domingo, 8 de setembro de 2019

Já pensou nessa pergunta essencial? Quando o Brasil começou a não dar certo? Essa capa da Manchete pode ser uma pista


por O.V.Pochê

Os institutos de pesquisa jamais fizeram a pergunta essencial: quando o Brasil começou a não dar certo?

Quando Cabral desembarcou? Quando a família imperial chegou ao Rio de Janeiro? Quando Deodoro proclamou a República? Quando Getúlio saiu da vida para entrar na história? Quando Jânio foi eleito? Quando militares fizeram a "revolução" de 64? Quando inventaram o axé?  Ou quando a música sertaneja se tornou a trilha sonora do país que já foi da bossa nova? Quando o "bispo" Macedo escreveu sua biografia? A eleição de Bolsonaro? Essa não ajuda, é mais um complicador na escolha.

Difícil responder à pergunta. .

Melhor ficar com uma capa representativa da Manchete, em 1992: Chico Anysio e Zélia Cardoso de Mello.

Essa capa e esse encontro sentimental tão inesperado de figuras nacionais deve significar alguma coisa. O humorista e a ministra que entrou para a posteridade ao confiscar a poupança de milhões de brasileiros.

Carlos Heitor Cony contava um caso que cabe nesse post. Nos anos 60, intelectuais se reuniam em um casarão da rua das Palmeiras, em Botafogo, para discutir a "conjuntura". O Brasil estava no escuro e não havia qualquer indicação luminosa da porta de saída. O debate lançava todo tipo de ideia para a possível solução do impasse institucional. Lá pela madrugada - contava Cony - levanta-se um idoso, voz trêmula, e faz sua única e última intervenção: "Temo que não dê certo".

Essa frase deveria estar na bandeira do Brasil no lugar do insípido "ordem e progresso".

Ou, pelo menos, na chamada de capa da Manchete.

4 comentários:

J.A.Barros disse...

Este brasil começou a não dar certo quando foi descoberto por Cabral no ano – diz a história – de 1500. Daí em diante começou a dar tudo errado.

Wilson disse...

Que casal, hein? O governo Collor tinha tantos bizarros que fizeram o Brasil e 30 anos depois temos um monte de merda nesse novo governo, caralho que país azarado!

J.A.Barros disse...

Imagina, esta senhora, hoje viuva de um grande artista do humorismo e com filhos dele, conseguia com seu físico até meio tímido para mulher, empolgar homens de nomes de importância na constelação VIP desta sociedade brasileira. Até o relator da nova Constituição brasileira, Deputado Bernardo, se empolgou e se envolveu com a mulher que foi, no Governo Collor, a Ministra da Fazenda deste pais e criadora de mais um plano para conter a inflação criando o nefasto confisco das contas bancárias de todos os cidadãos brasileiro, que como se previu, fracassou e a inflação continuou a massacrar a economia deste país.

Lima disse...

é o retrato de uma época brega do Brasil. E vc pesnou que isso tinha ido embora, pois voltou nesse governo escroto do Bolsonaro e neofascistas