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domingo, 5 de junho de 2016

Mais de 50 anos depois do suspeito fim do bondes, o Rio recebe o VLT...

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil


Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil

Foto: J.P.Engelbrecht/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro


A primeira linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que circula pelo Centro do Rio de Janeiro entrou em operação hoje, parcialmente, com apenas oito estações abertas e ainda sob horários restritos.
A inauguração da obra realizada pelo prefeito Eduardo Paes e que é um dos legados da Rio 2016 aconteceu neste domingo com direito a samba de Marquinhos de Oswaldo Cruz e atraiu cariocas de várias gerações, incluindo testemunhas do fim dos velhos bondes na cidade, nos anos 60. O Rio tinha, então, uma das maiores malhas ferroviárias urbanas do mundo. Uma canetada acabou com o sistema. O processo autoritário de extinção dos bondes correu sob suspeitas de corrupção, envolvendo interesses privados. O sistema foi substituído por contratos de compra de caríssimos ônibus elétricos que posteriormente  também foram retirados de circulação. A mesma decisão, que foi, além de tudo, burra (várias capitais da Europa modernizaram seus sistemas de bonde em vez de extingui-los) se repetiu com idêntica suspeição nas demais capitais brasileiras, com a desastrada e certamente lucrativa, para alguns, substituição por troleibus que, na maioria, não duraram muito.
Mais de 50 anos depois, o carioca volta a ter transporte sob trilhos nas ruas do Centro da cidade.


domingo, 10 de abril de 2016

Rio, cenas de outono: Praça Mauá, nova Orla, VLT, festival de gastronomia de rua...


Os cariocas já desfrutam de um inédito "legado antecipado" das Olimpíadas.
Neste outono, talvez a estação mais adequada para caminhadas pela cidade,
especialmente no Centro, é possível observar os novos ângulos do Rio. A nova praça Mauá
 e o belo Museu do Amanhã estão entre as atrações mais procuradas. 

Pontos turísticos implicam em barracas de vendas de lembranças. É quase inevitável. A nova
Praça Mauá já tem o seu comércio de rua. O que se espera é que a Prefeitura do Rio não perca
o controle do local e e impeça que o cenário já adotado por locais e visitantes
ganhe jeito de "camelódromo".
O espelho d'água do Museu do Amanhã realça a arquitetura de Santiago Calatrava.

O histórico prédio do jornal A Noite e da Rádio Nacional: recuperação prometida

A nova Praça Mauá motiva a pintura dos prédios em torno. Aos poucos, proprietários de edifícios
antigos e casarões investem no visual da região. 

O primeiro trecho da Orla Conde que vai ligar, quando concluída, a Praça Mauá à Praça 15 e Aterro, reaproxima os cariocas da Baía da Guanabara após a Marinha ceder o acesso para a construção da via. Há mais de dois séculos, o acesso a entrada nessa área militar era restrita.


Museu do Amanhã visto da nova Orla 

Ilha das Enxadas, sede de centro de instrução da Marinha,  Ponte Rio-Niterói

A via cruza área pertencente ao 1° Distrito Naval (ao fundo, na ilha das Cobras)

Trecho da Orla e ponte de acesso à base naval. 


A partir desse ponto, obras em andamento para a finalização da nova Orla até a Praça 15.

O VLT, em teste, na Av. Beira Mar. 


Mais de meio-século após a irresponsável e suspeita destruição do sistemas de bondes da cidade,...

...o Rio volta e ter transporte de superfície sobre trilhos. 

A cidade possuía uma das maiores malhas de trilhos urbanos do mundo com quase 2 mil quilômetros
de linhas e 2 mil bondes. Políticos da época destruíram o sistema não poluente sob a acusação de favorecer fabricantes de caros ônibus elétricos ( que substituíram os bondes e logo foram desativados deixando um enorme prejuízo) e proprietários de empresas de ônibus.
No mesmo momento em que a Europa modernizava seus bondes e ferrovias, um lobby poderoso convenceu autoridades brasileiras a soterrar a estrutura ferroviária de bondes e trens para favorecer a então nascente indústria automobilística. No Rio, restaram apenas os bondes de Santa Teresa e a rede urbana da Central do Brasil, hoje Supervia, e da Leopoldina, mais tarde extinta.

 
O tour de outono acabou no MAM, que recebeu um festival de gastronomia que ofereceu bebidas e petiscos de 19 chefs famosos em barracas das ruas da cidade. 

Animado pelo tempero dos preços populares, o público fez filas para...

...o tacacá da Rose, pastel do Bigode, churrasquinho da Jô, bacalhau do Mazzaropi...



...caldos da Nêga, esfirra do Marquinhos, tapioca do Arnaldo, entre outras comidinhas. 

Nos pilotis do MM. performances e grupos teatrais como o da noiva mascarada da foto. O festival de gastronomia é parte da programação cultural da Rio 2016, foi realizado pela Celebra com patrocínio do Sistema Fecomércio RJ, apoio do Globo e do Extra, e será levado a outros bairros da cidade. Fotos: J. E. Gonçalves