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sexta-feira, 28 de junho de 2019

New York Times inclui o documentário de Petra Costa, "Democracia em Vertigem", na lista do melhores do ano



por Ed Sá 

O New YorkTimes incluiu na seleção dos melhores filmes do semestre "Edge of Democracy", de Petra Costa, o documentário que revisa com indignação o Brasil imediatamente antes e depois do golpe parlamentar-midiático-jurídico que derrubou a presidente eleita Dilma Rousseff. A ascensão de Michel Temer, a condenação sem provas do ex-presidente Lula e a volta da política autoritária de direita caracterizada no governo de Jair Bolsonaro completam a visão crítica dos acontecimentos que levara o país ao retrocesso atual .

"The Edge of Democracy”, ("Democracia em Vertigem) documentário novo e esclarecedor de Petra Costa, conta a história de triunfo político da esquerda a partir da perspectiva de suas consequências. (...) O atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, é um admirador da antiga ditadura e parte de uma tendência global em direção ao populismo autoritário e antiliberal que floresce atualmente nas Filipinas, na Hungria e em muitos outros países.O que aconteceu? A questão assombra esse filme e provavelmente assombrará muitos de seus espectadores, onde quer que estejam assistindo. Embora seja uma investigadora escrupulosa e obstinada de fatos ocultos e uma intérprete ponderada de eventos públicos, Costa não produziu um trabalho de jornalismo objetivo ou estudos acadêmicos destacados, mas sim uma avaliação pessoal do passado e do presente de sua nação. “The Edge of Democracy” é narrado em primeira pessoa, pela própria cineasta (em inglês na versão em análise, que está sendo transmitida pela Netflix) em uma voz que é, por sua vez, incrédula, indignada e auto-questionadora. É uma crônica da traição cívica e do abuso de poder, e também de desgosto", analisa o NYT.

Em entrevista recente, a diretora Petra Costa lamentou que o documentário não inclua - obviamente porque foi finalizado bem antes - o escândalo da VazaJato, a série de mensagens reveladas pelo Intercept Brasil onde o então juiz Sergio Moro, embora responsável pelos julgamentos na  Lava Jato, em Curitiba, se mostra uma espécie de coordenador das investigações junto ao MPF, orientando ações e até indicando testemunhas, o que, segundo muitos juristas, configura uma flagrante ilegalidade processual.

A conclusão é que as elites brasileiras sempre surpreendem: quando se pensa que já praticaram toda espécie de embustes, elas levantam a barra e mostram que podem mais.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Viu isso? Artista plástica Adriana Varejão revitaliza casa projetada por Oscar Niemeyer e matéria é destaque no New York Times, hoje


Assim o New York Times descreve a casa, no Jardim Botânico, projetada por Oscar Niemeyer e recentemente renovada. "É uma pilha de caixas brancas ao longo de um morro, em ângulos retos contra a flora verde exuberante do Brasil, com uma escada em espiral para alcançar a caixa mais alta, que se assemelha a uma torre com vista para a cidade. As falésias que circundam a torre do Rio se elevam drasticamente, além das quais surgem os braços estendidos da estátua do Cristo Redentor da cidade". 

Originalmente, Niemeyer projetou a construção a cunhada Carmen Baldo. Há alguns anos, os filhos de Baldo venderam a propriedade para Adriana Varejão e seu parceiro, o produtor de cinema Pedro Buarque. Para o NYT, a restauração "homenageia a herança e a filosofia arquitetônica de Niemeyer - suas sensibilidades líricas e idiossincráticas, perfeitamente adaptadas ao terreno montanhoso, com grandes espaços abertos onde o interior se mistura perfeitamente com o ambiente. lado de fora.

VEJA FOTOS E LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO NYT,  AQUI

sábado, 6 de maio de 2017

Pra quem chegou agora... Veja como o New York Times era feito bem antes da Terra Prometida dos profetas Steve Jobs e Bill Gates. Os dias dos jornalistas eram assim...




Fotos Library of Congress

Em 1942, o mundo estava bem longe de receber as tábuas com os algoritmos, softs e hardcores de Steve Jobs, Bill Gates e outros visionários.

O computador ainda não havia descido da montanha.

O site Mashable publica uma série de fotos da Biblioteca do Congresso, em Washington, que mostra a redação, as ferramentas, as vestimentas, as oficinas e o ambiente à disposição dos jornalistas.

É algo inimaginável para as gerações multimídia. Viaje nesse tempo.

CLIQUE AQUI PARA VER MAIS FOTOS
 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Na maratona da cobertura da Rio 2016, a mídia internacional acumula algumas desclassificações... jornalismo "bizarro" no Le Monde, o assalto que parece fantasia, a polêmica do biscoito Globo, o repórter do Daily Beast expulso dos Jogos, o diplomata russo que não era russo nem diplomata...

Lavillenie no Le Monde: "licença literária"
por Niko Bolontrin

Quando o brasileiro Thiago Braz surpreendeu Renaud Lavillenie e cravou 6.3m no salto com vara, o francês, campeão olímpico, se posicionou, já no desespero, para tentar superar a marca. Antes mesmo de ecoarem vaias no Estádio Olímpico, a expressão dele era de derrota. A reação da plateia em apoio ao brasileiro desestabilizou de vez  o assustado Lavillenie. E não deu outra. Falhou na tentativa e viu Thiago Braz comemorar sua merecida medalha de ouro.

O francês criticou as vaias e se recusou a cumprimentar o brasileiro. Depois, aparentemente desnorteado, comparou a torcida aos alemães que vaiaram o negro Jesse Owens, campeão nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1936, sob o olhar de Hitler.

Uma comparação que não fez sentido.  Lavillenie deve saber que os brasileiros que foram ao estádio ver esporte com paixão têm, com certeza, muito menos a ver com o nazismo do que os apoiadores do marechal Pétain e os colaboracionistas franceses que, em plena ocupação alemã, subordinaram a França aos nazistas tentando dar uma aparência "legal" à sangrenta invasão. E muitos não os vaiaram

Mas o besteirol pós-Thiago Braz não parou aí. O repórter Anthony Hernandez, do Le Monde, descreveu a derrota de Lavillenie depois de supostamente ouvir o treinador do francês, Philippe d'Encausse, dizer que o Brasil é um país " bizarro" e que Thiago vencera "com ajuda do candomblé".

O repórter admitiu depois que o treinador jamais disse essa frase e que talvez nem conheça o candomblé. Hernandez confessou que a polêmica declaração foi inserida no texto por ele como uma "licença literária".

Isso sim é jornalismo bizarro.

The New York Times: culinária carioca é o fim da picada.
Já o jornalista David Segal, no New York Times, resolveu escrever sobre a culinária carioca e implicou com o biscoito Globo. O carioca saboreia o biscoito muito mais como um complemento digamos "lúdico" da praia a ser 'molhado' com mate ou chope do que como uma iguaria. Mas o repórter não entendeu nada e seria pedir muito que ele captasse o espírito da coisa.

A crítica de Segal irritou os cariocas que usaram as redes sociais para responder ao americano. Um citou a mania dos gringos por hamburger feito de "minhoca" e de sobras de carne de quinta categoria. Outro lembrou a fixação dos americanos por pasta de amendoim, ingrediente que eles usam até no sexo oral.

Repórter prepara armadilha para gays e é expulso
dos Jogos
Já o jornalista Nico Hines, do jornal americano Daily Beast, cometeu algo menos cômico. Ele utilizou um aplicativo de encontros dirigido a homossexuais e bissexuais com o objetivo de levar atletas da Vila Olímpica a "sair do armário". Era uma "armadilha" jornalística

Hines publicou dados dos usuários do aplicativo revelando nacionalidades, altura, peso, idioma etc. Atletas que vieram de países onde o homossexualismo é crime e, em alguns caso, punido com pena de morte, relataram que suas vidas podem correr perigo.

O COI baniu o jornalista, cassou sua credencial, e o Daily Beast retirou a reportagem do ar.

Polícia investiga suposto assalto sofrido por atletas americanos. 
Um suposto assalto sofrido por atletas americanos é outra história bizarra absorvida sem maior checagem pela mídia internacional. A polícia agora investiga se os nadadores Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger mentiram sobre um assalto que teriam sofrido ao sair de uma festa. Eles revelaram que foram assaltados mas caíram em contradição, contam que estavam muito bêbados para descrever os meliantes e dar detalhes. Os supostos ladrões levaram dinheiro mas deixaram celulares e relógios caros e um video mostra os quatro chegando à Vila Olímpica com pertences, brincando e sem aparentar ter passado por um traumático assalto a mão armada poucos minutos antes. A polícia ainda tenta confirmar a versão dos americanos, que não registraram queixa.

Logo no começo da Olimpíada houve outra trapalhada. Essa, com a ajuda da mídia brasileira que divulgou, sem mínima apuração, o caso de um "diplomata russo", um "vice-cônsul",  que teria sofrido um assalto na Barra da Tijuca, reagido, e eliminado o assaltante a tiro. A notícia correu o mundo.

O assalto aconteceu, segundo a polícia, o ladrão foi mesmo morto pelo homem que não era russo, muito menos diplomata, não se chamava Komarov e nem morava em Moscou. O sujeito era mineiro e, na carteira de identidade, estava lá o nome da figura: Marcus Cezar. O consulado russo desmentiu, mas aí a "notícia" já estava correndo o mundo.

Coisa do folclore jornalístico em ação na cobertura da Rio 2016.

Os cariocas agradecem a atenção dispensada, mas dizem que já têm muito problemas reais e não precisam de reportagens incrementadas por "licenças literárias".


ATUALIZAÇÃO em 18/8/2016

MENTIROSOS

Vídeo e depoimentos de testemunhas divulgados ontem desmoralizaram de vez a versão mentirosa dos atletas norte-americanos. 
Um dos atletas confessou que não houve roubo. 
Representantes da comitiva dos Estados Unidos apresentaram desculpas oficiais à Rio 2016. 
Os americanos mentiram com o objetivo de ocultar a prática de vandalismo em um posto de gasolina e, por motivos pessoais, minimizar eventuais consequências da animada noitada e da bebedeira.