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domingo, 7 de maio de 2017

Tapas & Capas: segundo o jornalismo de octógono, a Justiça leva luvas de boxe para o ringue de Curitiba





Em sintonia, as revistas semanais propagam a presença de Lula em Curitiba, no dia 10, não como depoimento, mas um "ajuste de contas", um embate. A Istoé usa a ilustração de um ringue de boxe. A Veja também sinaliza uma luta. Talvez fosse mais fiel ao que vai acontecer a imagem de um octógono. A clássica luta de boxe tem regras mais rígidas, que evitam golpes baixos e punem ameaças à integridade dos lutadores. As lutas de UFC e MMA são para os "casca grossa", admitem o vale-tudo, o massacre, a cara quebrada. Ambas as publicações reproduzem a "encarada" provocativa que os contendores protagonizam antes do pau comer. As redes sociais ironizam a Istoé e a Veja ao observar que as revistas vestiram Moro com as cores do PSDB, além de desqualificar a isenção de um juiz ao pré-julgá-lo como um "adversário" de um réu.

A Época destaca o titulo "As provas contra Lula". E logo no texto abaixo da afirmativa contundente, admite que a Justiça tem "evidências". São dois conceitos jurídicos diferentes. Não foram apresentadas provas contra Lula. Talvez essa arma de extermínio esteja reservada para o dia 10. Juristas desconfiam que não.

A audiência de Lula estava marcada para o dia 3 de maio. Foi adiada segundo motivos vagos. Embora estivesse marcada havia semanas, as autoridade alegaram que a segurança em torno do evento não estava preparada. Especula-se, agora, que, na verdade, Curitiba aguardava os primeiros movimentos da delação premiada de Renato Duque, já devidamente vazada, para reforçar as "evidências", ainda sem provas, contra Lula. "A Lava Jato não precisa de um crime, ela acha alguém para depois tentar colocar um crime em cima de um criminoso. E para isso eles fizeram a coisa mais sem-vergonha que aconteceu nesse país porque um juiz precisa da imprensa para execrar as pessoas, que estão sendo citadas, junto à opinião pública e depois facilitar o julgamento", afirmou o acusado, em evento do PT, já na expectativa de subir ao octógono fatal de Curitiba.