sexta-feira, 10 de junho de 2016

Juízes e promotores processam repórteres da Gazeta do Povo. Entidades opinam que ações configuram assédio judicial ao jornal




Repercute até internacionalmente a ação de juízes do Paraná contra cinco repórteres do jornal A Gazeta do Povo. Os magistrados se incomodaram com reportagens que denunciaram remunerações que ultrapassavam em mais de 20% o teto constitucional de R$30.417, 10..
As ações seguem uma tática que a Igreja Universal adotou há algum tempo ao processar jornalistas. Em uma espécie de logística processual, os juízes deram entrada na reclamação em diferentes cidades. São mais de 30 processos, o que obriga os repórteres a se deslocarem com frequência para dezenas de audiências, às vezes em datas quase coincidentes. Segundo a Gazeta, as reportagens tiveram como base informações públicas disponíveis do Portal da Transparência. O site Comunique-se revela que os repórteres pediram que o caso fosse levado ao STF já que os juízes e promotores locais que vão julgá-lo são parte interessada no processo, mas a ministra Rosa Weber negou  tal recurso. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vê o caso como de assédio judicial ao jornal. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) apoia a Gazeta e os jornalistas intimidados. A Federação Nacional dos Jornalistas repudia o atentado à liberdade de imprensa e denuncia o constrangimento aos jornalistas.

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