Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de abril de 2019

Mídia: deu "lagarta" na Folha




por Luis Nassif (do GGN)

O impeachment foi o fator de coesão de grupos dos mais diversos, que tinham em comum o antilulismo. Completado o golpe, com a eleição do inacreditável Jair Bolsonaro, há uma perda de rumo total dos diversos grupos de oposição.

O momento seria de fortalecimento de um centro democrático, tendo como bandeira unificadora a volta da democracia. Em vez disso, cada grupo tratar de juntar forças em torno dele próprio, cada qual apostando em um pós-Bolsonaro e sem conseguir curar as feridas das batalhas anteriores.

É por aí que se entende as movimentações da Folha de S.Paulo, agora sob o comando de Luiz Frias.

O fim da coluna de André Singer, da coluna de 5ª feira de Jânio de Freitas e, ao mesmo tempo, o convite para que Hélio Beltrão Filho e Armínio Fraga sejam colunistas do jornal, é uma volta atrás na ideia de um jornalismo mais plural, como o dos anos 80 e 90. Demonstra o alinhamento total com o ultraliberalismo reunido em torno do Instituto Millenium e da Casa das Garças.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO GGN, AQUI

terça-feira, 2 de maio de 2017

Governo procura "marido" que saiba fazer contas para substituir o ministro da Fazenda Henrique Meireles...

Foto Reprodução Twitter

por O. V. Pochê 

Diante da foto acima, tudo no Brasil de hoje faz sentido. Temer e Ratinho. O entrevistador e o entrevistado estão no mesmo plano, olho no olho, um merecendo o outro e cada um deles tendo plena consciência disso.

Observe, são parecidos até na postura corporal da posição sentados: quadril afastado do encosto, costas coladas no espaldar, pés estranhamente grudados um no outro, ligeira corcunda e uma certa e justificada perplexidade.

Repare, eles agarram o apoio para os braços como se buscassem uma tábua de salvação. A rigidez denuncia que ambos estão sofrendo de algum incômodo. Se ficassem mais de duas horas nesse posição os danos musculares obrigariam os dois a fazer pilates por mais de três anos, diariamente.

Temer e Ratinho lembram nessa imagem dois jogadores de xadrez que até agora estão querendo saber que foi o filho da puta que roubou o tabuleiro.

Que jeito? Não passaria pela cabeça de uma Christiane Amanpour vir ao Brasil conversar com um exótico mandatário. Ratinho está bom demais, vamos de Ratinho e cara de festa, deve ter dito o staff de comunicação da República..

Mas o ponto alto da entrevista foi sério e - considerando-se que presidente não joga conversa fora e tudo  o que ele diz afeta o destino da nação - pode  até implicar em novos rumos da política econômica.

Ratinho -  "Se o marido ganha R$ 5.000, uma dona de casa não pode gastar mais que cinco, senão ela vai quebrar o marido. Por que o governo gasta mais do que arrecada sempre?"

Temer - Acho que os governos agora precisam passar a ter marido, viu, porque daí não vão quebrar'.

Esse foi certamente um dos diálogos mais ricos do jornalismo mundial. A mídia mundial repercutiu e os leitores lá fora que já não estão entendendo nada devem ter ficado intrigados ao saber que um tal "Little Mouse" tinha entrevistado o presidente do Brasil e arrancado dele uma importante diretriz econômica.

A Bolsa de Nova York tremeu. A de Londres, já abalada com o Brexit, fechou mais cedo. A de Tóquio apertou o olhos de tanta tensão. A de São Paulo não tem importância e já estava curtindo o feriadão.

Nas redes sociais houve protestos contra a visão crônica que Temer tem da mulher "recatada", "do lar" e, agora, dependente de um marido para fazer contas e conter a gastança doméstica. Mas outros internautas preferiram levar o alto pensamento presidencial a sério e a indicar possíveis "maridos" para substituírem o Ministro da Fazenda Henrique Meireles. Alexandre Frota, Bolsonaro, Lobão, Dória, Felipe Melo, Kim Kataguiri, o marido da Ana Hickman (que reclamou que teve prejuízo com a greve geral, aparentemente, ele imagina que greve é um 'eveinto' que deve gerar lucro) foram alguns dos nomes cogitados para ser o "primeiro marido" da Era Temer.

A outra hipótese é o Brasil entrar em um reality show desses que oferecem solteiros cobiçados.