quarta-feira, 10 de maio de 2017

Contra anorexia e bulimia - Campanhas publicitárias que usam photoshop para mostrar "corpos perfeitos" passam a vir com o aviso obrigatório de "Fotos Retocadas". E modelos com índice de gordura corporal muito abaixo dos padrões de saúde não poderão desfilar. Na França...




por Clara S. Britto

O Ministério da Saúde francês entrou na passarela da moda.
Comunicado oficial que está repercutindo agora na imprensa internacional determina que a partir de 1° de outubro de 2017 será obrigatória em imagens comerciais a menção "Fotografia Retocada" sempre que a foto for manipulada por softwares para indicar corpos fora da realidade ou silhuetas artificialmente distorcidas em campanhas publicitárias como indução a ideais de beleza inatingíveis para a maioria das pessoas.
Em outra medida, submete a profissão de modelo a alguns controles, incluindo a verificação do Índice de Massa Corporal de acordo com as medidas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde.
As mesmas regras valerão para a União Europeia. Modelos receberão um certificado de saúde atribuído pelo governo francês, que responde a numerosas reclamações da população contra a onipresença da magreza e seu impacto em um país que registra 600 mil jovens com distúrbios alimentares e cerca de 40 mil vítimas de anorexia.

O Brasil não tem qualquer controle sobre os efeitos na formação dos jovens do bombardeio dos padrões de beleza impostos pela indústria da moda em campanhas publicitárias, sejam os estéticos ou os raciais.

Demolição do Palácio Monroe: a crônica da ignorância

O ataque ao Palácio Monroe. Foto de Paulo Scheuenstuhl/Reprodução Manchete

O prédio vítima da arbitrariedade cultural. Reprodução

O metrô, que foi equivocadamente apresentado
como o vilão da demolição, fez uma curva na linha férrea
em direção à Glória exatamente para preservá-lo. Reprodução 


Está em exibição no Rio o documentário "Crônica da Demolição", de Eduardo Ades. O longa-metragem investiga os bastidores de um acontecimento que, na década de 1970, abalou historiadores e cariocas. Em 1976, a ditadura militar então sob a guarda do general Ernesto Geisel demoliu o prédio que foi sede da Câmara dos Deputados e, depois, do Senado Federal.

Paulo Scheuenstull, fotógrafo da Manchete, registou a cena.

O Palácio Monroe havia sido construído em estrutura desmontável para sediar o Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos. Ao fim da mostra, onde o projeto recebeu o Grande Prêmio Mundial de Arquitetura, o prédio foi trazido para o Brasil e remontado no Rio de Janeiro.

Coube a Geisel bater o martelo, ou a picareta, mas o ditador não o único vilão da trama política que transformou o Monroe em entulho. Arquitetos modernistas, à frente Lúcio Costa, o Instituto dos Arquitetos do Brasil e o Clube de Engenharia pressionaram as autoridades pela demolição não apenas do Monroe mas de todos os prédios de estilo neo-clássico que restavam na Avenida Rio Branco, aí incluídos a Biblioteca Nacional, o Theatro Municipal, o Clube Naval etc.

Digamos que essa "força-tarefa" atuava como hoje fazem os talibãs e Estado Islâmico ao implodir autoritariamente qualquer arquitetura que represente tudo o que eles não são. Um parecer radical de Lúcio Costa defendendo a "terra arrasada" no Centro do Rio foi uma espécie de atestado de óbito lido no Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico. Felizmente, essas últimas edificações sobreviveram à ignorância cultural.

Os defensores da demolição do Monroe se aproveitaram, na verdade, do regime militar e pegaram oportuna carona nos coturnos dos generais. Muitas vozes se levantaram contra o ataque ao prédio histórico, mas quem ouvia vozes naqueles tempos de fuzis? Uma ação popular tentou impedir a demolição, mas quem cederia à "Justiça" naqueles dias? O Jornal do Brasil se posicionou contra o "crime" cultural, mas, entre os militares, quem lia tanta notícia? O CREA, o Serviço Nacional do Teatro, a Fundação Estadual dos Museus, a Secretaria Estadual de Educação e várias outras entidades, além dos muitos cariocas, também lutaram contra a boçalidade dos poderosos. Inútil.

O Globo, em uma série de editoriais, fez intensa campanha para ver o prédio virar poeira, bradava que era um "monstrengo" que atrapalhava o trânsito etc. O Globo chegou a comemorar em editorial quando a última pedra do Palácio foi triturada.

Dizia-se que o Monroe impedia a passagem do metrô, mas a construção do sistema havia feito uma curva na linha ao lado, antes que fosse decidida a demolição, exatamente para preservá-lo, e ainda reforçou a estrutura sobre a base do Palácio. Restaram outras "teorias" que afirmavam que Geisel achava que o Palácio interferia na visão do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Entre os defensores da demolição havia quem reivindicasse a construção de um edifício-garagem no local. Vai ver que o Rio livrou-se dessa segunda estupidez graças à suposta opinião do Geisel, a de que a visão do Monumento seria prejudicada.

E foi tamanho o ódio talibã ao Monroe, por parte da congregação de demolidores, que não houve nem a preocupação de preservar objetos históricos do Senado. Alguns móveis foram levados para Brasília, mas esculturas de bronze, os leões de mármore, lustres, adornos, móveis de jacarandá, a balaustrada e peças avulsas foram vendidas pela empresa que demoliu o Palácio.

Entre tantos motivos, a história registrou o fato: a demolição do Monroe foi produto de uma cumplicidade entre brutamontes e aloprados.


terça-feira, 9 de maio de 2017

OIT lança campanha para Brasil assinar tratado internacional de combate ao trabalho forçado

Nesta terça-feira, 9 de maio, trabalhador resgatado da escravidão pedirá a ratificação do Protocolo da OIT sobre trabalho forçado no Senado para marcar o lançamento da campanha 50 For Freedom no Brasil.

(do site ONU BR) 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançará a campanha 50 For Freedom para pedir que o Brasil ratifique o Protocolo sobre trabalho forçado de 2014. O lançamento será realizado a partir das 16h numa audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, aberta para membros da imprensa.

Estarão presentes o diretor da OIT no Brasil, Peter Poschen; o especialista técnico sobre Trabalho Forçado da OIT, Houtan Homayounpour; o ministro do Tribunal Superior do Trabalho e membro do Comitê de Peritos da OIT, Lélio Bentes; o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury; e o conselheiro de curadores do Fundo das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, Leonardo Sakamoto; entre outras autoridades.

O Protocolo da OIT sobre Trabalho Forçado de 2014, já ratificado por 13 países, complementa a histórica Convenção 29 da OIT, de 1930, para reforçar o combate às novas formas de escravidão moderna, mais complexas e difíceis de erradicar. Atualmente, 21 milhões de pessoas ainda são vítimas do trabalho forçado em todo o mundo.

Durante o lançamento da campanha, haverá um momento dedicado a dar voz a quem normalmente não é ouvido, com a exibição de um vídeo com depoimentos de trabalhadores vulneráveis e resgatados da escravidão moderna ao Embaixador da Boa Vontade da OIT, Wagner Moura. Além disso, um trabalhador resgatado de condições análogas à escravidão participará do evento para entregar à Casa Civil uma carta pedindo que o Brasil ratifique o Protocolo.

Um painel digital também será instalado no Senado, para exibir em tempo real as postagens publicadas pelos brasileiros nas redes sociais com as hashtags da campanha 50 For Freedom em apoio à ratificação (#50FF, #50ForFreedom e #AssinaBrasil).

Segundo o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, a adoção do Protocolo é “o fruto da nossa determinação coletiva de pôr fim a uma abominação que ainda aflige o nosso mundo do trabalho e de libertar as suas 21 milhões de vítimas”.

Considerado uma referência internacional no combate ao trabalho forçado, o Brasil foi um dos países selecionados para protagonizar a campanha 50 For Freedom. O nome da campanha se refere à convocação da OIT e de seus parceiros – a Confederação Sindical Internacional e a Organização Internacional dos Empregadores – para que 50 países ratifiquem o Protocolo até 2018.

O Protocolo atua em três níveis: prevenção, proteção e reabilitação das vítimas. Os países que o ratificam devem garantir que todos os trabalhadores de todos os setores sejam protegidos pela legislação.

Eles deverão reforçar a fiscalização do trabalho e de outros serviços que protejam os trabalhadores da exploração. Eles deverão também adotar medidas complementares para educar e informar a população e as comunidades sobre crimes como o tráfico de seres humanos. Além disso, o Protocolo garante às vítimas o acesso à ações jurídicas e à indenização – mesmo que elas não residam legalmente no país onde trabalham.

Fonte: ONU BR

Hombre Mucielago e El Payaso denunciam: revista Veja faz blow job


por O.V.Pochê 

Uma dessas fontes paranormais não identificadas que o "jornalismo investigativo" costuma localizar - a vizinha de um desentupidor de privada de uma pessoa ligada ao sobrinho do Hombre Mucielago e ex-colega de colégio do El Payaso  -, revelou que a equipe da Veja teve que sair mais cedo rumo a Curitiba e não deu tempo criar uma capa original.

Sem problemas.

Por sorte, um estagiário que é fã da lucha libre mexicana, aquele telecatch remasterizado, coleciona cartazes de grandes embates, inclusive esse de La Pelea Eterna.

Resolvido.

Foi só pegar o poster do El Payaso e Hombre Mucielargo e chupar.

E todo mundo ficou liberado para a peregrinação da firma até Curitiba.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

E a interminável conta do golpe não para de chegar... Vá colecionando





Aterro do Flamengo: um eterno objeto de desejo e o que o "fato alternativo" tem a ver com isso...

Nos anos 1950, lobistas queriam construir prédios na faixa aterrada. A iniciativa, felizmente, não prosperou.
Foto Pedro Kirilos

A Marina da Glória, hoje privatizada, quer erguer um Centro de Convenções no local que já é um dos mais descaracterizados em relação ao projeto original do Aterro. Foto Alexandre Macieira

A mídia em geral, no mundo e no Brasil, investe em checagem de notícias com o objetivo de conter a onda de pós-verdades e de "fatos alternativos" - mentiras, na expressão correta -, que assolam as redes sociais, mas não apenas as redes sociais.

O jornalismo impresso não está, obviamente, livre do fenômeno. Omitir, falsear, deturpar o fato em nome de interesses corporativos, políticos, morais, religiosos etc, ou simplesmente errar, também gera pós-verdades e "fatos alternativos".  Ao não checar informações sob os vários ângulos, o jornalismo, impresso ou digital não só corre o risco de passar a informação errada como o de ser usado por interesses escusos. A pressa, a não localização imediata de uma fonte confiável, a pressão para fechar a página ou atualizar o site, tudo isso pode, às vezes involuntariamente, comprometer a correta apuração, mas ao ceder o jornalista assume o risco. Para o profissional, há ainda um obstáculo comum: muitas e empresas costumam mentir, diretamente ou através de assessorias, para proteger os seus interesses.

A nota original e...


...desmentido.

O Globo publicou as notas acima sobre a construção de um Centro de Convenções no Aterro do Flamengo, um parque tombado, na qual os empreendedores asseguravam ao jornal que não teriam problemas quanto à aprovação do prédio porque a paisagem não sofreria alteração.

Para a primeira nota, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional não foi ouvido.

O IPHAN tomou a iniativa de procurar o Globo, que hoje publica uma segunda nota sobre o assunto dizendo que não é bem assim e que o projeto ainda será analisado. No caso, a construção foi anunciada pela Riotur e Rio Convention Bureau. As duas instituições aparentemente entrararam na história como "bois de piranha", já que a concessão da Marina, que já foi questionada na Justiça, pertenceu a Eike Batista, hoje enrolado na Lava Jato, é atualmente da BRMarinas e, como a nota assegura, o empreendimento é "100% privado".

Há mais um risco para os jornalistas que queiram evitar os "fatos alternativos". É comum fontes não exatamente confiáveis usarem a imprensa para os chamados "balões de ensaio". Isso acontece quando interessados em ações de qualquer tipo, geralmente não plenamente legalizadas ou que podem gerar contestação, usam jornais para lançar um "teaser" como meio para saber até onde seu projeto ou iniciativa provocará reação, de onde virão as reações mais fortes, e o que precisará fazer para vencê-las. Essa é uma tática manjada, o que não impede que seja até frequente.

Voltando ao Aterro, uma das mais belas paisagens do Rio, o triste é que é preciso uma vigilância permanente. Já ameaçaram construir no local restaurantes, com o argumento de que seriam projetados pelo escritório de Niemeyer, a Comlurb chegou a instalar containers no local como um "posto avançado",  uma roda-gigante revindicou uma área para seu mafuá, já tentaram privatizar os campos de pelada, a mesma Marina da Glória já descaracterizou o Aterro com ampliações de interesse comercial, a frequente autorização para grandes shows danifica o Aterro e, apesar disso, continuam permitidos.

Esse mesmo tipo de edificação - como um prédio, como é a proposta para um Centro Convenções - foi evitado pelos arquitetos que projetaram a Marina: eles "enterraram" a construção para minimizar o impacto visual.

Talvez nenhuma outra área da cidade seja tão cobiçada por empresários sem noção.

Se o IPHAN cochilar a Rio pode acordar com espigões nos jardins de Burle Marx.

Aliás, nos anos 1950, houve pressões para que o então Distrito Federal permitisse a construção de condomínios de luxo nos terrenos aterrados. O Rio escapou por pouco de mais uma "selva de pedra".

Lota Macedo Soares, um das idealizadoras do Aterro, botou a boca no mundo e evitou o golpe que faria alguns milionários entre ilustres famílias e espertos políticos que defendiam um "projeto habitacional" chique para o Aterro.

Lota não está mais aqui, mas as ameaças, sim.

domingo, 7 de maio de 2017

Temer não gosta da foto oficial: "Parece que já morri"

Divulgação
A coluna Radar on Line revela que a foto oficial de Michel Temer, feita pelo fotógrafo Orlando Brito, anda ausente das salas da República.

A nota diz que Temer afirma não gostar de culto à personalidade.

Mas na intimidade ele explica a verdadeira razão: “De fato, me dá uma sensação estranha. Parece que já morri”.

Quando foi divulgada, a foto provocou polêmica e piadas na web. Agora, as redes sociais dizem que o "já morri" é uma especie de sincera autocrítica.


Site de humor enterra monolito de memes para arqueólogos do futuro entenderem a confusão do mundo de hoje

Foto 9Gag/Divulgação
por Ed Sá
Em comemoração ao seu nono aniversário, o site 9GAG mandou fazer um monumento de 24 toneladas de granito para eternizar memes marcantes.

O monolito rochoso foi enterrado em um deserto em local mantido em sigilo.

Usuários do site indicaram em votação os memes que mereciam se descoberto por humanos do futuro ou mesmo seres extraterrestre que tenham ocupado a Terra após os mísseis de Trump e Kim Jong Un arrasarem com a civilização.


Amazon cria serviço de entrega de jornal impresso

Amazon Prime Now já está funcionando em Madri e Barcelona. Através de parcerias com a empresa gigante da Internet, jornais impressos locais chegam à casa do assinante em até duas horas depois de solicitados. SE o cliente pagar uma tarifa extra, pode receber seu jornal em até uma hora.

El País foi um das publicações que aderiram ao novo serviço.

Nas duas cidades espanholas, em uma modalidade promocional, quem fizer compras acima de 19,95 euros recebe um exemplar de jornal de graça.

Agente Gata: fotos de policial brasileira viralizam na rede e repercutem na mídia internacional





por Niko Bolontrin
O Correio da Manhã, de Portugal, publica hoje fotos de uma policial que, segundo o jornal, faz sucesso no Instagram. A brasileira identificada como Mari Ag, 30, da PRF, do Rio de Janeiro, ganhou destaque na imprensa internacional ao postar na rede social fotos de viagens e de momentos de lazer. Diz o Correio da Manhã que Mari Ag "está a fazer furor" com fotos de biquíni nas redes sociais.

Tapas & Capas: segundo o jornalismo de octógono, a Justiça leva luvas de boxe para o ringue de Curitiba





Em sintonia, as revistas semanais propagam a presença de Lula em Curitiba, no dia 10, não como depoimento, mas um "ajuste de contas", um embate. A Istoé usa a ilustração de um ringue de boxe. A Veja também sinaliza uma luta. Talvez fosse mais fiel ao que vai acontecer a imagem de um octógono. A clássica luta de boxe tem regras mais rígidas, que evitam golpes baixos e punem ameaças à integridade dos lutadores. As lutas de UFC e MMA são para os "casca grossa", admitem o vale-tudo, o massacre, a cara quebrada. Ambas as publicações reproduzem a "encarada" provocativa que os contendores protagonizam antes do pau comer. As redes sociais ironizam a Istoé e a Veja ao observar que as revistas vestiram Moro com as cores do PSDB, além de desqualificar a isenção de um juiz ao pré-julgá-lo como um "adversário" de um réu.

A Época destaca o titulo "As provas contra Lula". E logo no texto abaixo da afirmativa contundente, admite que a Justiça tem "evidências". São dois conceitos jurídicos diferentes. Não foram apresentadas provas contra Lula. Talvez essa arma de extermínio esteja reservada para o dia 10. Juristas desconfiam que não.

A audiência de Lula estava marcada para o dia 3 de maio. Foi adiada segundo motivos vagos. Embora estivesse marcada havia semanas, as autoridade alegaram que a segurança em torno do evento não estava preparada. Especula-se, agora, que, na verdade, Curitiba aguardava os primeiros movimentos da delação premiada de Renato Duque, já devidamente vazada, para reforçar as "evidências", ainda sem provas, contra Lula. "A Lava Jato não precisa de um crime, ela acha alguém para depois tentar colocar um crime em cima de um criminoso. E para isso eles fizeram a coisa mais sem-vergonha que aconteceu nesse país porque um juiz precisa da imprensa para execrar as pessoas, que estão sendo citadas, junto à opinião pública e depois facilitar o julgamento", afirmou o acusado, em evento do PT, já na expectativa de subir ao octógono fatal de Curitiba.

sábado, 6 de maio de 2017

Pra quem chegou agora... Veja como o New York Times era feito bem antes da Terra Prometida dos profetas Steve Jobs e Bill Gates. Os dias dos jornalistas eram assim...




Fotos Library of Congress

Em 1942, o mundo estava bem longe de receber as tábuas com os algoritmos, softs e hardcores de Steve Jobs, Bill Gates e outros visionários.

O computador ainda não havia descido da montanha.

O site Mashable publica uma série de fotos da Biblioteca do Congresso, em Washington, que mostra a redação, as ferramentas, as vestimentas, as oficinas e o ambiente à disposição dos jornalistas.

É algo inimaginável para as gerações multimídia. Viaje nesse tempo.

CLIQUE AQUI PARA VER MAIS FOTOS
 

Produtora Brasileirinhas (a do filme "Operação Leva Jato") lança o serviço de streaming SexFlix e a NetFlix ameaça entrar com processo por plágio

Logotipos: polêmica no streaming

por Ed Sá

Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a NetFlix ameaça entrar com uma ação judicial contra a maior produtora nacional de filmes pornôs, a Brasileirinhas, que anuncia o SexFlix, seu novo serviço de conteúdo por streaming. O nome e a marca desagradaram a empresa americana, segundo o colunista.

O novo serviço custará R$ 29,90 por mês.

Se não é concorrente da Netflix, que não tem filmes de sexo explícito no seu catálogo, a SexFlix vai atingir, a esse preço competitivo, os canais similares da TV por assinatura.

Serão oferecidos cerca de mil filmes, incluindo dois dos últimos lançamentos da Brasileirinhas que repercutiram nas redes social: "Operação Leva Jato" e "A Carne é Fraca".

A produtora Brasileirinhas já teria recebido notificações sob a alegação de que títulos como SexFlix e PornFlix são imitações da marca NetFlix.

Cultura sob controle: as ferramentas do fascismo

A França decide hoje nas urnas muito mais do que a sucessão de um presidente. Embora as pesquisas indiquem a vitória do centrista Emamanuel Macron, dois fatores ainda preocupam: o índice de abstenção e a posição de Marine Le Pen votação no interior do país, mesmo fora dos redutos da direita radical.

Os franceses tiveram, na última semana, um ideia bem mais clara do que os espera - caso a Frente Nacional chegue ao poder agora ou se transforme em força política expressiva nas eleições parlamentares de junho próximo -, com a divulgação de pontos do programa cultural de Le Pen.

Controlar a Cultura é a linha-mestra das normas que a FN pretende impor à França. Essa política, aliás, ganhou visibilidade na corrida presidencial, mas não é uma novidade: nas cidades que o partido de Le Pen administra atos oficiais excluem determinados livros das bibliotecas públicas, são negados apoios ou financiamento a instituições ou projetos culturais julgados liberais ou de esquerda, obras de arte contemporâneas ou politizadas são vandalizadas, organizações não-governamentais que ajudam imigrantes foram excluídas de qualquer subvenção ou parceria com o poder público. Jornalistas ou veículos identificados com a FN têm acesso facilitado e já foram registradas expulsões de profissionais indesejados de coletivas ou eventos do partido.

O Brasil - que terá eleições presidenciais em 2018 ou 2020, como agora os articuladores do golpe planejam - já exibe sinais de um monitoramento cultural típico do fascismo. O "Escola Sem Partido", por exemplo, que, sob esse nome genérico e impreciso, elimina o pensamento crítico na formação dos jovens brasileiros e dificulta a transmissão de conhecimentos científicos que não estejam de acordo com um código moral preconceituoso e de inspiração fascista. Políticos identificados com a direita já empreendem, como aconteceu em São Paulo, incursões intimidatórias em escolas. É típica do fascismo, igualmente, a coligação com setores religiosos fundamentalistas, como aconteceu na Espanha de Franco, em Portugal sob Salazar. Aqui, facções do neo pentecostalismo são o braço messiânico da ascensão da direita. Insere-se nesse plano, a aprovação de novos benefícios, incentivos do poder público e renúncia fiscal que favorecem a força econômica das agremiações e lhes permitem ampliar o proselitismo. A desvalorização de instituições culturais ligadas a índios, a afro-brasileiros, especialmente os quilombolas, também se inclui nessa política cultural com carimbo reacionário. Perseguição a imigrantes, idem.
A França está a quase 9 mil quilômetros de distância do Brasil. Mas as nossas "madames Le Pen" já podem ser vistas logo ali na esquina.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Patrícia Kogut lança "101 ATRAÇÕES DE TV QUE SINTONIZARAM O BRASIL"

Na capa, Lima Duarte e Regina Duarte em uma cena da novela "Roque Santeiro"

A Sextante acaba de lançar "101 Atrações de TV que Sintonizaram o Brasil", de Patrícia Kogut.
Segundo a editora revela no seu site, o livro registra desde o primeiro beijo na boca transmitido pela Tupi, em 1951, até a reinvenção da dramaturgia em novelas históricas e recentes, o humor, o jornalismo, as séries, os programas para crianças, seus talentos em cena e por trás das câmeras e o esporte, especialmente, o futebol.
Patrícia Kogut.
Foto Sextante/Divulgação
"Poucas combinações são tão catalizadoras do público no Brasil quanto o encontro da televisão com o futebol. É na hora da Copa do Mundo que esse cruzamento de forças chega ao paroxismo, congregando as plateias nas casas, nas praças, nos botequins", é o que a autora constata em um trecho do livro.
A jornalista Patrícia Kogut, uma grande especialista no assunto, começou sua carreira em 1985, na Bloch, onde trabalhou nas revistas Fatos, Pais & Filhos e Desfile, Em 1995, tornou-se repórter do Globo e, em seguida, editora da Revista da TV.  Desde 1998, assina a coluna que leva seu nome, no Segundo Caderno. "101 Atrações de TV que Sintonizaram o Brasil" é seu primeiro livro.

Adolescente enfrenta manifestantes nazistas


A direita avança, os neonazistas estão nas ruas - até o Brasil já registra cenas dessa perigosa tendência - mas a foto acima mostra que não se deve perder a esperança.

A escoteira Lucie Myslíková não se intimidou e encarou neonazistas nas ruas de Brno, na República Checa, no dia 1° de Maio.

Com apenas 16 anos, ela compareceu a uma manifestação ao lado de pessoas que pretendiam pedir paz, compreensão e respeito à diversidade, em resposta à pregação de ódio da extrema-direita.

O fotógrafo Vladimir Cicmanec, autor da imagem, contou que se impressionou com a coragem da jovem, que não se intimidou com o nazista que se dirigiu a ela de forma agressiva, quando as passeatas se cruzaram. A menina, segundo Cicmanec, argumentou decidida com o opositor. A foto viralizou nas redes sociais.


Revista Bunte publica matéria falsa sobre pentacampeão da F1 e é condenada a indenizar a família Schumacher

por Jean-Paul Lagarride

Em setembro do ano passado, a revista alemã Bunte publicou uma matéria "exclusiva" informando que Michael Schumacher, que, em 2013, sofreu graves lesões cerebrais  ao se acidentar quando esquiava em Meribel, nos Alpes franceses, teria dado alguns passos e voltaria a andar.

A fonte da revista era um suposto "amigo da família", não identificado. A Bunte sensacionalizou na capa (como se vê na reprodução) o título, em tradução livre, "Michael Schumacher: Ele pode andar novamente".  

A família do ex-piloto ficou indignada com a invasão de privacidade, além da mentira, e processou a publicação. Um tribunal de Hamburgo condenou a Bunte a pagar uma indenização de 50 mil euros  (cerca de 175 mil reais) pela reportagem falsa e o uso de informações fantasiosas atribuídas a um amigo sem nome.

Michael Schumacher deixou o hospital em 2014, recupera-se em casa, na Suíça, após sair de um longo coma. A família não dá maiores detalhes sobre o seu estado e limita-se a comunicar que o ex-piloto estaria reagindo bem a um "novo tipo de tratamento".


ONU Brasil pede rigor nas investigações de ataque a indígenas no Maranhão

(do site ONUBR)

O Sistema das Nações Unidas no Brasil divulgou nota pública pedindo rigor, imparcialidade e rapidez nas investigações do ataque que feriu indígenas da etnia Gamela no último domingo (30/04) no município de Viana, no Maranhão.

Ao lembrar os dez anos da Declaração para o Direitos do Povos Indígenas, a ONU Brasil manifestou apoio para a condução de medidas que eliminem racismo, discriminação, violência e violação de direitos dos povos indígenas.

Leia a seguir a íntegra da nota:

"O Sistema ONU no Brasil recebeu com preocupação a informação do ataque que feriu indígenas da etnia Gamela no último domingo (30/04) no município de Viana, no Maranhão, região marcada por conflitos na demarcação de terras.

A ONU conclama que as investigações sejam conduzidas com rigor pelas autoridades públicas, estabelecendo tolerância zero a quaisquer formas de redução da gravidade das violências contra os povos indígenas e impunidade de agressores. Urge garantir celeridade e imparcialidade na apuração policial e judicial, além da oferta de cuidados de saúde necessários e proteção a eventuais ameaças contra as vítimas e as testemunhas dos fatos.

Neste ano, a Declaração da ONU para o Direito dos Povos Indígenas completa dez anos. Adotada pela Assembleia Geral em setembro de 2007, o documento estabelece diretrizes universais de padrões mínimos para sobrevivência, dignidade, bem-estar e direitos para os povos indígenas, que precisam ser respeitados no Brasil e em todo o mundo.

A Relatoria Especial da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas, em missão no Brasil em 2016, concluiu que “as ameaças que os povos indígenas enfrentam podem ser exacerbadas e a proteção de longa data de seus direitos pode estar em risco”. Propôs, ainda, recomendações quanto à “necessidade de medidas urgentes para enfrentar a violência e discriminação contra os povos indígenas”.

O Sistema das Nações Unidas se solidariza com as vítimas e manifesta a sua disposição em apoiar o Estado brasileiro na condução de medidas para a eliminação do racismo, discriminações étnicas, expressões de ódio, violências e violações de direitos dos povos indígenas.

Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio) 

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Fotografia: a repressão e a inspiração...

Rio de Janeiro, Cinelândia. Foto de Ana Carolina Fernandes. Reprodução Facebook

A fotógrafa Ana Carolina Fernandes cobre manifestações desde 2013. Na sexta-feira passada, durante a violenta repressão da PM carioca, ela fez a foto acima, que viralizou nas redes sociais.

O aparato policial faz contraponto à frase de Ana Maria Machado em um cartaz no prédio da Biblioteca Nacional.

Ana Carolina contou ao jornal Extra que viu poucas vezes uma repressão tão forte da polícia.
"A repressão foi das mais violentas. E foi a violência mais rápida. Na minha opinião, ficou muito claro que não era nem para acontecer (o protesto). A Polícia Militar sufocou. Foi violentíssimo. Eu diria que ele nem aconteceu", relatou ao Extra.

A PM alegou que reagiu à "ação dos vândalos". Mas vários testemunhos denunciaram que a polícia começou a agir ainda durante a concentração.

A fotógrafa foi atingida por balas de borracha, em ambas as pernas.

Ana Carolina já trabalhou em vários veículos, como Jornal do Brasil, O Globo e Folha de S.Paulo,  na Agência Estado, e hoje é autônoma.

Prainha, Rio de Janeiro. Foto de Ana Carolina Fernandes

Quando longe de cenas como a da Cinelândia, ela focaliza cenários mais tranquilos. Ana Carolina pretende lançar, em 2018, um livro com fotos da Prainha, Área de Proteção Ambiental na região do Recreio do Bandeirantes, no Rio, muito frequentada por surfistas. Em entrevista ao site Louie, ela destacou a luminosidade do lugar: "Um contra-luz quase o ano inteiro que eu amo! A Prainha tem cheiro de praia selvagem. Tem essa coisa meio de ser de um tempo mais devagar".
Você poderá ver mais fotos da Prainha no site Louie, clicando AQUI.


É a conta do golpe: deputado tucano quer criar o escambo trabalhista...

Acredite se quiser. O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), da bancada ruralista, assina projeto que permite que as empresas paguem seus funcionários com "remuneração de qualquer espécie", como moradia e alimentação, e não somente com salário.

É a volta da senzala em versão neoliberal de um "cipo de aroeira" moderno.

O projeto ainda permite a eliminação do descanso semanal, obrigando o trabalhador rural a ralar durante até 18 dias seguidos. Trata-se da interminável conta do golpe  - em forma de supressão de direitos  - que setores poderoso estão levando ao governo federal.

Na prática, o projeto pretende criar o escambo trabalhista. Nessa visão, a de "modernizar" a legislação com um salto para o passado, os abolicionistas e a própria Princesa Isabel teriam perdido tempo e atrasado a agroindústria brasileira.

Vai ver que, se fossem vivos, seriam conduzidos coercitivamente para se explicarem ao deputado do PSDB.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Fotógrafa capta imagem de explosão que causou sua própria morte


Foto Hilda Clayton/ D.R/Military Review

Foto USA Army/Military Review

Fotos  D.R
A recruta Hilda Clayton, 22 anos, do Exército norte-americano, captou foto da explosão que a matou. Ela fazia treinamento de fotografia de combate e foi designada para cobrir treinamento conjunto entre tropas dos Estados Unidos e forças afegãs.

Uma lançador de morteiros explodiu acidentalmente e matou quatro soldados, além dela, e feriu outros 11. O fato aconteceu em 2013, em Qaranghahi, mas só agora a família liberou a publicação, incluindo uma imagem que mostra parte da câmera de um fotojornalista  afegão também morto na explosão. Clayton, que recebeu honras militares, fazia parte da 4.ª Brigada de Combate da 1.ª Divisão de Cavalaria e cumpria sua primeira missão. As fotos inéditas foram publicadas na  ‘Military Review’.

A edição do Washington Post, de hoje, também publica reportagem sobre o assunto e revela que as fotos foram recuperadas por colegas da fotógrafa militar e enviadas à Military Review como uma evidência de que as mulheres estão na linha de frente dos combates.

Para os colegas de Hilda Clayton, publicar seu último trabalho foi uma forma de homenageá-la.

Modelo manda nudes de local sagrado e revolta fiéis

Reprodução Web
por Omelete
A modelo Jaylene  Cook, 25, que já posou para a Playboy, postou uma foto nua no alto do Monte Taranaki, sítio sagrado para a etnia Maori da Nova Zelândia. Representantes da tribo protestaram contra a "falta de respeito" e alegaram que nudez no topo do pico sagrado é tão inadequada quanto alguém ficar pelado na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Jaylene sentiu o vento a favor, sem barreiras nem anteparas, a 2518 metros de altura. Nada mais espiritual. A notícia foi publicada no The Sun. Segundo o jornal, ela costuma fazer turismo ecológico e se integrar ao meio-ambiente naturalmente.



Reprodução

Jaylene não é pioneira no assunto: em  2015, três turistas presas na Malásia depois de ficarem nuas no Monte Kinabalu, também reverenciado. Coincidentemente, pouco depois de o grupo descer houve um terremoto na região. O "comportamento indecente" teria sido o causador do tremor, segundo os nativos.
Por enquanto, Jaylene causou terremoto apenas entre o povo da tribo Maori.

Jornal aposta no "menos pior". Dilema na eleição presidencial da França pode se repetir no Brasil em 2018


por Jean-Paul Lagarride 

A França está em campanha para o segundo turno de uma das mais importantes eleições presidenciais das últimas décadas. Pela primeira vez na Quinta República, o regime aprovado por plebiscito em 1958, duas forças tradicionais, os partidos Republicano e Socialista, estão fora da chapa. Fora da cédula eleitoral mas não do debate sobre quem apoiar, assim como muitos eleitores.

No dia 7 de maio, a França escolherá entre Marine Le Pen, candidata da extrema-direita pela Frente Nacional, e Macron, candidato liberal do movimento independente Em Marcha. Socialistas e republicanos já anunciaram apoio a Emmanuel Macron. Parte da esquerda, contudo, resiste. Nas ruas de Paris há cartazes pregando o voto nulo.

O progressista Libération anunciou em capa sua tomada de posição. Para o jornal, o liberal Macron é melhor do que a extremista de direita Le Pen. No miolo da edição, 16 páginas explicam o 'não' à candidata da Frente Nacional.

O Libération alerta que apesar de ter tentado "suavizar" a imagem nos últimos meses, Marine Le Pen continua a mesma: é extremista, populista, nacionalista, racista, antissemita...

As últimas pesquisas dão vantagem expressiva para Macron, mas também registram um pequeno avanço de Le Pen. A abstenção preocupa e a vitória de Trump deixou lições que não são exatamente tranquilizadoras. No próximo domingo o mundo saberá no que tudo isso vai dar.

Como um mero exercício de futurologia, o que aconteceria no Brasil se, hipoteticamente, em 2018, chegassem ao segundo turno Lula X Bolsonaro? Claro que é muito cedo, há vários fatores se movendo.

As pesquisas ouvem eleitores em torno de nomes que, na verdade, não se sabe se concorrerão e as ruas especulam outros: Bolsonaro, Dória, Ciro Gomes, Alkmin, Lula, Aécio, Marina, Ronaldo Caiado, Moro, Barbosa, Temer, Luciana Genro, Carmen Lúcia, Serra, Bernardinho, Luciano Huck, Crivela, Bispo Macedo, Roberto Justus, Kim Kataguiri, Rachel Sheherazade, Deltan Dallagnol, o Japonês da Federal etc.

A França pode estar vivendo hoje o dilema que o Brasil viverá no ano que vem.

Qual o jornal brasileiro que fará uma capa dessas do Libération indicando sua escolha diante dos seguintes embates em um suposto segundo turno  em 2018?

Lula X Bolsonaro
Bispo Macedo X Luciana Genro
Luciano Huck X Crivela
Marina X Rachel Sheherazade
Japonês da Federal X Marina
Dória X Moro
Lula X Kim Kataguiri
Ronaldo Caiado X Bernardinho
Bispo Macedo X Ciro Gomes
Crivela X Marina 
Luciano Huck X Moro
Bolsonaro X Bispo Macedo
Deltan Dallagnol X Bernardinho
Carmen Lúcia X Moro
Dória X Luciano Huck
Alkmin X Deltan Dallagnol
Kim Kataguiri x Rachel Sheherazade
Temer X Aécio
Roberto Justus X Japonês da Federal

Só Madame Zumba, uma daquelas especialistas que promete trazer seu candidato de volta em três dias, poderá dizer. Mas seria divertido ver a velha mídia fazer algumas dessas escolhas. Ou, talvez, pra quem já escolheu Collor, será apenas o caso de tirar de letra sem perder o sono.

Rio (e Brasil) sob ataque. Bandidos lançam hastag #vemprosaque

O Rio está dominado. De um lado os bandidos, do outro os efeitos da corrupção somados ao ajuste fiscal do governo Temer.

Difícil dizer qual é o fator pior.

No caso da violência, fica PM em situação curiosamente dúbia. No momento em que faltam recursos para o combustível das rondas e do patrulhamento, para a manutenção das UPPs, pagamento de salários, gratificações etc, em função da "crise" do Estado - de quem o governo federal bloqueia recursos ao mesmo tempo em que deve outros -  sobra dinheiro para botar tropas na rua, bem armadas de bombas de gás e de efeito moral, com muito combustível nas viaturas e balas de borracha na agulha.

E não só no Rio. A violência bem equipada das PMs explodiu em várias cidades, produziu feridos e fez vítima até agora internada em estado grave.

O ajuste fiscal virou cláusula única do fanatismo neoliberal sob encomenda do mercado financeiro. É um rolo compressor que atropela as populações. 'Banalidades" como saúde, educação, fiscalização do meio-ambiente, investigação e combate aos massacres que fazendeiros promovem contra índios, obras de infraestrutura, criação de empregos não são contempladas nem com recursos nem com atenção. Já isenções fiscais, renegociação de dívidas do patronato, um ajuda aqui outra ali à turma das bancadas fortes, transferências de verbas públicas para o setor privado através de PPPs, finaciamento de concessões etc, tudo isso vai em frente sem turbulências.

Com o policiamento fragilizado por falta de recursos, os bandidos estão deitando e rolando, e não só no Rio. Fortaleza, Porto Alegre, Recife também registraram tumultos nas últimas semanas. Assaltos nas ruas, ataques a caixas bancários, roubo de cargas, e homicídios em alta ocupam as páginas dos jornais.

Não demora muito, bandido irão às ruas pedir mais ajuste fiscal, com faixas em defesa da atual política econômica. Pra eles corte de verbas em setores essenciais é mamão com açúcar, parceiro, hastag #vemprosaque

O ajuste fiscal brasileiro talvez fosse a arma de destruição em massa que os americanos procuraram e não encontraram no Iraque

Imprensa: quando o bom jornalismo também falta ao trabalho

(do bqvMANCHETE) 

Ainda sobre a mídia e as manifestações contra as reformas e o governo Temer. Paula Cesarino Costa, ombudsman da Folha, analisou o comportamento da mídia na cobertura da Greve Geral de 28 de abril. E conclui que o bom jornalismo também não foi ao trabalho.

De fato, os três principais jornais, seus sites e as principais redes de TV apenas amplificaram as teses do governo que ignoravam a realidade de que cerca de 130 cidades foram afetadas e milhares de pessoas foram às ruas em protestos, aliás, violentamente reprimidos pelas polícias.

Por afinidades políticas e financeiras, os jornalões desqualificaram os atos e defenderam as reformas patrocinadas por setores patronais.

Cesarino analisa apenas a imprensa dominante, a dos "coronéis" da mídia. Essa fracassou, não fez jornalismo, adotou a política de comunicação oficial com a qual mantém boas relações e de quem recebe gordas verbas.

Faltou dizer apenas que a mídia alternativa, desde as dezenas de sites e blogs jornalístico às várias páginas de instituições e de movimentos sociais, que hoje atingem, somados, um público estimado em mais de 20 milhões de pessoas, levou aos leitores informações mais precisas sobre o que estava acontecendo em centenas de cidades e os motivos da greve.

Leia a seguir o texto da ombudsman da Folha.

por Paula Cesarino Costa (para a Folha de São Paulo)

A imprensa e a greve geral

Assim como a de milhões de brasileiros, minha rotina diária foi alterada pela greve geral da sexta-feira, 28. Lojas de que precisei estavam fechadas; no supermercado, o gerente disse que apenas um terço dos funcionários comparecera; a experiência nos aeroportos de amigos e familiares que viajaram foi sofrida, apesar de a Folha ter dito que os aeroportos funcionaram normalmente. Pode não ter sido um caos, mas normal não foi.

De modo geral, esse foi o problema da cobertura da greve geral convocada contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas. Focou a alteração da rotina das cidades, de modo previsível, sem inventividade nem relatos ricos.

Em suma, os jornais se concentraram no impacto sobre as árvores e deixaram de abordar a situação da floresta. A velha imagem é eficiente por condensar a mensagem de modo tão claro.

Um parágrafo do editorial da Folha trazia o resumo do que pretendo dizer quando cobro abordagem mais ampla: "Em nenhum país do mundo, propostas de redução de direitos relativos à aposentadoria contarão com apoio popular. Governantes, em geral, só as apresentam quando as finanças públicas já estão em trajetória insustentável. Este é, sem dúvida, o caso do Brasil".

Essa é a visão da floresta que deveria ser discutida nos jornais. É preciso acrescentar que a discussão sobre a reforma trabalhista é também uma discussão sobre perda de direitos, contraposta à possibilidade de dinamização e crescimento do mercado do trabalho –promessa de comprovação difícil. Esses são os dois lados da moeda.

Pode-se até afirmar que essa discussão está presente no jornal. Não com a clareza do dilema exposto pelo editorial da Folha: está em jogo a perda de direitos em nome do ajuste fiscal. Jornais estrangeiros assim enquadraram a manifestação. A imprensa brasileira abriu mão da discussão sobre a floresta.

A greve geral convocada por centrais sindicais e movimentos de esquerda mostrou que a mídia precisa se qualificar para esse tipo de cobertura, complexa e de altíssimo interesse do público leitor.

Quase em uníssono, os três principais jornais destacaram nas manchetes de suas edições impressas o efeito no transporte e a violência com que terminaram manifestações em São Paulo e no Rio.

Será que o vandalismo em pontos isolados do Rio e de São Paulo era notícia a destacar em enunciado de manchete, se a própria Folha escreveu que a calmaria reinou durante quase todo o dia? Por que valorizar as cenas de confronto, em vez de imagens que pudessem, por exemplo, mostrar o que diziam as faixas levadas às manifestações.

A greve paralisou, segundo o noticiário da Folha, parcialmente as atividades nas principais capitais do país e em ao menos 130 municípios, em todos os Estados e no Distrito Federal. Os organizadores classificam como a maior greve da história do país: cerca de 40 milhões paralisaram suas atividades.

Não há reportagem ou quadro na edição que diga qual era exatamente o objetivo da greve ou, se fosse o caso, a análise de seu impacto nos objetivos do movimento.

Há dois pontos básicos a que o jornal, na minha avaliação deveria ter respondido:

Qual foi o tamanho da paralisação? Era preciso encontrar parâmetros que permitissem ao leitor entender o que foi o movimento de agora em comparação com convocações anteriores.

Quais as possíveis consequências da greve? Terá algum efeito em seu objetivo principal de parar a tramitação das reformas trabalhista e da Previdência, obrigando Executivo e Legislativo a negociar com a sociedade e os sindicatos?

Eram desafios difíceis, mas a imprensa não conseguiu nem chegar perto de enfrentá-los.

À exceção dos colunistas André Singer e Demétrio Magnoli, não houve tentativa de interpretação do que aconteceu. Cientistas políticos, sociólogos e analistas não estão nas páginas da Folha ajudando a entender o que aconteceu e o que pode vir a acontecer.

Deputados e senadores não se manifestaram de forma a sinalizar se o protesto pode vir a ter algum efeito objetivo nos projetos em discussão. Apenas o governo federal fala, expressando a óbvia e obrigatória avaliação de que adesão foi pequena, fracassou.

Ainda há muito a aprender e a ser desenvolvido em cobertura de casos dessa magnitude.

Na sexta-feira, o bom jornalismo aderiu à greve geral. Não compareceu para trabalhar.

terça-feira, 2 de maio de 2017

10 situações em que a reforma trabalhista vai afetar a vida dos jornalistas


1 – O combinado que sai caro

O Projeto de Lei 6.787/2016 prevê que os acordos negociados diretamente entre trabalhador e patrão terão força maior que a legislação trabalhista. Hoje, essa prevalência já existe, mas é aplicada somente em acordos que sejam benéficos para o empregado. Com a reforma, passam a valer também acordos que reduzem direitos do trabalhador.



2 – Jornadas de trabalho a perder de vista

Sabe aquela interminável sexta-feira de pescoção, em que sua jornada é estendida para muitas horas além do permitido? Mais dias poderão ser assim, no que depender da reforma trabalhista. Ela legaliza as jornadas de 12 horas de trabalho alternadas por 36 horas de descanso, em comum acordo entre patrão e empregado.



3 – Mais funções, menos salário

Se o texto relatado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) virar lei, as empresas poderão reduzir os salários de funcionários para continuarem exercendo as mesmas funções, ou até acumulando mais trabalho. Isso porque o projeto de lei permite aos empresários demitir e recontratar o mesmo funcionário em regime de terceirização ou por acordo fechado diretamente com o trabalhador, e nem mesmo a Justiça poderá impedir.



4 – Tchau, férias!

A reforma trabalhista introduz um novo tipo de contrato, o de trabalho intermitente, em que o empresário contrata o trabalhador por um período específico e, ao término do serviço, são pagos proporcionais de férias, 13º salário e demais direitos. Para as centrais sindicais, essa modalidade extinguirá, na prática, o direito a férias de 30 dias – já que o direito será diluído em pagamentos sazonais, reduzindo as chances que esse trabalhador goze o período de férias, já que precisará estar à disposição do empregador para ter trabalho.



5 – Legalização do ‘frila fixo’

A modalidade de trabalho intermitente também legaliza uma prática que tem se disseminado nas redações do país nos últimos anos: o frila fixo, aquele profissional contratado temporariamente e que não conta com os mesmos direitos do trabalhador com carteira assinada. A tendência é que esta medida faça avançar ainda mais a precarização do trabalho dos jornalistas.



6 – Notícias terceirizadas

A reforma trabalhista também aprofunda o modelo de terceirizações em atividades-fim, tema de legislação aprovada no Congresso Nacional e sancionada por Michel Temer recentemente. Com a reforma, na prática, as empresas de comunicação poderão até terceirizar suas editorias – deixando a cargo de outras empresas, com empregos de menor qualidade, a produção de conteúdo que hoje é feito por profissionais da casa.



7 – De volta à Revolução Industrial

Imagine uma jornalista grávida sendo enviada para cobrir uma epidemia de Zika vírus? Parece absurdo hoje, mas será uma possibilidade caso o projeto de reforma trabalhista seja aprovado. Ele permite que trabalhadoras gestantes ou lactantes desempenhem funções em ambientes insalubres, desde que em acordo com o patrão e apresentando atestado médico – cuja origem não é especificada na lei. A medida abre alas para grande retrocesso no direito das mulheres trabalhadoras.



8 – Exterminador de sindicatos

Além de oferecer todas as garantias ao empresariado, a reforma trabalhista em discussão no Congresso Nacional deseja acabar com sindicatos e centrais sindicais. Desta forma, no futuro, será ainda mais difícil para que os trabalhadores se organizem para reivindicar seus direitos e lutar contra abusos. A proposta reduz o papel de intermediação dos sindicatos nas negociações entre patrão e empregado, enfraquece a representação sindical nos locais de trabalho, revoga a obrigatoriedade das homologações serem feitas nos sindicatos e acaba, sem qualquer compensação provisória, com a Contribuição Sindical obrigatória.



9 – Devo, não nego, mas também não pago

O projeto de reforma trabalhista flexibiliza a rescisão do contrato de trabalho, que poderá ser feito sem qualquer assistência sindical. O contrato poderá ser rescindido por acerto direto entre empregado e empresa, que ficará livre para propor acordos desvantajosos ao trabalhador – como o pagamento de somente a metade do aviso prévio e da multa de FGTS. Essa situação é observada hoje em diversas empresas de comunicação, mas o trabalhador ainda pode recusar o acordo indecente e recorrer à Justiça.



10 – E nem adianta ir à Justiça…

A reforma trabalhista está recheada de medidas para dificultar e impedir o acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho: imposição de preparo recursal para o trabalhador sucumbente, fim do impulso de ofício, pelo juiz, na execução, limitação do papel interpretativo do TST. Se, hoje, já é longo e demorado o percurso do trabalhador em busca de seus direitos, ficará praticamente impossível se a reforma virar lei.



Fontes: CUT, Câmara dos Deputados, Congresso em Foco, Exame.com, Nexo Jornal, Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro

Governo procura "marido" que saiba fazer contas para substituir o ministro da Fazenda Henrique Meireles...

Foto Reprodução Twitter

por O. V. Pochê 

Diante da foto acima, tudo no Brasil de hoje faz sentido. Temer e Ratinho. O entrevistador e o entrevistado estão no mesmo plano, olho no olho, um merecendo o outro e cada um deles tendo plena consciência disso.

Observe, são parecidos até na postura corporal da posição sentados: quadril afastado do encosto, costas coladas no espaldar, pés estranhamente grudados um no outro, ligeira corcunda e uma certa e justificada perplexidade.

Repare, eles agarram o apoio para os braços como se buscassem uma tábua de salvação. A rigidez denuncia que ambos estão sofrendo de algum incômodo. Se ficassem mais de duas horas nesse posição os danos musculares obrigariam os dois a fazer pilates por mais de três anos, diariamente.

Temer e Ratinho lembram nessa imagem dois jogadores de xadrez que até agora estão querendo saber que foi o filho da puta que roubou o tabuleiro.

Que jeito? Não passaria pela cabeça de uma Christiane Amanpour vir ao Brasil conversar com um exótico mandatário. Ratinho está bom demais, vamos de Ratinho e cara de festa, deve ter dito o staff de comunicação da República..

Mas o ponto alto da entrevista foi sério e - considerando-se que presidente não joga conversa fora e tudo  o que ele diz afeta o destino da nação - pode  até implicar em novos rumos da política econômica.

Ratinho -  "Se o marido ganha R$ 5.000, uma dona de casa não pode gastar mais que cinco, senão ela vai quebrar o marido. Por que o governo gasta mais do que arrecada sempre?"

Temer - Acho que os governos agora precisam passar a ter marido, viu, porque daí não vão quebrar'.

Esse foi certamente um dos diálogos mais ricos do jornalismo mundial. A mídia mundial repercutiu e os leitores lá fora que já não estão entendendo nada devem ter ficado intrigados ao saber que um tal "Little Mouse" tinha entrevistado o presidente do Brasil e arrancado dele uma importante diretriz econômica.

A Bolsa de Nova York tremeu. A de Londres, já abalada com o Brexit, fechou mais cedo. A de Tóquio apertou o olhos de tanta tensão. A de São Paulo não tem importância e já estava curtindo o feriadão.

Nas redes sociais houve protestos contra a visão crônica que Temer tem da mulher "recatada", "do lar" e, agora, dependente de um marido para fazer contas e conter a gastança doméstica. Mas outros internautas preferiram levar o alto pensamento presidencial a sério e a indicar possíveis "maridos" para substituírem o Ministro da Fazenda Henrique Meireles. Alexandre Frota, Bolsonaro, Lobão, Dória, Felipe Melo, Kim Kataguiri, o marido da Ana Hickman (que reclamou que teve prejuízo com a greve geral, aparentemente, ele imagina que greve é um 'eveinto' que deve gerar lucro) foram alguns dos nomes cogitados para ser o "primeiro marido" da Era Temer.

A outra hipótese é o Brasil entrar em um reality show desses que oferecem solteiros cobiçados.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Redes sociais: Selfies poderão ser usadas como emoticons...

por Clara S. Britto
Esqueça as carinhas. Facebook e Snapchat vão permitir que pequenas montagens de selfies sejam usadas como emoticons. Um novo modo à disposição dos usuários das redes sociais para transmitirem estados de espíritos a partir de fotos reais.
A nova geração de emoticons aposenta sorrisos, sinais de positivo, coraçõeszinhos, carinhas tristes e impessoais etc em troca de expressões reais.
As duas grandes redes sociais estão lançando um app com catálogo de opções capaz de transformar selfies em cenas digitais aplicadas às fotos, o que torna possível criar rapidamente as mais diversas situações.

Estudantes escocesas comemoram... Primeiro de Maio



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Uma nova revista impressa: "Quatro, Cinco, Um" vai falar sobre livros

por Ed Sá

Quando são mais frequentes notícias sobre encerramento de versões impressas de publicações, vale citar quem tem a coragem de entrar na contramão.

Paulo Werneck, ex-editor da "Ilustríssima, da Folha de São Paulo, e Fernanda Diaman lançam ainda este mês uma revista impressa sobre livros.

A “Quatro Cinco Um” terá 40 páginas e será vendida em bancas, livrarias e encartada na revista "Piauí". O título é inspirado em “Fahrenheit 451”, romance de Ray Bradbury. Os assinantes da "Piauí" receberão a "Quatro, Cinco, Um", de graça, durante seis meses.

O "putsch" do Piantella: restaurante-bunker da Era Temer, em Brasília, decora banheiros com fotos de Dilma e Lula

por O.V. Pochê 

Talvez por não se sentir muito à vontade em botequins, a direita abonada costuma eleger um restaurante de luxo para chamar de seu.

Hitler, ainda quando militante e com o nazismo no cardápio, adorava o Burgebräukeller, de Munique, costumava passar lá nos fins de tarde, e dizem que era onde promovia festinhas de aniversários para jornalistas agregados ao seu partido. Foi lá que os nazistas realizaram uma tentativa frustrada de golpe, que ficou conhecida como o "Putsch da Cervejaria". Mas essa é outra história.


Fotos: Reproduções Revista Fórum

O bunker da vez, em Brasília, é o Piantella, que ficou famoso como point de Ulysses Guimarães e outros políticos, nos anos 1980, fechou, e reabriu sob nova direção no novo regime pós-golpe.

Ontem, a revista Fórum revelou que os banheiros masculino e feminino do Piantella são indicados por fotos de Lula e Dilma.

A ideia de decorar banheiros com referências a desafetos não é nova. Um caso famoso, no Rio, foi o de um bar de Romário. Em 1998, insatisfeito por não ter sido convocado para a seleção, o hoje senador "homenageou" Zico e Zagallo com caricaturas no banheiro: o primeiro aparecia segurando um rolo de papel higiênico e o segundo de calça arriada, no vaso sanitário. Romário perdeu processos movidos pelos dois e 'morreu" em uma indenização.

Mesmo que Dilma e Lula processassem o Piantella, indenização não seria problema para o milionário dono do restaurante, Omar Resende Peres Filho. Conhecido pela alcunha de Catito, dono do "Burgebräukeller" de Brasília, ele pode até seguir, se quiser, a sugestão dos "haters" da web e levar a ideia para sua rede de casas no Rio de Janeiro, utilizando personalidades igualmente rejeitadas por denunciarem o golpe e divulgarem o "Fora Temer".

No Fiorentina, Fernanda Montenegro indicaria o banheiro feminino e Luís Fernando Veríssimo, o masculino; no Hippopotamus, do qual é sócio e que vai ser inaugurado, ficariam Sônia Braga, apontando a latrina feminina e Chico Buarque, o mictório; no Bar Lagoa,  Leonardo Boff e Leticia Sabatella.

Capaz da politizada rede de restaurantes ganhar a cotação máxima de "cinco coliformes" na versão brega do Guia Michelin: o Guia do Migué.