O país está construindo oito estádios, teria que fazer mais quatro ou mais seis. Já há na mesa a ideia de forçar Doha a dividir a Copa com o Bahrein, Dubai e Abu Dhabi, mas os governantes do Catar nem se dispõem a conversar com a Fifa sobre esse rateio tão inesperado quanto o prejuízo e a quebra de contrato que acarretará.
Ao dar a Copa aos Estados Unidos, Gianni Infantino ganha dois bônus: o FBI sai do pé da entidade e, segundo promessa dos organizadores, a Fifa vai faturar cerca de 14 bilhões de dólares, quase o triplo do que ganhou no Brasil e ganhará na Rússia.
A dúvida é saber se essa jogada vai garantir o futuro da entidade.
Talvez não.
A Copa de 2030 poderá ser na Argentina, Uruguai e Paraguai, como quer a Conmebol. Não se sabe ainda se países europeus concorrerão pra valer. Foi significativo o desinteresse deles em brigar para sediar a Copa de 2026. Aparentemente, a Europa não demonstra mais o mesmo empenho de antes. Tem, como disse acima, dois dos três torneios mais importantes do mundo, os melhores times e os melhores jogadores.
E estão empurrando a Fifa para a periferia do futebol.
Jornalismo: quem vai checar as agências de checagem?
por José Esmeraldo Gonçalves
Alguns veículos digitais alternativos pedem transparência ao mais novo e promissor nicho da comunicação: as agências de checagem.
E transparência nunca é demais.
O conceito de agência de checagem surgiu por volta de 1992, quando a CNN pediu a uma equipe de repórteres para investigar a veracidade dos anúncios da campanha presidencial de Bill Clinton e George Bush. Até então, dados da propaganda eleitoral escapavam à apuração jornalística e circulavam como verdades. Em eleições seguintes, o método foi adotado por veículos impressos regionais e nacionais dos Estados Unidos. Só após a virada para o século 21, com a velocidade e o crescente alcance dos sites jornalísticos e, em seguida, das redes sociais, foi fundado a FactCheck.org, uma agência independente. Desde então, esse sistema de checagem se espalhou por vários países.
Apurar corretamente e checar informações é ou deveria ser tarefa agregada ao bom jornalismo. Às vezes a premissa é relaxada na grande mídia por interesses econômicos, políticos, corporativos, ideológicos, raciais, religiosos e sociais e até por falta de tempo e de profissionais (grandes veículos estão em processo de enxugamento das suas equipes). Por sua vez, a mídia digital, a velocidade inerente à internet e as redes sociais, principalmente estas, potencializaram tais distorções. Isso não quer dizer que a internet inventou a notícia falsa - manipulação de fatos por grandes veículos é uma realidade jurássica -, mas multiplicou por milhões de cliques as mais loucas ou mal-intencionadas pós-verdades e fake news.
O papel das agências de checagem em um país onde a mídia dominante é historicamente porta-voz das mensagens do poder econômico-financeiro e político seria em tese democrático. Pode tornar-se discutível se algumas relações de mercado ou posições políticas turvarem a desejada independência. São tão novas, principalmente no Brasil, que merecem ser seriamente discutidas.
É natural que algumas questões sejam levantadas. Seria aceitável um político contratar uma agência para investigar a campanha eleitoral do adversário ou isso fugiria à ética do checador, tornando-o parte da campanha que deveria investigar? Agência de checagem investigar reportagens ou notas originadas na velha mídia, por exemplo, é fato tão raro quanto o unicórnio cor de rosa. O que a impede? O corporativismo, a eventual prestação de serviços aos grandes veículos, o foco apenas nas mídias sociais e nos sites jornalísticos não vinculados a grandes corporações de mídia? As agências de checagem chegaram ao Brasil há cerca de três anos em meio à radicalização política do país, isso as deixou imunes ou expostas a investigações seletivas? Agência de checagem não é um veículo no sentido jornalístico da palavra. Presta serviço sob demanda do cliente. Uma prova de transparência seria publicar e manter atualizada sua relação de contratantes.
Nos últimos dias, pelo menos duas polêmicas com conteúdo político envolveram agências de checagem. Você pode saber detalhes clicando AQUI e AQUI
Uma consequência irônica do quadro: se não houver mais transparência, será preciso criar agências de checagem para checar agências de checagem. Especialmente em um ano eleitoral. O lado bom dessa surreal redundância é que o Brasil seria pioneiro em um novo nicho da comunicação...
Outra possibilidade aguardada é a "checagem cidadã": futura popularização de aplicativos de checagem do poderes, como Executivo, Legislativo e Judiciário, políticos, mercado financeiro, além de mídia e empresas, a partir de ferramentas à disposição do eleitor, contribuinte e consumidor, muito além dos atuais "sites de transparência". Alguns desses aplicativos já estão em desenvolvimento. Eles vão rastrear a rede e confrontar informações com milhares de bancos de dados. Com um clique, você terá a verdade ou a mentira na tela do seu smartphone.
Alguns veículos digitais alternativos pedem transparência ao mais novo e promissor nicho da comunicação: as agências de checagem.
E transparência nunca é demais.
O conceito de agência de checagem surgiu por volta de 1992, quando a CNN pediu a uma equipe de repórteres para investigar a veracidade dos anúncios da campanha presidencial de Bill Clinton e George Bush. Até então, dados da propaganda eleitoral escapavam à apuração jornalística e circulavam como verdades. Em eleições seguintes, o método foi adotado por veículos impressos regionais e nacionais dos Estados Unidos. Só após a virada para o século 21, com a velocidade e o crescente alcance dos sites jornalísticos e, em seguida, das redes sociais, foi fundado a FactCheck.org, uma agência independente. Desde então, esse sistema de checagem se espalhou por vários países.
Apurar corretamente e checar informações é ou deveria ser tarefa agregada ao bom jornalismo. Às vezes a premissa é relaxada na grande mídia por interesses econômicos, políticos, corporativos, ideológicos, raciais, religiosos e sociais e até por falta de tempo e de profissionais (grandes veículos estão em processo de enxugamento das suas equipes). Por sua vez, a mídia digital, a velocidade inerente à internet e as redes sociais, principalmente estas, potencializaram tais distorções. Isso não quer dizer que a internet inventou a notícia falsa - manipulação de fatos por grandes veículos é uma realidade jurássica -, mas multiplicou por milhões de cliques as mais loucas ou mal-intencionadas pós-verdades e fake news.
O papel das agências de checagem em um país onde a mídia dominante é historicamente porta-voz das mensagens do poder econômico-financeiro e político seria em tese democrático. Pode tornar-se discutível se algumas relações de mercado ou posições políticas turvarem a desejada independência. São tão novas, principalmente no Brasil, que merecem ser seriamente discutidas.
É natural que algumas questões sejam levantadas. Seria aceitável um político contratar uma agência para investigar a campanha eleitoral do adversário ou isso fugiria à ética do checador, tornando-o parte da campanha que deveria investigar? Agência de checagem investigar reportagens ou notas originadas na velha mídia, por exemplo, é fato tão raro quanto o unicórnio cor de rosa. O que a impede? O corporativismo, a eventual prestação de serviços aos grandes veículos, o foco apenas nas mídias sociais e nos sites jornalísticos não vinculados a grandes corporações de mídia? As agências de checagem chegaram ao Brasil há cerca de três anos em meio à radicalização política do país, isso as deixou imunes ou expostas a investigações seletivas? Agência de checagem não é um veículo no sentido jornalístico da palavra. Presta serviço sob demanda do cliente. Uma prova de transparência seria publicar e manter atualizada sua relação de contratantes.
Nos últimos dias, pelo menos duas polêmicas com conteúdo político envolveram agências de checagem. Você pode saber detalhes clicando AQUI e AQUI
Uma consequência irônica do quadro: se não houver mais transparência, será preciso criar agências de checagem para checar agências de checagem. Especialmente em um ano eleitoral. O lado bom dessa surreal redundância é que o Brasil seria pioneiro em um novo nicho da comunicação...
Outra possibilidade aguardada é a "checagem cidadã": futura popularização de aplicativos de checagem do poderes, como Executivo, Legislativo e Judiciário, políticos, mercado financeiro, além de mídia e empresas, a partir de ferramentas à disposição do eleitor, contribuinte e consumidor, muito além dos atuais "sites de transparência". Alguns desses aplicativos já estão em desenvolvimento. Eles vão rastrear a rede e confrontar informações com milhares de bancos de dados. Com um clique, você terá a verdade ou a mentira na tela do seu smartphone.
terça-feira, 12 de junho de 2018
A capa da Time que leva os nerds à loucura... Veja o making of
Para criar a capa da sua mais recente edição especial, A Era dos Drones, já nas bancas americanas e no site da revista, a Time usou 958 aparelhos. Intel, Astraeus Aerial Cinema System e Drone Light Show participaram da produção realizada na Califórnia. A foto em que cada pontinho é um drone foi tirada por outro drone a 120 metros de altura.
VEJA O MAKING OF AQUI
Leitura Dinâmica: do tiro no celular a Donald Chaves e Kim Chapolin Colorado
* Juiz saca revólver e atira em um vizinho. Advogado alega que o tiro foi em um celular. Ah, bom! Atirar em celular de vizinho pode.
* Cada vez mais frequentes na mídia conservadora artigos "fofos" sobre Bolsonaro.
* A Lava Jato parou a obra de Angra 3. Foi por uma "boa causa". O prejuízo com a paralisação é colossal. Agora o governo anuncia que vai elevar a tarifa de energia elétrica para... retomar as obras de Angra 3. Sobrou pra nós.
* São os novos tempos. Alguns grupos de comunicação montaram departamentos de eventos que rivalizam em tamanho com editorias. Chega a ser impressionante a frequência com que são produzidos debates, seminários, encontros, workshops, palestras e conferências. Explica-se: com a queda da publicidade na mídia impressa, criar oportunidades para faturar tornou-se fator crucial para o caixa das empresas. As equipes criativas desses departamento trabalham ativamente. Explica-se: a maior parte desses eventos é patrocinada pelo governo federal, estatais, o pródigo Sistema S, confederações patronais, apoio de leis de renúncia fiscal, e, para ser justo, empresas privadas, embora minoritariamente. Difícil, mas os otimistas devem esperar que, a depender desses eventos, o Brasil encontre soluções para seus impasses. A pauta dessa caça corporativa ao dindin praticamente não deixa qualquer setor de fora: educação, segurança pública, turismo, meio ambiente, saúde, esporte... Os veículos promotores da pajelança lucrativas vão aonde o cliente estiver. Se os problemas estratégicos do Brasil serão resolvidos, não se sabe, mas instituições publicas dão impressão que estão trabalhando, o cofrinho da mídia engorda, palestrantes faturam seus cachês... Parece a conjugação perfeita.
* Deu match? Donald Trump se encontra com Kim Jong un. Estão dizendo que é fato histórico e o mundo será melhor daqui pra frente. As redes sociais discordam. A história recente mostra que outros encontros foram muito mais relevantes para a humanidade: Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, Temer e o coronel, Sérgio Moro e João Dória, Danny Glover e Lula, Eliseu Padilha e caminhoneiros, Fátima Bernardes e Túlio Gadelha, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, Chaves e Chapolin...
* Segundo Notícias na TV, a Globo vai publicar regras duras sobre o comportamento dos seus jornalistas nas redes sociais. É para normatizar a conduta ética pessoal dos profissionais em relação a preferências por clubes de futebol, partidos políticos, produtos, restaurantes, lojas etc. Isso nas páginas pessoais. No ar, eles podem continuar veiculando as opiniões da empresa.
* Quando jogava na Fiorentina, Edmundo já foi muito execrado na mídia por uma opinião. Um jornalista peguntou o que ele achava de Florença. O jogador respondeu que a cidade "era muito velha". O Globo de hoje publica uma frase no mesmo tom de Paulo Betti sobre Moscou: "parece uma Disneylândia". Betti deve ter confundido as cúpulas da Catedral de Sâo Basílio, também "velha", de 1555, com as torres do Castelo Encantado do parque americano. Betti tem sorte de não ser jogador de fubebol. É apenas espirituoso...
* Pesquisa do Folha apura que desinteresse dos brasileiros pela Copa alcança 53% da população. Parece natural depois do trauma dos 7X1 e pela pouca identificação e distanciamento dos torcedores com os jogadores que já não atuam em clubes brasileiros. O que não impede que caso a seleção avance no mundial mais brasileiros se postem diante da TV do que lendo a Folha.
Junho de 2013, 5 anos depois da hora do pato: Não pergunte por quem as panelas bateram...
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Foto André Tambucci/Fotos Públicas |
Muitas faixas pediam intervenção militar, alegorias enforcavam políticos de esquerda, a mídia conservadora dava cobertura 24h por dia, patos tomavam as cidades. Protesto mais apoiado pela imprensa só a Marcha com Deus Pela Democracia, de 1964. Faixas contra a corrupção tinham forte apelo popular, claro, quem seria contra um combate ao roubo?
Mas aquela "vontade das ruas" mostrou-se seletiva. Se não o fosse, os manifestantes estariam até hoje mobilizados. A seletividade está expressa no grupo político que ascendeu ao Planalto e cumpriu direitinho a pauta de reivindicações institucionais e empresariais que a mídia de direita e a Avenida Paulista pediu. A conta está aí visível na intolerância, no racismo, no neoliberalismo selvagem, na destruição de setores da economia nacional, na corrupção político-empresarial, que segue firme, no desprezo aos direitos sociais, na perseguição à cultura, na ampliação do desastre ecológico em benefício de grupos de pressão postados no Congresso, na habilidade a la Messi com que certos personagens driblam a Justiça, na violência urbana e rural que o corte de verbas determinado pelo rentismo potencializou, na perseguição a professores e na formulação da escola fascista, no aumento da pobreza extrema, na piada que o Brasil virou no mundo, na ascensão do fanatismo religioso fundamentalista que já se codifica em leis com inevitável interferência nas liberdades individuais e no caos econômico desenhando para beneficiar o mercado,
Seria o caso de parodiar Hemingway. Não pergunte por quem as panelas bateram.
Elas bateram por eles. Jamais por você.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Rússia 2018: videoclipe da música oficial da Copa tem Will Smith, Ronaldinho Gaúcho, Messi, Neymar, Willian e os cantores Nicky Jam e Era Istrefi
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Ronaldinho Gaúcho |
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Will Smith |
Lançado no fim de semana, o videoclipe da música oficial da Copa do Mundo da Rússia/Fifa 2018, com a participação do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e de Willian, que faz parte da seleção brasileira para o campeonato mundial. A música Live It Up é intrepretada pelos cantores Era Istref e Nicky Jam, com uma performance do ator Will Smith.
VEJA AQUI
Robert de Niro manda um "foda-se Trump" ao vivo...
Robert De Niro fez a plateia delirar durante a entrega do Toni Awards, ontem.
- “Eu vou dizer uma coisa: Foda-se o Trump!”. E ainda acrescentou que o "abaixo, Trump" está superado, passou da hora.
A CBS, que transmitia "ao vivo", mas com um delay de alguns segundos, cortou a fala para a transmissão nos Estados Unidos. A censura foi inútil: a cena apareceu em outros países repercute hoje na terra do Tio Trump. As redes sociais estão mesmo aí para contar o que a mídia tenta esconder.
De Niro reviveu em parte a famosa cena de Taxi Driver quando ele usa a mesma expressão para xingar diante de um espelho um inimigo imaginário.
VEJA O VÍDEO DA 'SAUDAÇÃO DE ROBERT DE NIRO AO EMPRESÁRIO-PRESIDENTE, CLIQUE AQUI
Editor afirma que robôs não ameaçam empregos de jornalistas. Conta outra...
O CEO dos jornais Bild e Welt, os principais da Alemanha, revela que os seus veículos já estão usando o jornalismo automatizado para cobrir partidas de futebol das ligas inferiores.
Mathias Doepfner declara que a inovação não tira emprego de jornalista. A Folha de São Paulo apenas publica a matéria, sem analisá-la. A declaração foi dada durante um debate sobre tecnologia. Doepfner está assumindo posição defensiva diante dos sindicatos, associações profissionais e de uma discussão global sobre o tema.
A automação em qualquer setor claramente elimina mais vagas do que cria. Antes, imaginava-se que os robôs ocupariam apenas funções físicas ou mecânicas, o chamado trabalho braçal. Isso mudou.
O Los Angeles Times testa um software de inteligência artificial que varre a rede, incluindo órgãos públicos - defesa civil, polícia, trânsito, centros de monitoramento etc -, e privados e publica automaticamente notícias de última hora. O dispositivo à base de algoritmos já levou o jornal a dar em primeira mão uma matéria sobre um terremoto de pequenas proporções. Quando o dispositivo estiver em operação plena, o jornal poder´reduzir e, em alguns casos, eliminar setoristas e plantonistas.
Doepfner argumenta que sua empresa tinha 2.888 jornalistas em 2016 e 2.867 em 2017. Faltou dizer que a automação no jornalismo está no início e seus impactos não estão ainda registrados.
Antes mesmo da chegada da inteligência artificial capaz de substituir jornalistas, a mudança de modelos de trabalho já eliminara postos na mídia. Até a virada do século, editoras brasileiras mantinha custosos departamentos de pesquisa destinados a municiar repórteres. Tais setores empregavam especialistas em biblioteconomia e jornalistas. O Google e outros serviços de busca praticamente liquidaram o setor. Programas de design gráfico também levaram ao enxugamento das equipes de diagramadores. Arquivos fotográficos analógicos exigiam profissionais para cataloga-los, atender clientes externos e internos e cuidar da preservação. A digitalização abreviou em muito essas operações.
É óbvio que à medida em que avançar o uso da inteligência artificial no jornalismo menos profissionais será necessários em determinadas editorias.
Sem considerar apenas o jornalismo, Carl Frey, pesquisador da Universidade de Oxford, concluiu que, nos Estados Unidos, a robotização pode atingir cerca de 47% dos empregos no país, mas levará duas décadas para atingir esse número dramático. Já está aberta a discussão sobre uma taxação nos robôs para gerar renda fixa para milhões de desempregados em todo o mundo. Mesmo economistas liberais estão convencidos de que algo terá que ser feito para evitar o caos social. Apesar der se considerar que a revolução digital criará novas funções, estas não virão em número capaz de compensar as perdas.
Doepfner deve estar se sentindo confortável porque ainda não há robô para substituir CEOs.
Por enquanto.
domingo, 10 de junho de 2018
Partiu Rússia!
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Neymar cabeceia e Philippe Coutinho escapa de quatro austríacos. Foto Lucas Figueiredo/CBF |
por Niko Bolontrin
Na última escala antes da Copa do Mundo da Rússia, a seleção brasileira derrotou hoje a Áustria no Estádio Ernst Happel, em Viena, com boa atuação: vitória por 3 a 0, com gols de Gabriel Jesus, Neymar e Philippe Coutinho. Este com atuação exemplar e um belo gol, daqueles que antigamente davam direito a um Motorádio. A seleção parte para Sochi, local de concentração do time durante toda a competição. Que venha a Suíça, no próximo domingo (17), em Rostov.
Editora Abril demite Pato Donald, Tio Patinhas e família... Eles tinham 68 anos de casa...
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A crise da Abril sobrou pro Pato Donald e demais parceiros. A editora mandou a Família Disney pra rua e encerrou a publicação. Acima, a edição número 1 do Pato.. |
Agora, segundo o Globo, toda a Família Disney foi "demitida". A Abril está comunicando aos assinantes que Pato Donald, os sobrinhos, Mickey, Tio Patinhas, Pateta, Minnie, Zé Carioca, demais personagens e figurantes foram para o olho da rua. As últimas edições sairão em julho.
Eles tinham 68 anos de casa. No meio jornalístico corre a versão de de que no começo dos anos 1970, quando a Veja ainda tinha baixa circulação e dava prejuízo, a saúde do caixa da editora dependia das boas vendas das revistas em quadrinhos.
De qualquer forma, é simbólico o adeus dessa turma. O Pato Donald foi a primeira revista do grupo, inaugurado em julho de 1950. A edição número um trazia na capa, além do Pato, o personagem Zé Carioca, criado por Walt Disney, em 1942, dentro da política de boa vizinhança com a América Latina promovida pelo Departamento de Estado americano durante a Segunda Guerra.
Ainda não há informações confirmadas sobre o interesse de outras editoras no Pato Donald & Cia. Ainda segundo O Globo, a Panini, editora responsável pelo álbum da Copa (sucesso absoluto e do qual foram impressos mais de 5 milhões de exemplares) seria uma candidata a receber as revistas da Disney.
sexta-feira, 8 de junho de 2018
No próximo domingo, dia 10, o MAM-Rio abre para o público a exposição "Escrever com a Luz", do diretor de Fotografia Vittorio Storaro
Vittorio Storaro, 77, tem três Oscar na estante. Sua luz está em filmes como Ultimo Tango em Paris, Apocalipse Now, Reds e O Pequeno Buda.
O MAM-Rio recebe a exposição "Escrevendo com a Luz", realização da Oberon Media e do MAM Rio, em colaboração com a Associação Brasileira de Cinematografia – ABC, Instituto Italiano de Cultura, TV Globo, Cinemar, RioFilme, Naymar, Visom Digital e Grupo Estação. Exibição de documentários e mostra de filmes completam a temporada carioca de Storaro que, na segunda-feira, fará uma palestra na Cinemateca do MAM para profissionais associados e convidados.
MAIS INFORMAÇÕES AQUI
Revista Zum/IMS oferece bolsas para projeto de Fotografia. Fique de olho que as Inscrições serão encerradas no dia 29 de junho
A revista Zum/Instituto Moreira Salles (IMS) está oferecendo duas bolsas de R$ 65 mil para incentivo a projetos inéditos de fotografia e de fotojornalismo. Qualquer pessoa com experiência em fotografia pode concorrer enviando uma proposta de trabalho em fase inicial ou de desenvolvimento, sem restrição de tema, perfil ou suporte. As inscrições são feitas em duas etapas. Interessados devem preencher uma ficha de inscrição online e mandar pelo correio uma lista de documentos, incluindo portfólio e proposta de trabalho, para o endereço indicado no site.
ACESSE MAIS INFORMAÇÕES NO SITE DA REVISTA ZUM. CLIQUE AQUI
Observatório da Televisão seleciona vídeos para relembrar jornalismo e teledramaturgia da Rede Manchete, inaugurada há 35 anos
O Observatório da Televisão publica matéria e vídeos que marcam os 35 anos de inauguração da Rede Manchete,
em 5 de junho de 1983.
LEIA AQUI
Leitura Dinâmica...
* Em email, FHC pede um dinheirinho a Marcelo Odebrecht: "O de sempre".
* Vazou áudio do ex-presidente do Partido Social Cristão (PSC), Vitor Nósseis, investigado por usar recursos do fundo partidário para pagar prostitutas. "Dei mesmo, e comi. Qual é o problema? E agora? Vai fazer o que comigo"? Homem de fé, Nósseis afirma que tudo foi por uma boa causa: "Dei, mas elas se formaram. Recuperei todas elas pra vida". à maneira do Enem, o fundador do PSC criou, assim, um novo caminho para acesso ao ensino.
* O Brasil quer saber. Qual o pior legado. O da Copa? O da política econômica de Henrique Meireles?
* Não é boa notícia para jornais e revistas impressos, que vêm perdendo recursos publicitários privados (os do governo continuam chegando firmes), mas é sinal de força para a mídia digital: segundo a 19ª edição da Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia, da consultoria PWC, verbas aplicadas nos setores de entretenimento e mídia, com acesso à internet, devem crescer em cerca de 30% até 2022, alcançando US$ 53 bilhões.
* "Costeando o alambrado". A frase de Brizola para se referir a correligionários que se aproximavam da cerca para pular para o terreiro do adversário, pode ser aplicada a dois grandes jornais brasileiros. Observem os sinais de que Donald Trump, antes tão criticado, começa a ser elogiado. Já há quem teme que o empresário seja derrotado na eleição para o Congresso americano em novembro. No caso das eleições brasileiras, o candidato Bolsonaro já tem suas "qualidades" apontadas por articulista em espaço nobre. Parece se tornar claro, aos poucos, que caso o tal presidenciável do "centro" - incluídos aí Alckmin, Marina, Meireles etc -, não decolar, e se Bolsonaro for o adversário de um candidato da esquerda ou de Ciro Gomes, a velha mídia e o mercado vão costear o alambrado rumo à extrema direita.
* Romance escrito por Bill Clinton chega às livrarias. Título: "O dia em que o presidente desapareceu". Não é ambientado no Brasil.
* Vazou áudio do ex-presidente do Partido Social Cristão (PSC), Vitor Nósseis, investigado por usar recursos do fundo partidário para pagar prostitutas. "Dei mesmo, e comi. Qual é o problema? E agora? Vai fazer o que comigo"? Homem de fé, Nósseis afirma que tudo foi por uma boa causa: "Dei, mas elas se formaram. Recuperei todas elas pra vida". à maneira do Enem, o fundador do PSC criou, assim, um novo caminho para acesso ao ensino.
* O Brasil quer saber. Qual o pior legado. O da Copa? O da política econômica de Henrique Meireles?
* Não é boa notícia para jornais e revistas impressos, que vêm perdendo recursos publicitários privados (os do governo continuam chegando firmes), mas é sinal de força para a mídia digital: segundo a 19ª edição da Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia, da consultoria PWC, verbas aplicadas nos setores de entretenimento e mídia, com acesso à internet, devem crescer em cerca de 30% até 2022, alcançando US$ 53 bilhões.
* "Costeando o alambrado". A frase de Brizola para se referir a correligionários que se aproximavam da cerca para pular para o terreiro do adversário, pode ser aplicada a dois grandes jornais brasileiros. Observem os sinais de que Donald Trump, antes tão criticado, começa a ser elogiado. Já há quem teme que o empresário seja derrotado na eleição para o Congresso americano em novembro. No caso das eleições brasileiras, o candidato Bolsonaro já tem suas "qualidades" apontadas por articulista em espaço nobre. Parece se tornar claro, aos poucos, que caso o tal presidenciável do "centro" - incluídos aí Alckmin, Marina, Meireles etc -, não decolar, e se Bolsonaro for o adversário de um candidato da esquerda ou de Ciro Gomes, a velha mídia e o mercado vão costear o alambrado rumo à extrema direita.
* Romance escrito por Bill Clinton chega às livrarias. Título: "O dia em que o presidente desapareceu". Não é ambientado no Brasil.
Gargalhadas na escuridão! Fachin nega quebra de sigilo de Temer
Brasília está em festa. O clima era de final de Copa com o Brasil hexa goleando a Alemanha por 7 x 1. Mas não se ouvia grito de gol.
A explosão de alegria em gabinetes do Planalto, corredores do Congresso, ministérios, salas de altos executivos de grandes corporações, empreiteiras, doleiros, operadores, diretórios de partidos, igrejas, Ongs, decoradores de mansões, nas salas vip do aeroporto, nas suítes das garotas e garotos de programa, nos caixas de publicidade da velha mídia, no Mercado e no Porto de Santos, entre outros setores, comemorava a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de negar a quebra de sigilo telefônico do ilegítimo Michel Temer, investigado por corrupção.
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Foi difícil achar a notícia no Globo de hoje, na página seis, sem chamada de capa e com Temer citado em segundo plano. |
Dizem que o trânsito chegou a parar por alguns minutos na avenida em frente ao Planalto. Não, não era manifestação de paneleiros, nem multidões envergando a camisa da CBF. Motoristas se assustaram com barulhos que lembravam tiroteios e balas perdidas. Uma passante avisou que eram apenas rolhas de champanhe estourando alguns andares acima lembrando réveillons inesquecíveis.
Ano novo, vida nova, Brasil novo. Tem que manter isso, viu?
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Diário de Pernambuco: a crise do jornal mais antigo da América Latina
Do Blog Jornalismo nas Américas ( King Center)
A crise que afeta empresas jornalísticas mundo afora chegou ao mais antigo jornal em circulação na América Latina. Fundado em 1825, o brasileiro Diario de Pernambuco enfrenta uma crise financeira que limou um terço de sua redação e mantém seus funcionários em compasso de espera diante dos atrasos no pagamento dos salários e do suspense sobre o futuro do Diario.
No fim de março, foram demitidos 38 funcionários da redação, entre jornalistas, diagramadores e fotógrafos, conforme relatou ao Centro Knight Jaílson da Paz, que trabalha no jornal há 20 anos e é vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope).
“As editorias de Esportes, Viver [cultura] e Fotografia foram as que mais tiveram cortes”, disse Jaílson da Paz. “Esportes perdeu o editor, dois subeditores e três repórteres. Na Fotografia ficaram apenas três fotógrafos.”
Segundo nota assinada pelo Sinjope e pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), os profissionais foram demitidos em meio ao fechamento das páginas do jornal.

“Enquanto alguns tentavam desatar o nó do travamento da edição, profissionais dispensados deixavam a redação sob aplausos merecidos. Para quem ficava restava a expectativa se teria o nome chamado e a certeza de que o DP se esvaziava de competências enquanto a ineficiência reinava na demolição de uma empresa histórica”, escreveram as entidades em repúdio às demissões.
Essa foi a segunda demissão em massa no DP no período de um ano - em março de 2017, haviam sido dispensados 12 jornalistas. Os profissionais demitidos há um ano e aqueles demitidos recentemente ainda não receberam integralmente as indenizações a que têm direito segundo a legislação trabalhista brasileira, disse o jornalista.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO BLOG JORNALISMO NAS AMÉRICAS,
CLIQUE AQUI
Revista Veja é condenada por publicar fake news
Do Portal Imprensa
A decisão foi publicada no Diário Oficial de Justiça do dia 1º de junho e noticiada pelo Blog da Maria Frô, na versão on-line da Revista Fórum.
Em fevereiro de 2015, o jornalista, que atualmente integra a equipe do Antagonista, publicou uma matéria na Veja com o título “farsa no SUS”.
Nela ele fazia referência ao nascimento prematuro de Melissa e a sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista, durante 28 dias.
Na reportagem, Brasil falou que o ex-ministro da Saúde teria chamando médicos de sua confiança e de hospitais particulares para realizarem o parto e o cuidado da criança, não se submetendo ao mesmo tipo de atendimento e tratamento que o Sistema Único de Saúde oferece a qualquer usuário.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL IMPRENSA, CLIQUE AQUI
Da Revista Fórum
Conforme noticiado pelo Blog da Maria Frô, na Fórum, o casal Alexandre Padilha e Thássia Alves acaba de ganhar uma ação na Justiça por calúnia e difamação contra o jornalista Felipe Moura Brasil e a revista Veja.
Em fevereiro de 2015, um texto de Moura Brasil na publicação da editora Abril chamava de “farsa no SUS” o nascimento de Melissa, filha do casal, no Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista. A reportagem mentirosa relatava que o ex-ministro da Saúde teria realizado uma espécie de “maquiagem” no hospital público, chamando médicos de sua confiança e de hospitais particulares para realizarem o parto e o cuidado da criança, que nasceu prematuramente por conta de uma pré-eclâmpsia e teve que ficar internada por semanas na unidade. O artigo deixava claro seu objetivo de atacar Alexandre Padilha, como se ele e sua esposa não tivessem se submetido ao mesmo tipo de atendimento e tratamento que o Sistema Único de Saúde oferece a qualquer usuário.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NA FÓRUM, CLIQUE AQUI
Russia 2018 - Por enquanto, é só alegria. Brasil quer deixar para trás a "realidade" das três últimas Copas e ficar com a "expectativa" do hexa...
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Fotos de Lucas Figueiredo/CBF |
Não e só pelos 7 x 1. Nas últimas três Copas do Mundo, o Brasil pisou feio na bola antes mesmo de entrar campo. Vacilou ainda na tumultuada rotina de concentração.
Em 2006, na Alemanha, alguns treinos da seleção pareciam um parque de diversões de celebridades tantas eram as figuras que cercavam os jogadores e com eles dividiam os holofotes. Diretores de veículos e alguns jornalistas foram até bem recebidos em Königstein e Bergisch Gladbach, no Castelo Lerbach, para noite de vinhos e acepipes com cartolas e comissão técnica. Vários programas de TV, e não exatamente esportivos, mas de entretenimento, mobilizavam os jogadores. Patrocinadores, idem. A política de folgas era perigosamente generosa. Weggis, o vilarejo suíço onde a seleção fez os últimos treinos antes de ir para a Alemanha jamais esqueceu a passagem do furacão seleção+torcedores. O que aconteceu nas baladas noturnas não ficou em Weggis - como diz o código não escrito de Las Vegas -, já que agências internacionais contaram em fotos e fatos o que a mídia brasileira, na ocasião, preferiu fingir que não viu, provavelmente para não ter obstáculos imprevistos no acesso aos jogadores. Durante a Copa, algumas folgas de pelo menos três dos mais animados jogadores foram bem aproveitadas em Düsseldorf. Quem viu, viu.
Em 2010, criou-se o fator Dunga. A CBF quis corrigir os excessos registrados na Alemanha e apertou a disciplina. Dunga foi o "xerife" escalado. O temperamento do treinador e as pressões da mídia formaram a tempestade que pairou sobre a seleção. Restrições ao acesso aos jogadores e atrito com jornalista durante uma coletiva abriram uma temporada de caça a Dunga e o clima na África do Sul tornou-se quase insuportável.
Em 2014, Copa no Brasil, não havia mesmo qualquer possibilidade de privacidade para a seleção. Enquanto os alemães se recolheram ao sul da Bahia, os brasileiros se concentraram no point da temporada, a Granja Comary. Se alguém computasse no relógio veria que alguns jogadores gastaram muito mais tempo com selfies, ações de marketing de patrocinadores, participações em programas de TV do que em treino com bola. Deu no que deu.
Rumo à Copa da Rússia, Tite está, por enquanto, segurando a onda externa. Aparentemente, não vai tornar a concentração uma obra aberta nem um bunker intransponível. Um sinal de que procura preservar os jogadores foi sua intervenção em uma ação de marketing do patrocinador Mastercard. A empresa divulgava uma promoção de doação de alimentos para pessoas carentes baseada em gols marcados por Neymar (e Messi). Tite achou que a publicidade não favorecia o espírito de jogo coletivo que ele quer na seleção. Sem falar que podia ter impacto no ambiente e no jogo. A empresa mudou a campanha e doará 1 milhão de refeições independentemente dos gols exclusivos de Neymar.
A atitude do treinador mostra sua atenção ao entorno do campo e a tudo que possa respingar nos jogadores e lhes tirar a concentração na Copa.
Jornalistas que cobrem a seleção notam que a convivência, o ambiente e o foco dos jogadores em nada lembram as três últimas campanhas da seleção. As fotos acima são um bom sinal.
Só há um elemento que Tite não pode controlar: a intensidade dos jogadores nas suas redes sociais. Como qualquer jovem, eles estão conectados. Concentração ganhou esse nome porque era uma bolha. Afastava o time do mundo exterior com o objetivo de focalizar o treinamento para o jogo seguinte. Não é mais. Críticas, especulações, problemas de família, de namoradas, de empresários, de patrocinadores, de amigos, assédio, tudo está ao alcance de um clique. Só os jogadores podem administrar isso.
Há bons motivos para confiar que a Rússia 2018 não reeditará Alemanha 2006, África do Sul 2010 e Brasil 2014.
Recentemente, Luís Fernando Veríssimo deu mais uma razão para a esperança. Em crônica no Globo, o escritor lembrou que a seleção brasileira fez uma péssima Copa em 1966 e foi campeã em 1970; foi mal em 1990 e venceu em 1994; entrou em convulsão em 1998 e ganhou em 2002. A Copa de 2014 é pra esquecer. Que 2018 confirme a numerologia do Veríssimo.
terça-feira, 5 de junho de 2018
1000 tons de preto • Por Roberto Muggiati
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Fabiana Cozza: criticada por ser clara demais para... |
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...interpretar Dona Ivone Lara em musical. Fotos:Divulgação |
“Renuncio por ter dormido negra e, após o anúncio do meu nome como protagonista do musical, acordar ‘branca’ aos olhos de tantos irmãos.”
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Reprodução O Globo |
Seu dilema lembra o da cantora de jazz Billie Holiday (1915-59), uma mulata clara, na época em que, nos estados mais reacionários, o público não aceitava a integração racial.
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Billie Holiday: discriminada em orquestras "brancas" e "negras'. |
Em meu livro de 2008, "Improvisando soluções" (Best Seller), relatei as formas de segregação que ela “viveu na carne quando começou a excursionar com a orquestra de Artie Shaw, formada só por músicos brancos. As plateias dos estados norte-americanos mais conservadores não admitiam mistura racial em grupos musicais. Se Billie negra teve problemas apresentando-se com orquestras brancas, ela não deixou também de ter problemas quando excursionava com a orquestra negra de Count Basie. Seu tom pálido de pele morena, acentuado pelos refletores, induzia o público a acreditar que fosse branca. Muitas vezes Billie teve de passar graxa no rosto para escurecer a pele e ‘passar por negra.’”
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