(do site ONUBr)
O Sistema das Nações Unidas no Brasil divulgou nesta sexta-feira (24) uma nota sobre os assassinatos de dois defensores de direitos humanos no Brasil. Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi assassinado dentro da UTI de um hospital na cidade de Parauapebas, no Pará. Ele estava internado depois de ter sido baleado três dias antes durante invasão do sítio dele, próximo de Eldorado do Carajás.
Em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, o cacique Antonio José Mig Claudino foi assassinado com cinco tiros dentro de um bar numa aldeia onde há disputa de terras.
Segue a íntegra da nota:
“O Sistema das Nações Unidas no Brasil recebeu com preocupação as notícias dos assassinatos de Waldomiro Costa Pereira, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e do Cacique Antonio Mig Claudino, defensores de direitos humanos, que ocorreram no último dia 20 de março, em Parauapebas, Pará, e na Terra Indígena Serrinha, Rio Grande do Sul.
O Sistema das Nações Unidas no Brasil insta as autoridades brasileiras a investigar, processar e punir os autores dos assassinatos e se solidariza com os familiares e amigos das vítimas.
É importante fortalecer os esforços para proteger defensores e defensoras de direitos humanos no país. As Nações Unidas no Brasil se colocam à disposição para apoiar as ações nessa temática.”
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sexta-feira, 24 de março de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Somos todos Imperatriz ! Político ruralista quer censurar escola de samba carioca...
Com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) à frente, o chamado agronegócio parte com suas alas virtuais de foices, enxadas, motosserras, tratores e agrotóxicos pra cima da Imperatriz Leopoldinense.
Como se fosse um seita, eles reúnem suas tropas para intimidar a tradicional escola carioca. O motivo da ira chega a ser inacreditável: ruralistas e suas bancadas e instituições dizem que o enredo da Imperatriz - "Xingu, o clamor que vem da floresta" - "ataca" o agronegócio brasileiro.
Os ruralistas costumam se colocar como um exército de patriotas que sustenta a economia brasileira. Não são. De fato, formam uma cadeia importante de produção. Mas atuam em um negócio como outro qualquer e o fazem para ganhar dinheiro e não por benemerência.
Além disso, o agronegócio é historicamente favorecido pelos cofres públicos em incentivos, empréstimos a juros subsidiados, perdão da dívidas etc, etc. E, sim, como a mídia independente noticia com alguma frequência, há empresas e proprietários de terras que são alvos de denúncias publicas e investigações sobre desmatamento, contaminação por uso inadequado de agrotóxicos que envenenam trabalhadores, rios e consumidores de frutas, hortaliças, arroz, feijão, milho etc, acusações de uso de trabalho escravo, queimadas, contrabando de madeira etc.
Se, claro, não são todos culpados, isso não significa que os crimes não existam.
O enredo da Imperatriz canta uma realidade - a usurpação das terras dos índios, a destruição dos seus habitats. E não diz que isso aconteceu apenas hoje de manhã e que Ronaldo Caiado e seus aliados são os culpados diretos pela ação histórica e continuada contra os primeiros habitantes do Brasil.
O samba-enredo sonha com um futuro em que o meio-ambiente seja preservado. E isso não é "atacar" o agronegócio, a não ser que o agronegócio queira assumir o papel de destruidor insaciável do meio-ambiente.
A Imperatriz não abomina o campo. Tanto que, no ano passado, no enredo que homenageou Zezé di Camargo e Luciano, cantou a viola, a porteira, o berrante, a colheita, a boiada e a cavalhada.
Mas Caiado está louco da vida e ameaça criar uma CPI para investigar a Imperatriz. Diz abertamente que quer descobrir os "financiadores". Ok, e se descobrir? Vai criminalizá-los, vai expulsá-los do país, vai exilá-los, vai obrigá-los a cancelar apoios, vai mandá-los para uma cadeia em Manaus, vai chamar os militares?
Se essa ala do autoritarismo não guardar seus adereços e fantasias, e suas ameaças, nos próximos dias, melhor a Imperatriz reviver na avenida o belo samba que lhe deu o título de campeã em 1989.
Liberdade, liberdade! Abra as asas sobre nós...
Somos todos Imperatriz.
Conheça o samba de Moisés Santiago/ Adriano Ganso/ Jorge do Finge/Aldir Senna que fez a cúpula ruralista entrar em modo surto. Ouça AQUI:
"Brilhou coroa na luz do luar
Nos troncos a eternidade, a reza e a magia do pajé
Na aldeia com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta, harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado o caraíba descobriu
Sangra o coraçao do meu Brasil
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor
Sou o guerreiro imortal derradeiro
Deste chão o senhor verdadeiro
Semente eu sou a primeira
Da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar, aprender
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada, razão de viver
Andar onde ninguém andou
Chegar aonde ninguém chegou
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros herois guardiões
Aventura de fé e paixão
O sonho de integrar uma naçõa
Kararaô... kararaô... O índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra
Salve o verde do Xingu, a esperança
A semente do amanhã, herança
O clamor da natureza a nossa voz vai ecoar... preservar"
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