sexta-feira, 10 de junho de 2016

Juízes e promotores processam repórteres da Gazeta do Povo. Entidades opinam que ações configuram assédio judicial ao jornal




Repercute até internacionalmente a ação de juízes do Paraná contra cinco repórteres do jornal A Gazeta do Povo. Os magistrados se incomodaram com reportagens que denunciaram remunerações que ultrapassavam em mais de 20% o teto constitucional de R$30.417, 10..
As ações seguem uma tática que a Igreja Universal adotou há algum tempo ao processar jornalistas. Em uma espécie de logística processual, os juízes deram entrada na reclamação em diferentes cidades. São mais de 30 processos, o que obriga os repórteres a se deslocarem com frequência para dezenas de audiências, às vezes em datas quase coincidentes. Segundo a Gazeta, as reportagens tiveram como base informações públicas disponíveis do Portal da Transparência. O site Comunique-se revela que os repórteres pediram que o caso fosse levado ao STF já que os juízes e promotores locais que vão julgá-lo são parte interessada no processo, mas a ministra Rosa Weber negou  tal recurso. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vê o caso como de assédio judicial ao jornal. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) apoia a Gazeta e os jornalistas intimidados. A Federação Nacional dos Jornalistas repudia o atentado à liberdade de imprensa e denuncia o constrangimento aos jornalistas.

Do Knight Center: WhatsApp cancela contas do jornal Extra

Fábio Gusmão, editor on line do Extra.
Foto reproduzida do Knight Center
por Heloisa Aruth Sturm (do Knight Center) 

O jornal Extra, do Rio de Janeiro, é conhecido internacionalmente como um pioneiro no uso de plataformas digitais de messagens, principalmente o WhatsApp, em sua comunicação  com milhares de leitores. Mais de 70 mil usuários do WhatsApp e leitores do Extra, no entanto, foram prejudicados pelo súbito cancelamento de contas do jornal porque os robots da plataforma de mensagens as identificam como possível spam, de acordo com o jornal.

Há duas semanas, a conta usada pelo jornal foi bloqueada pela quarta vez e, nesta segunda-feira, 6, o novo número divulgado há apenas quatro dias foi banido pelo aplicativo, afirmou Fábio Gusmão, editor online do Extra, em entrevista ao blog do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.
“O mais triste é que quando tem bloqueio por algum juiz, o CEO do WhatsApp faz um discurso liberátrio dizendo que são 100 milhões de brasileiros punidos. Mas e os meus 70 mil que são cadastrados e nos procuram? E as pessoas que estão agora neste momento sofrendo com abuso policial e nao têm canal pra falar com a gente?”, afirmou Gusmão.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DO KNIGHT CENTER, CLIQUE AQUI


Atualização em 11/6 - O Extra informou ontem à tarde que sua conta no WhatsApp foi desbloqueada. Os leitores já podem voltar a enviar fotos, vídeos e áudios.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cantor Biel assedia repórter do portal IG e a revista Todateen tem que explicar às leitoras porque botou o funkeiro na capa...

Revista teve que explicar aos leitores porque pôs na capa
um cantor acusado de assediar uma repórter do IG. Segundo a editora da Todateen, a edição foi fechada
há várias semanas, antes da polêmica.
por Clara S. Britto
Nos últimos dias tem repercutido nas redes sociais uma denúncia de assédio sofrido por uma repórter do portal IG. A jornalista deu queixa à polícia após ter sido alvo de comentários e convites por parte do funkeiro Biel durante uma entrevista. O cantor a chamou de "gostosinha", além de revelar à jornalistas o que gostaria de fazer com ela: "Menina, se eu te pego, te quebro no meio".
Depois de receber milhares de críticas na web (tem também machistas que o defendem), Biel já prova algumas consequências do seu ato. A TV Globo suspendeu convite ao funkeiro para participações em programas, teria retirado da trilha sonora de uma novela um das músicas dele, até que a situação se esclareça totalmente, e a revista Todateen se justificou junto às leitoras porque a capa da edição que chegou às bancas é o Biel. A editora explica que a edição foi fechada há várias semanas, bem antes da polêmica.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Em comercial, Daniella Cicarelli ironiza os próprios "rótulos"...


por Clara S. Britto
Não deu certo como modelo, não deu certo como atriz, teve um casamento relâmpago com um ídolo mundial, ficou na geladeira e sumiu. São vários os "rótulos" pregados na imagem de Daniella Cicarelli. Este é o conceito, ou o texto reverso, de um comercial que a Cicarelli fez para a Nextel. O vídeo tem repercutido nas redes sociais. Há quem interprete a expressão "geladeira" também como uma leve estocada no ex-jogador Ronaldo, com quem ela se casou em um castelo, na França. Foi há mais de dez anos e o casamento durou 86 dias. Cicarelli também foi protagonista de um vídeo célebre e polêmico feito por um paparazzo espanhol, mas o comercial não invade essa praia. Por tudo isso, mais a carreira de apresentadora interrompida na TV, ela é a estrela do filme cujo tema são os "rótulos que não definem". A Nextel pretende, com a campanha "Tá nas suas mãos" (da agência LDC), fazer um paralelo entre os "rotulados" e sua própria imagem pública, ainda confundida com operadora que fornece apenas serviços de rádio.
O texto é inteligente e Daniella Cicarelli convence no seu surto cênico de "sinceridade".
VEJA  O VÍDEO, CLIQUE AQUI

domingo, 5 de junho de 2016

Mais de 50 anos depois do suspeito fim do bondes, o Rio recebe o VLT...

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil


Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil

Foto: J.P.Engelbrecht/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro


A primeira linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que circula pelo Centro do Rio de Janeiro entrou em operação hoje, parcialmente, com apenas oito estações abertas e ainda sob horários restritos.
A inauguração da obra realizada pelo prefeito Eduardo Paes e que é um dos legados da Rio 2016 aconteceu neste domingo com direito a samba de Marquinhos de Oswaldo Cruz e atraiu cariocas de várias gerações, incluindo testemunhas do fim dos velhos bondes na cidade, nos anos 60. O Rio tinha, então, uma das maiores malhas ferroviárias urbanas do mundo. Uma canetada acabou com o sistema. O processo autoritário de extinção dos bondes correu sob suspeitas de corrupção, envolvendo interesses privados. O sistema foi substituído por contratos de compra de caríssimos ônibus elétricos que posteriormente  também foram retirados de circulação. A mesma decisão, que foi, além de tudo, burra (várias capitais da Europa modernizaram seus sistemas de bonde em vez de extingui-los) se repetiu com idêntica suspeição nas demais capitais brasileiras, com a desastrada e certamente lucrativa, para alguns, substituição por troleibus que, na maioria, não duraram muito.
Mais de 50 anos depois, o carioca volta a ter transporte sob trilhos nas ruas do Centro da cidade.


Plateia aplaude um "Fora Temer" no Programa do Jô


Aferir a popularidade do sem-voto Michel Temer é difícil já que o Ibope, geralmente sob encomenda do dinheiro público das confederações, e o Datafolha, por ter perdido o interesse, pararam de divulgar pesquisas a cada minuto como faziam na fase da conspiração do golpe sobre a popularidade de Dilma Rouseff. Mas as últimas pesquisas realizadas em abril e anteriores ao golpe dizem que se fosse candidato a presidente em eleições diretas Temer teria 1% ou 2% dos votos. Se for considerada a margem de erro de 3%, ele teria índice negativo e ficaria devendo voto ao eleitor brasileiro.
O indício mais recente de que o presidente do golpe é uma figura insignificante deu-se no programa do Jô Soares. Após ser entrevistado, o ator Guilherme Weber mandou um "fora Temer" e foi aplaudido pela plateia.
Veja o vídeo, clique AQUI

Delatores já são figuras obsoletas. Basta acessar a "nuvem": os dados estão todos lá... É só apontar o mouse-duro

por Omelete
O Brasil vive uma era de exaltação ao dedo-duro. No caso, cúmplices que livram a cara e ainda, pelos acordos, receberão milhões referentes a um percentual recuperado do total que ajudaram a desviar.

Sem entrar no mérito, ou demérito, caso a caso, a verdade é que a figura do 'cagueta' virou moda agora mas é frequente na história e no comportamento da brasileirada. Calabar, aliado dos portugueses, achou que Maurício de Nassau e a Companhia das Indias Ocidentais desembarcaram em Recife com mais grana do que os patrícios, com jeitão de quem vinha pra ficar, e passou a dar informações aos gringos. Deu-se mal porque portugueses, índios e negros se juntaram em Guararapes e botaram os holandeses pra correr.
E Calabar foi ser X-9 no céu.

Na Torre do Tombo, em Lisboa, há cartas que denunciam à corte mutretas de donatários nos tempos coloniais. A sangrenta Inquisição também montou uma vasta rede de delatores, que abasteceu de "hereges" prisões, salas de tortura e forcas, inclusive do Brasil Colônia. A delação institucionalizada sempre se ampara em "boas causas". No caso da Inquisição, matava-se e esquartejava-se em nome de Deus. Quer motivo maior?

A Bocca della Veritá, na entrada da igreja de
Santa Maria em Cosmedin, em Roma.
A boca recebia denúncias anônimas,
mas tinha o poder, segundo a lenda,
de morder quem estivesse mentindo.
A prática da 'caguetagem' tem dois símbolos universalizados: a Bocca della Veritá que, em Roma e Veneza, recebia denúncias anônimas, na maioria sobre conspiração, adultérios e bruxarias; e o indicador apontado, o célebre dedo-duro, o logotipo dos X-9.

Antes do golpe de 1964, organizações civis como o IBAD (Instituto Brasileira de Ação Democrática) e o IPES (Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais) incentivaram a delação de "comunistas" e montaram um rede de informantes, alguns até remunerados, que atuava em todo o país. É famosa, já sob o golpe, a devassa que houve na Rádio Nacional, poucos dias depois da derrubada de João Goulart, com demissões de "subversivos" com base em listão fornecida por colegas dedos-duros. Uma prática que foi reprisada em todo o Brasil, em centenas de repartições e até empresas privadas.

Na ditadura militar, a delação foi institucionalizada e, apesar de cada ministério e autarquia ter seu "serviço secreto" para vigiar servidores, foram recrutados dedos-duros avulsos em vários setores. Ser informante contava pontos no currículo para promoções ao longo da carreira.

No meio privado, em empresas e instituições, a delação também ganhou força. Arquivos liberados, hoje, no Rio e em São Paulo, revelam detalhes de reuniões estudantis, por exemplo, às vezes, meras discussões sobre jornaizinhos mimeografados sem grande expressão, com claros indícios de que, mesmo ali, entre jovens adolescentes, havia informantes infiltrados. Em várias redações, uns sujeitos suspeitos  eram geralmente contratados como "assessores". De fato, nem eram "suspeitos" já que pareciam "espiões portugueses" de óculos escuros, chapéu, bigode postiço e crachá indicando a função, tal a pinta que davam. Recentemente foram revelados documentos do Exército que pedem a atenção dos serviços de segurança a uma "campanha" promovida por alguns jornalistas contra "artistas colaboradores da Revolução". O documento sugeria que tais figuras estavam sendo perseguida por "subversivos" infiltrados na mídia. A mesma mídia, aliás, que também aderiu à caguetagem. O livro "Golpe de Estado", de Palmério Dória e Mylton Severiano, diz que o Globo denunciou 223 intelectuais que, segundo o jornal, "trabalhavam ativamente pela implantação do regime comunista no Brasil". Em dezembro de 1968, uma espécie de quadrilha institucional se reuniu para assinar o AI-5, que entre outras coisas suspendia direitos públicos e privados, incluindo aí a privacidade.

A tecnologia tende acabar com a figura, digamos, folclórica, do delator em modo artesanal. Como a agência norte-americana de espionagem, a NSA, já provou, smartphones, computadores, tablets, redes wifi, câmeras, rastreadores e uma infinidade de gadgets podem facilmente revelar mais informações sobre determinada pessoa do que um delator "pessoa física" jamais seria capaz de fazer. Todas essas informações ficam arquivadas em centenas de HDs. Um agente como o 007 cruzava o mundo em busca de uma informação. Hoje, Sua Majestade economizaria milhares de libras em passagens aéreas. Com um simples clique, James Bond pesquisaria todas as informações pedidas pelo M-16.

Pode crer: o dedo-duro como o conhecemos hoje já é obsoleto.

A delação, não. Basta consultar a "nuvem".

Os dados estão todos lá, de graça, em cumulonimbus carregadas, só esperando a hora da tempestade. Nem precisa premiar as delações. É só acionar o mouse-duro.


sábado, 4 de junho de 2016

Advogado anuncia: "A vida é curta. Divorcie-se"

por Clara S. Britto
Em entrevista recente, a presidente da OAB/Mulher, Daniela Gusmão, comentou que o mercado privilegia as advogadas mais bonitas e "as muito feias não têm vez na advocacia corporativa". A propósito de um evento sobre "Valorização da Mulher Advogada", ela defendeu que a mulher pode ser formal e feminina ao mesmo tempo.  Citou piadinhas machistas que as advogadas ainda escutam em audiências e falou que os salários das mulheres advogadas são inferiores aos dos homens, como em várias profissões. São problemas que estão no radar da OAB/Mulher.

Já o site Consultor Jurídico, em artigo de João Ozorio de Melo, revela uma questão em debate por advogados americanos que não tem a ver com a realidade brasileira, pelo menos não ainda, mas embute uma exploração da mulher, em outro sentido. No competitivo mercado americano, anúncios publicitários de advogados não são proibidos. Nem sempre são bem vistos, segundo João Ozorio, mas advogados especializados em busca de indenização por acidentes de automóveis, por erros médicos ou dedicados a ações de divórcio recorrem à propaganda.

E, em alguns anúncios reproduzidos na matéria, a mulher é o objeto e o apelo sensual.

"Vendem" advogados, mais parecem anúncios de cerveja para o verão.


Anúncio de um escritório especializado em descasamentos: "A vida é curta. Divorcie-se.


Anúncio em ônibus, de um advogado especializado em indenizações: "Ferido? Ligue agora! 

Literatura digital: "O amor nos tempos de #likes"

por Clara S. Britto

Já está nas livrarias "O amor nos tempos de #likes", lançado pela Record.

Escrito pelos booktubers Pam Gonçalves, Bel Rodrigues, Hugo Francioni e Pedro Pereira - quatro jovens que dão dicas literárias na web -, o livro o reúne contos que se inspiram em clássicos como "Romeu e Julieta", "Dom Casmurro" e "Orgulho e Preconceito", mas reconfiguram e desconstroem para a era digital tramas e personagens.

É abordado, também, o uso do You Tube, WhatApp e Facebook nos relacionamentos, especialmente entre os jovens.

Assim como aconteceu com o rádio, o cinema e a TV, novas tecnologias costumam influenciar autores ou estimular exercício de novos modelos literários.

A onda passou um pouco, mas vários autores já correram para escrever contos em segmentos de 140 caracteres, o limite do Twitter. Aparentemente, as redes sociais são melhores nas... redes sociais.
Enfim, se tais cruzamentos de meios vão gerar clássicos da literatura, essa é outra história.

Deu no Mashable - Fotografia: Rio 2016 será a Olimpíada das câmeras-robôs


Reprodução - link para o site Mashable, abaixo
por Niko Bolontrin
Robôs vão invadir o Rio durante a Olimpíada. A Getty Images, um das maiores agências de notícias do mundo, usará um tecnologia robótica totalmente nova desenvolvida pela Mark Roberts Motion Control para cobrir o evento. Câmeras-robôs, acionadas por rádio, não são novidades e já são usadas para ampliar o alcance e possibilitar mais ângulos, mas eram instaladas em pontos fixos e uma vez posicionadas e configuradas não permitiam que, à distância, fosse possível operar todos os recursos das câmeras. Na nova tecnologia, segundo o Mashable, as câmeras são mais" inteligentes" e dão ao profissional maior controle sobre ângulo, composição, foco, exposição etc, permitindo que o fotógrafo a opere tal como a uma câmera na mão. Além disso, podem ter seus sensores customizados para cada modalidade esportiva, o que vai facilitar a captura de imagens de ação em momentos cruciais das provas e jogos.


LEIA NO MASHABLE, CLIQUE AQUI

Cartaz do filme X-Men Apocalypse é acusado de incitar a violência contra as mulheres. Produtores pedem desculpas


por Clara S. Britto
A atriz Rose McGowan, do seriado "Charmed" protestou contra o cartaz promocional do filme X-Men Apocalypse. No poster, Jennifer Lawrece, que faz o papel da Mística, aparece sendo estrangulada pelo vilão Apocalipse.

McGowan acusou a Fox de incitar a violência contra as mulheres ao espalhar a imagem pelas ruas das grandes cidades. Nas redes sociais, muitas mulheres apoiaram a denúncia e, em alguns cinemas, os banners foram pichados.

A Fox divulgou uma nota pedindo desculpas: "No nosso entusiasmo para mostrar a vilania do Apocalipse, sequer reconhecemos naquele momento a conotação perturbadora desta imagem durante o processo de impressão. Uma vez que percebemos como essa imagem pode demonstrar insensibilidade, nós tomamos as medidas necessárias para removê-la. Pedimos desculpas por nossas ações. Nunca iríamos perdoar a violência contra as mulheres”. 

Muhammad Ali: o homem que nocauteou o preconceito e encurralou um país...

O campeão "nocauteia" os Beatles em 1964. Foto de Charles L. Trainor/
Reproduzida do livro The Beatles, de Geoffrey Stokes
por José Esmeraldo Gonçalves
Cassius Marcellus Clay deixou os anos 60 para trás, mas os anos 60 jamais o deixaram.

O campeão tornou-se para sempre mito e símbolo de uma época. É célebre a sequência de fotos de Charles L. Trainor, fotógrafo do Miami News, onde Clay finge esmurrar os Beatles, outro ícone da década, em 1964.

Quem seguiu em frente rumo aos 70 em diante foi Muhammad Ali. Até ontem. O maior boxeador de todos os tempos, que sofria do Mal de Parkinson, morreu ao 74 anos em Phoenix, Arizona, após problemas respiratórios causados por choque séptico, segundo o seu porta-voz.

O primeiro nome, Cassius, a família lhe deu em homenagem ao abolicionista que libertou escravos. O segundo, Muhammad, ele assumiu quando se converteu ao Islã.  Ainda como Clay, ganhou a medalha olímpica, em Roma, em 1960, aos 18 anos. E a luta que lançou definitivamente sua carreira como fora de série no boxe profissional foi contra Sonny Liston, em 1964, de onde saiu como campeão mundial de boxe aos 22 anos.

A mudança de nome, em 1964, considerada uma ofensa contra a religião dominante no país (para ele, apenas a religião do homem branco que escravizou os negros), irritou tanto a mídia americana que, por uns tempos, muitos jornais só o chamavam de Clay ou de "Champ" e o acusavam de ter sofrido "lavagem cerebral". Por aqui no Brasil, também. A Manchete ainda chamava Ali de Cassius Clay pelo menos até o começo dos anos 70. Assim como a Fatos & Fotos, até meados da década.

Quando venceu Sonny Liston, um jornal publicou uma frase de outro boxeador, Floyd Patterson, negro como Ali: "a imagem de um muçulmano negro como um campeão mundial dos pesos pesados ​​envergonha o esporte e da nação". Ali, depois, humilhou Patterson no ringue.

Ao mesmo tempo em que se tornava ídolo em um país conservador e profundamente racista como os Estados Unidos, mais ainda na época, Ali trouxe a "America" para o ringue. A conversão ao Islã foi um golpe e a amizade com os líderes negros radicais Malcolm X e Elijah Muhammad, um soco no estômago dos brancos. Uma das suas frases - "eu não sou americano, sou um homem negro" -, ecoou como um cruzado no rosto de Tio Sam.
E a recusa em seguir para o Vietnã - ele afirmava "nada ter contra os vietcongs" - o levou aos tribunais e à prisão. Foi solto sob fiança, perdeu passaporte, o direito de lutar e o título mundial. Tornou-se um símbolo da resistência à guerra. Só três anos depois recomeçou a carreira. Voltou a ganhar o título mundial em 1974 e 1978, quando a história já lhe dava razão e a guerra do Vietnã, além da humilhação da derrota para Ho Chi Minh e Giap e do enorme custo em vidas, era reconhecida como um dos maiores desastres da política intervencionista americana:

Sua última luta - na verdade, um drama, já não tinha condições físicas e o Mal de Parkinson havia sido diagnosticado um ano antes - foi em 1981, quando Trevor Berbick o derrotou.

Muitas das suas batalhas no ringue entraram para a história do boxe, mas uma delas, contra George Foreman, em Khishasa, no Quênia, em 1974, é considerada a maior luta de todos os tempos.

Alguns jornais norte-americanos reproduzem hoje uma das suas últimas manifestações públicas: Ali enviou uma mensagem, por twitter, no dia 10 de maio, ao vocalista Bono, do U2. No texto, deseja feliz aniversário ao cantor, "um campeão dos direitos humanos e um amigo inspirador".

Dele, o presidente Barack Obama acaba de dizer: foi "um homem que lutou por todos nós".


Reprodução


Na capa da Manchete, em 1971, quando perdeu para Joe Frazier, a quem derrotou depois por duas vezes. Na chamada, "Cassius Clay". A Manchete, como parte da mídia norte-americana, demorou a aceitar o nome islâmico Muhammad Ali, religião que o lutador adotou em 1964. 


Nasce o mito; em 1964, reportagem da Manchete mostrava a luta com Sonny Liston. 

Com Pelé, nos anos 70, em Nova York

Nos anos 70, a Fatos & Fotos publicou em encarte especial a história de Muhammad Ali, que a revista ainda chamava de Cassius Clay,
 escrita por ele mesmo em parceria com  o escritor e ativista Richard Duham.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Daisy Benvenutti, que por mais de 30 anos foi correspondente da Manchete na Itália, conta sua experiência em palestra na Universidade Federal do Paraná


Equipe Olímpica de Refugiados terá 10 atletas de quatro países


(do site ONU Brasil
Os nomes foram anunciados na manhã desta sexta-feira (3) pelo Comitê Olímpico Internacional. “A iniciativa de montar um time de refugiados para os Jogos Olímpicos manda uma forte mensagem de apoio e esperança para os refugiados em todo o mundo”, destacou a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Dez refugiados de quatro países são os integrantes da inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados que disputará os Jogos do Rio 2016. A equipe será composta por dois nadadores sírios, dois judocas da República Democrática do Congo e seis corredores – um da Etiópia e cinco do Sudão do Sul.

Todos eles deixaram seus países devido a conflitos e perseguição, e encontraram refúgio na Alemanha, Brasil, Bélgica, Luxemburgo e Quênia. Os dois judocas Popole Misenga e Yolande Mabika vivem no Rio de Janeiro. É a primeira vez, na história dos Jogos Olímpicos que haverá uma equipe composta exclusivamente por atletas refugiados.

Em comunicado oficial, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) comemorou o anúncio da equipe. “A iniciativa de montar um time de refugiados para os Jogos Olímpicos manda uma forte mensagem de apoio e esperança para os refugiados em todo o mundo. Esta iniciativa chega no momento em que, mais do que nunca, milhares de pessoas têm sido forçadas a deixar suas casas por motivos de conflitos armados, violação de direitos humanos ou perseguição”, afirmou o ACNUR.

Ao final de 2014, a população global de refugiados, deslocados internos e solicitantes de refúgio era de 59,5 milhões de pessoas.

A Equipe Olímpica de Atletas Refugiados competirá em nome do COI, e sob a bandeira olímpica. Na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, em 5 de agosto de 2016, a equipe desfilará imediatamente antes da delegação brasileira. Os atletas refugiados, anunciados hoje pelo Comitê Executivo do COI, são:

- Ramis Anis, da Síria (Natação, 100 metros borboleta – masculino); vive na Bélgica;
- Yiech Pur Biel, do Sudão do Sul (Atletismo, 800 metros – masculino); vive no Quênia;
- James Nyang Chiengjiek, do Sudão do Sul (Atletismo, 400 metros – masculino); vive no Quênia;
- Yonas Kinde, da Etiópica (Atletismo, maratona – masculino); vive em Luxemburgo;
- Anjelina Nada Lohalith, do Sudão do Sul (Atletismo, 1.500 metros – feminino); vive no Quênia;
- Rose Nathike Lokonyen, do Sudão do Sul (Atletismo, 800 metros – feminino); vive no Quênia;
- Paulo Amotun Lokoro, do Sudão do Sul (Atletismo, 1.500 metros – masculino); vive no Quênia;
- Yolande Bukasa Mabika, da República Democrática do Congo (Judô, peso médio – feminino); vive no Brasil;
- Yusra Mardini, da Síria (Natação, 200 metros livres – feminino); vive na Alemanha;
- Popole Misenga, da República Democrática do Congo (Judô, peso médio – masculino); vive no Brasil;

“Estamos muito satisfeitos com a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados. São pessoas que tiveram suas carreiras esportivas interrompidas após serem forçadas a abandonar seus países devido à violência e à perseguição. Agora, estes atletas refugiados de alto nível finalmente terão a chance de seguir seus sonhos”, afirmou o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. “A participação deles nas Olimpíadas é o resultado da coragem e perseverança de todos os refugiados que se esforçam para superar as diferenças e construir um futuro melhor para eles e para suas famílias. O ACNUR se solidariza a eles e a todos os refugiados”, acrescentou.

Por meio de projetos conjuntos, o ACNUR e o COI apoiam programas para a juventude e atividades desportivas em pelo menos 20 países, reformamos quadras poliesportivas em vários campos de refugiados e provimos kits esportivos para jovens refugiados.

Para os Jogos do Rio, o ACNUR atuou Comitê Organizador Rio 2016 em diferentes inciativas para integrar os refugiados ao evento e promover a causa dos refugiados. Dois refugiados foram selecionados para conduzir a Tocha Olímpica: a estudante síria Hanan Dacka, que carregou a chama olímpica em Brasília, e o guinense Abdoulaye Kaba, que é jogador de futebol no Brasil e conduzirá a Tocha em Curitiba, dia 14 de julho.

Fonte: ONU BR

Operação Lava-Jato quer investigar a Lei Rouanet. Não se sabe ainda se a investigação vai acabar em delação premiada também na área cultural...

por Flávio Sépia
Criada em 1991, no governo Collor de Mello, a Lei Rouanet sempre foi discutida e polêmica. Da centralização de recursos federais para projetos no eixo Rio-São Paulo à problemas de prestação de conta apontados por tribunais ou a aprovação a pleitos de grandes corporações como Disney e Cirque de Soleil, espetáculos On Ice, Rock in Rio e apoios discutíveis para gravações de DVDs, turnês comerciais ou marketing empresarial, tudo isso foi apontado como motivo para justificar um  aperfeiçoamento do mecanismo, mas nada resultou em mudanças de parâmetros ou critérios.

Nos meios culturais, a Rouanet é considerada indispensável para a obtenção de patrocínios e muitos defendem que seja aprimorada e não extinta.

Ultimamente, com o Fla-Flu político, vários artistas que denunciam o golpe passaram a ser acusados nas redes sociais e na mídia de usufruírem de verbas públicas por meio do famosos instrumento de renúncia fiscal.

Segundo o Estadão, a Operação Lava Jato quer avançar agora sobre o financiamento de iniciativas culturais via Lei Rouanet e encaminhou ofício ao Ministério da Transparência Fiscalização e Controle solicitando detalhes sobre os 100 maiores captadores de recursos precisamente nos últimos dez anos. No pedido, segundo Estadão, não são informados motivos ou suspeitas supostamente apurados.

Se o alvo da Lava Jato forem os artistas que se solidarizaram com Dilma Rousseff e denunciaram a manobra golpista de um impeachment sem crime configurado e sem provas, a força-tarefa pode se surpreender. O site DCM divulgou uma pequena parte de uma planilha dos maiores beneficiários da Rouanet e, pelo jeito, o buraco é mais em cima e tudo indica que no torneio da renúncia fiscal não são os artistas os cabeças-de-chave.


Reprodução/DCM



Bispa evangélica cobra 100 reais para fieis tocarem nos seus pés...

Reprodução
(do site Conexão Jornalismo) 
"Como o milagre não vem de graça, exige esforço, fé e tempo de concentração, a bispa Ingrid Duque cobra R$ 100 por ele. Mas o que chama a atenção é que para alcançar a graça basta o fiel tocar no seu pé descalço. Trata-se da bispa Ingrid Duque, mulher do Apóstolo (?) Agenor Duque, da Igreja Plenitude do Trono de Deus. Tudo começou porque ela pediu para que fizessem oferendas e colocassem ao lado de seus pés. E, em seguida, poderiam tocá-los. Ao tocarem alguns afirmaram que se curaram de enxaquecas, diarreias e até impotência sexual. Viralizou. Os pés da bispa, ou seja, da mulher do Apóstolo, são, de certa forma, pouco comuns. Um tanto inchados por assim dizer. Mas ela garante que não é problema de renal, coisas como retenção de líquidos, calor ou mesmo gordura localizada: é excesso de graça mesmo. Tocou, a graça flui - afirma."

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA VÍDEO NO SITE CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI


Apertem os cintos! Os patrões sumiram. Leia na página do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Minicípio do Rio de Janeiro...


LEIA NA PÁGINA DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. CLIQUE AQUI

Na capa da revista Piauí, retrato para a posteridade: a impoluta corte reunida da Versalhes do Planalto Central

Na capa da Piauí, a corte reunida da nova república pós-golpe.

A capa do LP "Panis et Circensis", de 1968.  

por Ed Sá
A capa da revista Piauí que chega ás bancas é brilhante. Um perfeito retrato da república pós-golpe e uma irônica referência a um movimento cultural tão marcante quanto crítico, o Tropicalismo, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil.  As patéticas figuras do novo regime sob o dístico "Ordem e Progresso" retirado do vetusto  Positivismo, mas que agora remete a algo como o slogan  "Segurança e Desenvolvimento", da ditadura, reencenam a histórica capa do disco "Panis et Circensis" ou "Tropicália", um marco da música em 1968.

A capa do LP, acima, foi fotografada por Oliver Perroy e o disco reunia faixas como "Geleia Geral", de Gil e Torquato Neto, "Parque Industrial", de Tom Zé, "Lindoneia", de Caetano, "Bat Macumba", de Gil e Caetano, "Coração Materno", de Vicente Celestino (clássico gravado com tiros de canhão), "Panis et Circense", de Gil e Caetano, "Baby", de Caetano, entre outras músicas que entraram para a história da MPB. Na capa do Panis, Sergio Dias, Caetano (com a foto de Nara Leão), Arnaldo Batista, Tom Zé, Rogério Duprat,  Gal Costa, Torquato Neto e Gil (com a foto de Capinam) mostram no figurino, nos adereços e nos utensílios, como o penico que Duprat segura, uma imitação dos padrões e da moral vigente. do conservadorismo e da repressão vigentes.

Quase 50 anos depois, como zumbis, voltam os padrões mortos-vivos perfeitamente simbolizados pelas figuras que agora habitam a Versalhes do Planalto Central do país. No alto, a reprodução da capa da Piauí, onde desponta a corte golpista representada por Geddel Viana, José Serra (com o penico), Gilberto Kassab, Romero Jucá, Alexandre Padilha, Moreira Franco (com o pato da Fiesp, representando a ditadura militar da qual é egresso), Henrique Meireles, a boneca inflável do tipo recatada, e Michel Temer segurando respeitosamente a foto do seu patrono, Eduardo Cunha.

Como canta a letra de "Geleia Geral", "assiste a tudo e se cala, quem não dança, não fala" e aí estão 'no meio da sala", as "relíquias" (para não dizer outro nome) do Brasil.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A última onda: revista Fluir encerra trajetória de 32 anos

A revista Fluir foi, durante 32 anos, ao lado da Brasil Surf, a grande referência do surfe brasileiro. A crise econômica, o desgaste dos meios impressos e o interesse dos leitores pelo meio digital levam a publicação à praia, de vez. Uma pena. Não são muitas as revistas especializadas que alcançam uma marca tão importante, lida e consumida por diversas gerações de esportistas. Em outubro do ano passado, a Fluir lançou uma edição especial para comemorar seus 32 anos (foto ao lado). Segundo Claudio Martins, o últimos dos jovens aventureiros que fundaram a Fluir, em 1984, e que ainda continuava ligado à revista, o faturamento caiu, em 2016, muito além da expectativa e tornou inviável a operação. Para alguns surfistas - segundo comentários nas redes sociais,, a revista já vinha dando sinais de reta final, com poucos anúncio e perda de qualidade.

STF reconduz Ricardo Melo à EBC

O ministro Dias Toffoli, do (STF, deferiu a liminar do jornalista Ricardo Melo, ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), demitido do cargo pelo presidente interino Michel Temer.
O jornalista havia recorrido à Justiça já que a lei lhe confere um mandato de quatro anos à frente da empresa. Com a liminar do STF, Melo retornará ao cargo até o julgamento final da questão.
O presidente interino, pós-golpe, Michel Temer havia nomeado para Presidente da EBC o jornalista Laerte Rimoli. Frequentador de cargos públicos ligados a partidos políticos, ele foi assessor de imprensa do Ministério da Comunicação no governo de Fernando Henrique Cardoso e coordenou a campanha de Aécio Neves (PSDB). Seu mais recente cargo foi o de diretor de Comunicação da Câmara dos Deputados durante a gestão do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em poucos dias à frente da EBC, Rimoli demitiu mais de 50 profissionais, acabou com programas jornalísticos e acelerou o desmonte do projeto de TV pública em curso na EBC.

Sindicato participa de audiência de conciliação no TRT com rádio e TV

LEIA A MATÉRIA COMPLETA DO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, CLIQUE AQUI

Demissões no Dia e Meia Hora: o interminável voo do passaralho

Reprodução/Site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro

(da Redação)
A lista de demissões de O Dia e Meia Hora atinge profissionais experientes, a maioria com anos de casa. Saíram Aziz Filho, diretor de Redação, André Hippert, diretor de Arte, o editor executivo Roberto Pimentel, a editora de Economia Eliane Velloso, o colunista Fernando Molica, a editora de moda Márcia Distzer, além de Maria Luísa, Nathalie Chianello e Estela Monteiro, entre outros das áreas jornalísticas e administrativas.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Rainha Elizabeth está na capa da Vanity Fair, fotografada por Annie Leibovitz, mas preferiu deixar a família em casa e posar só com os cachorros. No jornal Globe, Charles é alvo de novo escândalo


por Clara S. Britto
Além de não ceder o lugar ao herdeiro, o príncipe Charles e, na sequência, William, Elizabeth II festeja 90 anos cheia de energia. Ela posou para a Vanity Fair, de junho, fotografada por Annie Leibovitz, e nem para a capa convidou os herdeiros. Em um sinal de que não vai largar a coroa tão cedo, ela esnobou o resto da família e convidou apenas Holly, Willow, Vulcan e Candy, cães da raça dorgis, os únicos autorizados, por enquanto, a sentar no trono.

Olha o flagra!
A capa com a rainha chega às bancas junto com um escândalo - mais um na família real. O jornal Globe publica na edição lançada ontem, 30 de maio, uma série de fotos explosivas para os Royals. Nelas, supostamente, o principe Charles aparece beijando um homem não identificado. Não há confirmação oficial, mas a repercussão já atinge o Reino Unido. Dizem os especialistas que, se tudo for confirmado, o escândalo elimina de vez qualquer possibilidade de Charles assumir o trono e ainda pode atingir seu filho William, o primeiro na linha de sucessão.



Contra o golpe: ato nacional no dia 10 de junho


Em São Paulo, concentração terá início às 17h, em frente ao Masp

(da Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular) 

Com menos de um mês da aplicação do golpe, a conta já chegou aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, Fies, Prouni e Pronatec, criminalização e perseguição dos movimentos sociais.

Os escândalos de corrupção envolvendo Aécio Neves, Temer e Eduardo Cunha demonstram que os chefes do golpe arquitetaram toda movimentação para derrubar a Presidenta Dilma, sem crime de responsabilidade, para parar as investigações da Lava –Jato, usurpar o poder e aplicar o projeto mais neoliberal da história do Brasil.

Não reconhecemos o governo golpista, Temer não governará. A rua já é o nosso lugar de resistência, as ocupações são os comitês de resistência, e a luta o nosso lema. Não temos nada a Temer.

Por isso, convocamos toda população brasileira, que preza pela democracia e que não reconhece o governo golpista, a ocupar as ruas e avenidas no dia Nacional de Mobilização pelo “Fora Temer”, no dia 10 de junho de 2016. Seremos milhões em todo o Brasil.

Frente Povo Sem Medo

Frente Brasil Popular



ATO EM SÃO PAULO

10 de junho – sexta-feira

Concentração às 17h em frente ao Masp (Avenida Paulista)


Fonte: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo

A cantora Adele manda fã cair na real, parar de filmar com celular e ver o show...

por Clara S. Britto 
Durante um show, ontem, na Arena de Verona, na Itália, a cantora inglesa Adele perdeu a paciência com uma mulher que filmava o espetáculo com um celular.
"Você pode parar? Eu quero dizer para aquela senhora que pare de me filmar, porque eu estou aqui na vida real. Você pode curtir esse show na vida real, ao invés de através de sua câmera. Poderia colocar esse tripé para baixo? Isso não é um DVD, é um show". Ainda indignada, a cantora completou, falando para a plateia: "Gostaria que vocês desfrutassem do meu show, porque há muitas pessoas lá fora que não puderam entrar“. O público aplaudiu. Mas é tão irresistível o vício por celulares - que, na Itália, se chamam telefoninos - que um outro fá filmou o desabafo de Adele.

Veja o vídeo que foi postado no L'Huffingtonpost Itália,  clique AQUI

Conexão Jornalismo: a dor e a coragem da jovem vítima de estupro


LEIA NO CONEXÃO JORNALISMO E VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA, CLIQUE AQUI

LEIA SOBRE O BRASILEIRO COXINHA QUE FOI DEMITIDO DE UMA EMPRESA AMERICANA, NOS ESTADOS UNIDOS, POR IRONIZAR O CASO DE ESTUPRO COLETIVO.
CLIQUE AQUI

domingo, 29 de maio de 2016

Plantão policial: hacker vaza foto de escrivã e boletim de ocorrência agita a rede social

por Omelete
Depois da policial mexicana que fez selfie sexy na viatura, uma loura russa também da lei - é escrivã -  mostra o que seu uniforme esconde. Um dia, ela aproveitou que o movimento no distrito estava devagar e produziu uma ocorrência de fotos em pleno plantão. As fotos vazaram, a chefia reclamou, mas a policial argumentou que as imagens eram antigas e pessoais e ela as havia enviado há muito tempo para um namorado que só agora fez a delação premiada do material. O namorado, que agora é ex, jura que foi um hacker o responsável pela divulgação. Um hacker, de fato, ligou para a policial, avisou que tinha mais fotos e pediu uma grana para não postá-las na rede.

Maridão democrático compartilha foto de Luana Piovani



Luana em Portugal. Foto:Pedro Scooby/Reprodução Instagram

por Omelete
Surfista profissional, especialista em ondas gigantes e um dos brasileiros destacados no circuito internacional, Pedro Scooby tem um troféu equivalente em casa: Luana Piovani, com quem é casado e tem três filhos. Scooby costuma compartilhar no Instagram fotos de Luana em posts que bombam na web. O marido democrático recebe elogios e, às vezes, críticas. De Portugal, ele liberou, ontem, mais uma foto da musa. Entre apoios e recriminações, a Internet ficou inquieta. Scooby surfou nas críticas. Também pudera.
Reprodução/Extra

Por que a Folha parece estar desconstruindo o golpe que ajudou a dar?

(por Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo)

Muitas pessoas estão perguntando: por que a Folha está desconstruindo o golpe que ajudou tanto a dar?

A resposta cabe numa palavra: marketing.

Para a Folha, interessou, até o afastamento de Dilma, derrubá-la. Nunca o jornal publicou um só editorial, por exemplo, para criticar o descarado partidarismo de Gilmar Mendes.

Nunca, também, o jornal moderou sua escandalosa cobertura da Lava Jato. Quantas vezes você viu o pedalinho na manchete?

Numa conversa gravada, Renan disse ter ouvido de Otávio Frias Filho a admissão de que seu jornal estava exagerando na Lava Jato. Mas um momento: se o dono achasse isso mesmo bastaria uma conversa com os editores para que o problema fosse desfeito.

Sobre que assuntos ele despachava com seus jornalistas para não tocar nesse tema de importância tão dramática para o país e, também, para a imagem de seu jornal? Meteorologia? Astrologia? Futebol? Novela?

Claramente ele aprovava o espaço desmedido dado à Lava Jato porque queria, como seus pares, desestabilizar Dilma.

Mas, uma vez feito o serviço, a vida tem que continuar para a Folha. O que fazer para retirar dela a fama de golpista, direitista, desonesta?

O primeiro passo, e fundamental, era mostrar ao público que ela, como dizia sua propaganda, não tem rabo preso com ninguém.

É a hora de publicar coisas que ela jamais quis publicar durante o tormento imposto a Dilma.

Se a Folha sabe fazer jornalismo, é uma questão para a qual cada um tem sua resposta. Pessoalmente, acho que não.
Mas que é excelente em marketing, isso é indiscutível.

Os Frias sabiam que o Globo imediatamente se converteria numa máquina de conteúdo chapa branca assim que Dilma fosse retirada.

A Globo voltaria imediatamente a ser o que foi na ditadura e depois em sucessivos governos até a chegada de Lula ao poder. A corrupção sumiria do noticiário. Os problemas econômicos também. Temer seria apoiado tão radicalmente quanto Dilma foi massacrada.

Crises econômicas, na Globo, agora derivam de fatores externos. A Bolsa cai e o dólar sobe já não são mais consequências do governo. São coisas que vêm de fora.

Os Frias sabiam também o que esperar da Veja: nada. A capa desta semana, por exemplo, quando gravações de conversas quase enxotaram o governo interino, foi a pílula do câncer.

O terreno estava livre para, mais uma vez, a Folha se afirmar como o ” jornal combativo, pluralista, isento, o único que dá qualquer coisa doa a quem doer”.

Tudo isso de mentirinha, mas o que é marketing senão a mentirinha em forma de frases de efeito?

Para usar o jargão publicitário, a Folha se reposicionou prontamente. As demais empresas jornalísticas, ao aderir a Temer sem escalas e sem ressalvas, a ajudaram um bocado.

De certa forma, é um retorno a uma situação antiga. No fim da ditadura, enquanto a Globo defendia os generais que a patrocinavam e o então grande Estadão publicava receitas como forma oca de protesto, a Folha começou a pregar as diretas já.

Virou, com isso, o maior jornal do Brasil.

A opinião pública mais esclarecida carregava sob os braços exemplares da Folha. Universitários eram vistos todos os dias com sua Folha nas mãos.

Tudo isso se tornou pó quando a Folha se juntou às demais companhias de jornalismo para derrubar um governo progressista.

O jornal hoje é desprezado pelo mesmo público que o louvou no passado. O mesmo processo que pegou antes a Veja — a rejeição terminante pelos leitores mais esclarecidos — acabou depois por alcançar a Folha.

Agora é hora de tentar refazer a imagem do jornal.

É possível? Pessoalmente, creio que a melhor resposta foi dada, num artigo recente, pelo ex-ombudsman da Folha Mário Vítor Santos.

Ele notou que, assim como a Nova República se encerra com o golpe, o jornalismo tal como o conhecemos por muitos anos se degradou irremediavelmente quando as empresas passaram a fazer propaganda anti-PT.

Os leitores terão que ser muito ingênuos para acreditar nos bons propósitos desta nova velha Folha.

Credibilidade, como a virgindade, uma vez perdida, para sempre perdida.

Evoco uma frase de Wellington para fechar o artigo: quem acredita nos Frias acredita em tudo..

LEIA NO DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO, CLIQUE AQUI

Em carta, Aderbal Freire-Filho desmente a revista Veja

A revista Veja publicou uma matéria acusando Aderbal Freire Filho de ter um cargo público com salário de 91 mil reais. O diretor, ator e autor e ator de teatro denuncia em carta a "tática da mentira" que a revista põe em prática.


Leia a carta escrita por Aderbal:

"Circula contra mim - "o marido da atriz defensora de Dilma" - uma acusação nas redes sociais de ter "um cargo em uma empresa pública com salário de 91 mil reais".

Essa tática abjeta de deturpar fatos, mentir e difamar é a mesma que domina o Brasil de hoje, onde o cinismo, a falta de decoro e de escrúpulos nos surpreende a cada dia.

Sou de fato companheiro de uma atriz, Marieta Severo, e ela de fato é uma das atrizes que, ao lado de muitos artistas, de muitas cidadãs e muitos cidadãos brasileiros defendem a presidente Dilma Roussef e a democracia.

Mas a forma de me apresentar profissionalmente é: o diretor, autor e ator de teatro Aderbal Freire-Filho. Tenho 75 anos de idade, mais de 60 de carreira, criei mais de 100 espetáculos no Brasil, além de ter dirigido também em outros países. Ganhei todos os prêmios importantes do teatro brasileiro: Molière, Golfinho de Ouro, Faz a Diferença, Mambembe, Shell, APTR, entre muitos outros. Dirigi centenas de atrizes e atores brasileiros. Existem alguns livros e teses sobre meu trabalho como diretor. Fui o coordenador da comissão que criou a Escola de Direção Teatral, da UFRJ. Tenho textos sobre teatro e literatura publicados em livros e revistas, no Brasil e em outros países. Sou autor de vários peças encenadas.

Na verdade, me apresento aqui para a enorme quantidade de pessoas que recebeu e até compartilha a publicação abjeta e que é natural que não me conheça, sequer tenha ouvido falar de mim. A cultura e a arte brasileiras são pouco conhecidas. Mas para o universo artístico e cultural - para os que vão a teatro, leem, frequentam centro culturais, etc - sei que poderia, sem falsa modéstia, dispensar essa apresentação.

Não tenho cargo algum em uma empresa pública. Querendo dar a ideia de que o "marido..." tem uma assessoria, uma secretaria, uma diretoria, sei lá o que, eles intitulam assim uma realidade absolutamente diferente, que vou resumir.

A TV Brasil teve um programa de entrevistas com artistas, criado e apresentado pelo ator Sérgio Britto. Quando Sérgio Britto morreu, seu produtor me procurou, para que a tv continuasse a ter esse espaço aberto para a arte brasileira. Aceitei o convite, projetei um novo programa, mantendo os mesmos princípios, mas criando uma nova linguagem. Além das entrevistas, o programa passou a ter uma dramaturgia, que pode incluir a presença de atores.

A TV Brasil, para economizar custos, propôs às equipes de alguns programas, esse entre eles, um regime misto de produção. No nosso caso, a TV entraria com os estúdios, câmeras e técnicos e nossa produção se responsabilizaria por todos os demais gastos, previstos em planilhas que acompanham o contrato.

E assim é feito. Com o valor mensal do contrato, de R$ 91 mil no ano passado, eram pagos: um diretor de produção e quatro colaboradores: um produtor assistente, um diretor de tv, uma editora e um pesquisador e co-roteirista; os cachês dos atores e atrizes convidados; gastos com cenografia; passagens aéreas para entrevistados vindos de outras cidades; passagens aéreas para a equipe, quando vai a outras cidades; hospedagem da equipe em viagens; hospedagem no Rio de convidados de outras cidades; transporte local para convidados; técnicos e aluguel de equipamentos para gravações feitas fora do Rio; custos de material e despesas de administração. É ainda nesse orçamento que está incluído meu pagamento, pelas funções que exerço: roteirista, apresentador e diretor geral.

Neste ano, com a recomendação da presidenta Dilma Roussef de reduzir em 30% os gastos públicos, o programa cortou do seu orçamento passagens aéreas, hospedagens, programas fora do Rio (e, consequentemente pagamento de técnicos e aluguel de equipamento em viagem), cachês para atores, despesas de administração e outras despesas reduzindo o valor mensal do contrato para R$ 68 mil.

Concluo convidando os que não me conhecem, nem conhecem o programa, para que entrem na página da TV Brasil e procurem o programa Arte do Artista. Clicando em Episódios, podem assistir a todos os mais de 150 programas já exibidos. Aí verão alguns dos mais importantes artistas brasileiros de todas as áreas, poetas, compositores, atrizes, atores, artistas plásticos, cineastas, coreógrafas, romancistas, artistas populares, grafiteiros, músicos de rua, etc, enfim, uma mostra rica da grande produção artística brasileira. E, claro, poderão me ver no exercício do meu 'cargo público milionário'. "

Os jornais diante de um gorila cibernético de uma mega tonelada

por John Naughton, articulista do jornal The Guardian  
(texto aqui reproduzido do Observatório da Imprensa) 

Muitos anos atrás, o teórico político Steven Lukes publicou um livro influente – Power: A Radical View , no qual argumentava que o poder sempre vinha em três variedades: a faculdade de obrigar as pessoas a fazerem o que não querem fazer; a capacidade de fazer elas pararem de fazer o que querem fazer; e o poder de formar a maneira pela qual elas pensam. Este último é o tipo de poder exercido pelos nossos meios de comunicação.

A mídia pode dar forma à pauta do público (e, portanto, política) selecionando as notícias que as pessoas leem, ouvem e veem; e podem dar forma às maneiras pelas quais as notícias são apresentadas. A “terceira dimensão” do poder de Lukes é aquilo que é produzido, na Grã-Bretanha, por veículos como o programa Today, da Radio 4, e os jornais The Sun e Daily Mail. E esse poder é concreto: é por esse motivo que todos os governos britânicos dos últimos anos sempre tiveram tanto medo do Daily Mail.

Mas como o nosso ecossistema de mídia mudou com o impacto da internet, surgiram novos corretores de poder.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, CLIQUE AQUI

Justiça censura reportagens do jornalista Marcelo Auler sobre a Lava Jato


(do site GGN, o jornal de todos os Brasis)

Jornal GGN - Três juízes de Curitiba determinam a suspensão e proibição de 10 reportagens do blog do Marcelo Auler. O jornalista está recorrendo e os advogados que acompanham o caso impetraram um Mandato de Segurança na Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Paraná para impedir a cassação de uma das liminares, que obriga a retirada de nove matérias do blog. Na avaliação dos advogados a determinação do 12º Juizado Especial “incorre em cerceamento nítido da liberdade de expressão” garantida pela Constituição Federal.

“De maneira clara e acintosa, o blog do Impetrante está sendo alvo de censura, inclusive na modalidade de censura prévia, quando proíbe a publicação de novas matérias envolvendo o Requerente", prosseguem os advogados. Um deles, Rogério Bueno da Silva pondera que a justiça está sendo utilizada para atacar jornalistas que criticam algumas das práticas da Lava jato. Recentemente o delegado de Curitiba, Igor Romário de Paula entrou com uma ação contra o jornalista Luis Nassif, editor do GGN.

Do Blog Marcelo Auler

Justiça retira matérias do blog e proíbe falar do DPF Moscardi


Em decisões proferidas respectivamente em 30 de março (que só tomamos conhecimento dia 10 de maio) e 5 de maio (da qual recorremos sem notificação oficial) o 8º e o 12º Juizados Especiais Cíveis de Curitiba, a pedido dos delegados federais Erika Mialik Marena e Mauricio Moscardi Grillo, ambos da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Paraná (SR/DPF/PR) determinaram a suspensão de 10 reportagens publicadas neste blog. A juíza do 8º Juizado Especial, Vanessa Bassani, foi além e proibiu.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE GGN, CLIQUE AQUI



JORNAL O GLOBO NOTICIA CENSURA 
AO BLOG DO JORNALISTA MARCELO AULER



(da redação do Panis/BQVManchete) - Marcelo Auler é um dos mais autênticos repórteres do jornalismo investigativo brasileiro e um dos poucos a atuar com a necessária independência. Suas trajetória é respeitável. Trabalhou na
 Rádio Globo, O Globo, O Pasquim, Jornal Movimento, Revista Manchete (no Rio, entre 1974 e 1978); Sucursal do Jornal do Brasil e Jornal de Brasília (Brasília de 1978 a 1980); Folha de São Paulo, Jornal Informática Hoje, revistas Balanço Financeiro e Isto É (São Paulo de 1980 a 1986); Revistas Administração & Marketing e Isto É, Jornal Retrato do Brasil, Jornal do Brasil, Revista Veja, Jornal O Dia, Carta Maior (site) no mínimo (site), TV Alerj, sucursal de O Estado de S. Paulo, ACERP/TV Escola, Consultor Jurídico (site), Revista Carta Capital, Jornal Lance!, Jornal do Brasil (on line). Estes, entre 1986 e 2013, no Rio de Janeiro.

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