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domingo, 29 de março de 2020

A cobertura da Covid-19: na Europa, a mídia mostra a verdade chocante; no Brasil, a opção ainda é por jornalismo de serviço e informações úteis

A opção da mídia europeia pela dura realidade e...

...a escolha da imprensa brasileira pela "esperança" e otimismo. 
O governo federal culpa a imprensa por "exagerar" a tragédia na cobertura da Covid-19.
Imaginem se a mídia brasileira imitasse os veículos europeus.

Aqui, o verdadeiro drama nos hospitais ainda não chegou à TV, aos jornais, às revistas ou aos meios digitais. Coletivas de autoridades, divulgação de números e de medidas, alertas para distanciamento social, a palavra dos especialistas e dicas para proteção fazem a essência do trabalho.

Lá, a população acompanha o verdadeiro campo de batalha em que os hospitais se transformaram. O desespero de vítimas do vírus e das equipes que tentam salvar os doentes é estarrecedor.

Constatar de forma tão dramática o perigo devastador do vírus ajuda a tirar os europeus das ruas. Um exemplo está na matéria de capa da italiana L'Espresso. Em comparação com a escolha da Veja para a matéria principal, vê-se que a opção da mídia brasileira ainda é, de certa maneira, asséptica. Não mostrar o drama hospitalar acaba favorecendo o "gabinete do ódio" do governo na sua cruzada para provar que o coronavírus é "gripezinha" e não justifica confinamentos. Nos hospitais brasileiros já se desenrola uma terrível e ainda não mostrada batalha pela vida. O drama humano ainda não rendeu pauta. 

sexta-feira, 27 de março de 2020

Midia: chegou a hora de mostrar o drama humano e a dura realidade da pandemia

A mídia brasileira faz, em geral, um bom trabalho na cobertura da pandemia do coronavírus. Tira dívidas, ouve especialistas, aborda os aspectos políticos e divulga as estatísticas. Cumpre um papel importantíssimo.
Errou no começo, ao perder o senso crítico e se deslumbrar com o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Desde o inicio, Mandetta foi reticente quanto a tomar ou sugerir ao Planalto medidas restritivas. A mídia não cobrou atitudes nessa direção. Provavelmente já retratava a imposição do "gabinete do ódio", a instância maior que aconselha o sequelado que dirige o país.
Isolamento e medidas que visaram diminuir a circulação de pessoas e reduzir a lotação nos transportes coletivos foram tomadas pelos prefeitos e governadores, com pesquisas mostrando que a população apoia o confinamento.

Nos últimos dias, sim, a mídia caiu na real quanto à política federal para a Covid-19 que, na contramão do mundo, faz pesada campanha publicitária para defender a volta ao trabalho, às escolas, comércio aberto e transporte urbano lotado precisamente no momento em que a contaminação dispara, junto com as mortes.

Temos um governo, talvez o único no mundo, que literalmente "apoia" o vírus. A "gripinha" como diz Bolsonaro, a "virose", segundo o rótulo agora adotado por Mandetta. O governo federal  considera como "de oposição" quem tenta combater a pandemia com seriedade.



Uma olhada nos telejornais e jornais da Espanha, França e Portugal é um choque. A cobertura nesses três países mostra cenas dramáticas que as TVs brasileiras têm até aqui evitado. São imagens do  interior dos hospitais, frequentemente flagrando a expressão do desespero de médicos e enfermeiras diante da agonia de pacientes, às vezes em camas enfileiradas em corredores. A França, por exemplo, já registra um morto a cada quatro minutos.

Hoje a CBN, que tem feito cobertura primorosa, botou no ar vários depoimentos de parentes de vítimas fatais da Covid-19 narrando seus dramas e fazendo apelos emocionados a todos para que levem a sério a pandemia.

Diante da campanha irresponsável do governo federal para combater não o vírus mas o combate ao vírus, a mídia brasileira deve mostrar o drama humano, as pessoas, as famílias que já contam seus mortos. Evitar a impessoalidade que transforma as vítimas em mera estatística. Será um alerta importante aos cidadãos desavisado no momento em que no Brasil -também caso único no mundo - milicias bolsonaristas prometem ir às ruas para protestar contra medidas adotadas por prefeitos e governadores na luta contra uma pandemia mortal e até ameaçam assassinar o governador de São Paulo, João Dória, que desafia a irracionalidade do governo federal.

sábado, 14 de março de 2020

Da Itália: o Covid-19 não é mais forte do que a união e a solidariedade

A MENSAGEM ABAIXO VIRALIZA NAS REDES SOCIAIS. 
É O EMOCIONANTE  DEPOIMENTO DE UMA BRASILEIRA 
QUE RESIDE EM ROMA. 

Do Whatsapp (via Cacá Fonseca)

"Caros amigos,
Essa é nossa segunda semana de quarentena coletiva em Roma. Primeiro foram as escolas e muita gente passou a trabalhar em casa, deixar as crianças com os avós não é uma opção. Fomos orientados a não sair e evitar lugares fechados e aglomerados. 

Até que essa semana o governo “fechou” a Itália. 

Agora somos autorizados a sair apenas para trabalhar (os que ainda saem para trabalhar), fazer compras ou ir para o hospital. Nada mais. 

A natação e a capoeira das crianças estão fechadas, o dentista desmarcou a consulta do meu filho e sábado não vai ter o jogo do campeonato de futebol dele, a cia aérea cancelou minha passagem para Madrid, também não vai ter o show da Gal, a faculdade avisou que tampouco tem data para a próxima prova. As escolas já trabalham com a possibilidade de seguirem fechadas até maio. 

O país inteiro fechou. 

Nós também nos fechamos nesse novo arranjo doméstico porque eu ainda tenho que estudar, Gui ainda tem que trabalhar e Gael tem o cronograma da escola para cumprir. A professora tem nos orientado remotamente sobre o conteúdo de cada dia e nos vemos professores dos nossos filhos, ás voltas com o neolítico e os verbos auxiliares. Não sei o que seria de nós sem o Google. 

Anita se encarrega de dar o toque de fim de mundo colocando a casa abaixo enquanto eu mando ela deixar Gael terminar o compiti de italiano. 

Passamos o dia de pijama. Vi uma vizinha receber o correio de luvas, ninguém mais pega o mesmo elevador, sobe um vizinho de cada vez, é o protocolo. 

Ontem fui ao mercado. Na rua, as poucas pessoas usavam luvas cirúrgicas e, na falta de máscara, lenço ou cachecol cobrindo o nariz. Fila na porta, todos respeitando a orientação de manter distância uns dos outros, a entrada contingenciada, mais gente fora do que dentro do mercado. Cinco de cada vez. 

Ninguém reclama. 

Pela primeira vez em 6 anos não sou a única com carrinho lá dentro, os italianos, em geral, só compram o que podem carregar, mas agora estão fazendo dispensa e já faltam alguns produtos nas prateleiras. Um corredor para cada pessoa, ninguém se esbarra, o alto-falante fica repetindo para respeitarmos a distância mínima. Na volta pra casa, reparo o comércio fechado, os poucos cafés abertos espaçaram as mesas mas estão desertos. Estamos todos isolados em casa.

Ontem, depois do anúncio da OMS decretando a pandemia, outros países começaram a adotar as mesmas medidas para deter o avanço do vírus que, por menos letal que seja, contamina tanto que mata muito. Na maioria dos casos, idosos e pessoas com imunidade baixa e doenças pregressas. Mas não só elas. 

A flor no asfalto é a solidariedade. Não vejo, entre as pessoas de meu convívio, pânico de ficar doente ou medo pelas nossas crianças que, ao que parece, não são páreo para o coronavírus. Mas estamos todos cuidando de quem não tem defesas suficientes para ele. Eu cuido do morador de rua que dorme no frio, embaixo da marquise do meu prédio, das senhorinhas que cumprimento no mercado, do senhor da loja de molduras. E, aqui em Roma, essas pessoas viraram a prioridade de todos. Pensamos coletivamente numa onda de cuidado com o outro, esse desconhecido, que eu nunca tinha vivido antes. As crianças aprenderam a “tossir nos cotovelos” e o fazem até em casa. Foram ensinadas que são estratégicas para conter a ameaça. 

É triste, mas também é bonito, sabem? 

Como escreveu por aqui meu amigo Francesco, não há saída que não passe pela reconstrução paciente de uma resposta coletiva aos desafios. Talvez seja didático estarmos vivendo, todos, ao mesmo tempo, essa crise. Fica evidente que o engajamento de cada um de nós, pessoa a pessoa, é a melhor, se não a única, defesa diante a pandemia. Ninguém pode dar-se ao luxo de ser negligente. Acho que ficaremos com um aprendizado importante depois que tudo isso passar. 

Também pela primeira vez testamos uma nova organização do trabalho. Ao mesmo tempo pessoas do mundo todo estão trabalhando de casa, empresas e repartições com carga horária e staff reduzidos. Talvez esteja sendo estabelecido um novo paradigma. Ainda não sabemos qual será o saldo, a história nos ensina que evolução nem sempre é progresso. Mas eu, que não posso evitar a esperança, acredito que tiraremos proveito desses dias de isolamento, quando não podemos sequer nos abraçar, tocar e beijar. E, apesar disso, acredito que esse vírus também possa desencubar a humanidade em nós. 

Mas faremos esse balanço depois. 

Por hora, lavem as mãos, ensinem as crianças, cuidem dos idosos e, se puderem, amigos, fiquem em casa. E mandem seus funcionários para casa. Não viajem. É preciso identificar e curar os que contraíram a doença antes que ela se espalhe. O vírus já está aí, no nosso Brasil, não o subestimem. Cobrem das autoridades, não acreditem em quem diz que “é só uma gripe”, - eu já fui essa pessoa - não é! Não paguem para ver porque o preço é a vida dos mais frágeis entre nós. As teorias conspiratórias só distraem até que os médicos comecem a escolher quem, entre os necessitados, irão entubar. Até que morra a avó de um amiguinho dos nossos filhos. Até que o colega de trabalho safenado fique entre a vida e a morte numa UTI. 

O momento não é de pânico, mas de cuidado e responsabilidade. E união e solidariedade. 

Essa mensagem é também um agradecimento pela preocupação e carinho que tenho recebido nos últimos dias. Muito obrigada, aqueceu meu coração nesse inverno que ainda persiste por aqui. Mas estamos todos diante o mesmo desafio, meus caros, é preciso assumir esse compromisso. 

Há um mês a China era longe, há três semanas a Lombardia também era. Quando começou a quarentena eu também me revezava, junto com outras mães e pais, nos grupos de WhatsApp, entre o desespero de ter que encaixar as crianças, de repente, nos compromissos dos dias úteis e os memes - como nós, os italianos também reagem com bom humor às adversidades. Hoje, em Roma, já não podemos ignorar que o mundo diminuiu e que hoje somos todos vizinhos. 

Desejo que meus conterrâneos não deem chance para a doença no calor de nossa terra. 
Cuidem-se. Uns dos outros. Fiquem firmes. Sairemos melhores dessa."

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Há 19 anos, a falência da Bloch Editores. O dia que nunca terminou...

Há 19 anos, um vendaval varreu a Bloch. Foto:bqvManchete.

Essa foto sintetiza o drama que os funcionários da Bloch Editores viveram no dia 1° de agosto de 2000. Papeis soltos no chão, pastas sobre a mesa, ordens de serviço que jamais seriam cumpridas.

Um aviso colado na porta principal do Edifício Manchete foi a trombeta silenciosa que anunciou a falência. Em poucas linhas, decretava o 'game over' da empresa e abria um vazio nas vidas de milhares de profissionais.

Carlos Heitor Cony recordou certa vez o clima de tragédia da rendição do prédio. Contou que na sua sala, antigo gabinete do Juscelino e do Dr. Alberto Sabin, que a ocuparam durante anos, havia seguranças e oficiais de justiça. Luzes apagadas, um lampião aceso que mal dava para iluminar o caminho, era impossível retirar as coisas pessoais. O jornalista e escritor desceu as escadas no escuro, um oficial de justiça a iluminar o caminho com uma lanterna. Cony escreveu que sentia-se amortecido, "sem acreditar que tudo aquilo acabou".

E esse era o sentimento comum a todos que deixaram às pressas o lugar ao qual suas vidas profissionais se ligaram por anos e décadas. A Bloch acabou, mas a Massa Falida da Bloch Editores, não. Ainda há um número reduzido de processos trabalhistas inconclusos. Embora a maioria dos ex-funcionários tenha recebido os valores de indenizações, são credores da correção monetária correspondente. Muitos fecharam acordos desfavoráveis na esperança de receberem mais rápido o total dos seus direitos. Há até quatro anos atrás a Massa Falida pagou três parcelas dessas indenizações. Surpreendentemente, tais pagamentos foram suspensos por decisão intempestiva de um antigo síndico. A Manchete possuía bens que garantiam parte dos pagamentos trabalhistas, prioritários segundo a lei. Mas além do tempo que costumam demandar, massas falidas têm uma característica: elas devoram os próprios patrimônios em custos legais e administrativos. Por isso, a cada dia que passa cresce o risco e se estreita a perspectiva de quitação final dos créditos trabalhistas.

Depois do drama, a longa e injusta espera.

Aqueles instantes dramáticos de 1° de agosto parecem fazer parte de um dia que nunca terminou.     

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Vai ver? Os "anos loucos" de Sérgio Cabral vão virar filme...

por Ed Sá 

Lauro Jardim, do Globo, revela hoje na sua coluna que a cineasta Daniella Thomas fará um filme inspirado no ex-governador Sérgio Cabral.

Daniella é filha de Ziraldo, amigo de Sérgio Cabral pai, que foi parceiro do cartunista no Pasquim.

Não há maiores detalhes sobre o roteiro, se chegará ao regabofe dos guardanapos cabralianos em Paris ou se será um thriller psicológico.

Comédia, não é.

Segundo o colunista, o drama vai se desenrolar em torno de uma adolescente, filha de um ex-governador que vê sua vida desabar sobre uma montanha de bilhões de dólares da corrupção.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Tragédia no Texas: Foto viraliza nas redes sociais e salva vidas...

Foto Trudy Lampson/Twitter

Em meio às cenas dramáticas nas águas da tempestade tropical Harvey, que inunda várias regiões do Texas, uma foto se destacou nas redes sociais e na  mídia mundial.

Uma cena no Lar La Vita Bella, na cidade de Dickson, que mostra idosos com água à altura da cintura.

A foto foi divulgada por Kim McIntosh, mãe da dona do abrigo, Trudy Lampson. As equipes de salvamento foram contatadas, mas não tinham previsão de quando chegar ao local.

Com o prédio isolado, com pessoas em cadeiras de rodas ou ligadas ao oxigênio, Trudy fez a foto e a filha divulgou no Twitter. A imagem mostrou a gravidade da situação, logo foi compartilhada e viralizou nas redes.

Rapidamente, a Guarda Nacional chegou ao abrigo e resgatou o grupo.

terça-feira, 8 de março de 2016

O drama de Sharapova

Maria Sharapova no Australian Open. Foto WTA

por Clara S. Britto
O marketing não perdoa. Nike, TAG Heuer e Porsche apressaram-se em suspender contratos com a tenista Maria Sharapova, logo após o anúncio de que exames laboratoriais feitos durante o Australian Open, em janeiro, apontaram a presença de substâncias proibidas no sangue da atleta. Sharapova admitiu, ontem, a veracidade da informação. E explicou que usava há 10 anos uma droga chamada Meldonium, prescrita por um médico. Até o dia 1° de janeiro deste ano tal droga não fazia parte das substâncias proibidas. Ela revelou que tem deficiência de magnésio e uma história familiar de diabetes, daí  a recomendação do especialista. Como a substância tende a aumentar a resistência e a ajudar na recuperação, a Federação Internacional de Tênis a incluiu recentemente na lista vetada. Meldonium também é usada por pessoas com problemas cardíacos, como angina, ou por vítimas de infarto. 
Além de aguardar o julgamento da infração, Sharapova vai ter que administrar as consequências. Só com a Nike, seu contrato era de oito anos, no valor de 70 milhões de dólares. Além das marcas que romperam relações, a tenista tem outros vínculos comerciais. A Porsche, por exemplo, afirmou que ainda está aguardando o desenrolar do caso. Aos 28 anos, a russa já ganhou cinco Grand Slam. No Aberto da Austrália, ela foi eliminada pela americana Serena Williams. Casos como esses podem render suspensões de até quatro anos. Mas é possível que sejam considerados atenuantes, como o fato de a substância ter se tornado proibida apenas alguns dias antes do torneio da Austrália. Se já estava difícil - ela havia brigado com o treinador da seleção olímpica russa - é agora altamente improvável a presença de Sharapova nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. 

terça-feira, 8 de julho de 2014

E o vento não levou...

Ao fim da partida, jogadores brasileiros aplaudem a torcida no Mineirão. Em entrevistas, vários pediram desculpas pela derrota surpreendente para a Alemanha. Os 7x1 vão deixar marcas dentro e fora do campo. 



Fotos Getty Images e AFP para a Fifa-Divulgação
por Gonça 
Sempre ouvi falar no Maracanazo. Não sabia que testemunharia o Mineirazo. Mas os tempos são outros. Talvez esse dia fique marcado apenas como uma pequena tragedia em um jogo de futebol. Nada mais do que isso. Há muito a considerar. A agenda de treinamento (viu-se que a seleção treinou pouco), o calendário (as seleções da Europa treinam com mais frequência (jogam a Eurocopa, que tecnicamente exige mais dos times do que uma Copa América), jogam Eliminatórias fortíssimas e até têm a facilidade geográfica de disputar amistosos mais relevantes. No momento em que a seleção brasileira é formada por jogadores que jogam na Europa, torna-se mais difícil treinar o time. Há muito, o Brasil não tem esquema tático ensaiado. Valorizar os ogadores que atuam em times nacionais? Pode ser. Talvez a CBF e as federações tão ricas possam participar desse esforço para revitalizar clubes como Vasco, Flamengo, Palmeiras, Botafogo e tantos outros que já foram a base de seleções quase imbatíveis. 
É preciso repensar a relação com a imprensa, com patrocinadores. A seleção está exposta excessivamente. Tem "donos". Se alguém tenta pôr ordem na casa, como o Dunga (e o rigor da seleção na África do Sul foi uma espécie de resposta à zorra total que foi a Alemanha), é violentamente combatido. Dessa vez, Felipão se rendeu às pressões e abriu tudo. Bom exemplo é a Alemanha que se isolou no sul da Bahia ao contrário do Brasil que ficou na feira livre de Comary. 
Talvez o Brasil também esteja carente de treinadores atualizados.
Enfim, hora de pensar e refazer. 
E o vento, que jamais varreu o Maracanazo da memória nacional, trouxe agora para as novas gerações esse triste Mineirazo.