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sábado, 13 de novembro de 2021

A Superinteressante foi pioneira no negacionismo?

 

Reprodução  (clique na imagem para ampliar)

por José Esmeraldo Gonçalves 

O fato pode ser inédito no jornalismo. A matéria acima, publicada no Jornalista & Cia, citando revelação do colunista Maurício Stycer, do UOL, informa que a atual direção da Superinteressante decidiu retirar do seu acervo a edição de fevereiro de 2001 que trazia na capa reportagem sob o título "Vacina: a cura ou a doença". Faz algum sentido. Na era pré-internet, as revistas e os jornais repousavam silenciosos em arquivos e coleções pessoais. Hoje, ressuscitam com facilidade. Podem ser consultados com o clique no Google.

Aquela reportagem de capa deve conceder à revista, da Editora Abril, quando ainda era dos Civita, o título de pioneira no negacionismo, atualmente a bandeira odiosa dos bolsonaristas. 

Espantosa é a justificativa do então editor, Adriano Silva: " a revista era muito reverente ao cânone oficial da ciência. Resolvemos ampliar". Nessa estranha linha editorial do começo dos anos 2000, a Superinteressante também acolheu a tese de que a Aids não era causada pelo vírus HIV. Aparentemente, não deu certo desafiar o "cânone oficial da ciência".

Excluir a edição do acervo também abre uma discussão paralela: estaria a Superinteressante praticando a polêmica "teoria do esquecimento", aquela que pretende dar às pessoas e às instituições o direito de apagar da web mancadas e passados? O atual diretor da revista, Alexandre Versignassi, argumenta. como se lê no quadro acima, que em período de pandemia e de vacinação "não é como apagar a história, é uma questão de saúde pública". 

A capa que discute se vacinas são cura ou doença poderá voltar ao acervo em tempo menos revoltos, segundo o diretor disse à coluna do Maurício Stycer.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Lembra do Caco Antibes, do Sai de Baixo? Era comédia virou realidade...

 O colunista do UOL, Matheus Pichonelli mandou bem em seu artigo hoje. Ele revisita o personagem Caco Antibes, de Miguel Falabella, exibido no "Sai de Baixo" (Rede Glono) entre 1996 e 2002, e encontra "o protótipo do brasileiro médio e decadente, tomado de ódio e preconceito de classe". "Eu tenho horror a pobre" era seu bordão de Caco Antibes. Veja porque milhões de Caco Antibes saíram do armário nacional nos últimos anos.  

Leia o artigo no UOL, AQUI

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Capas da Caras vão parar na Justiça. É para provar que Gugu e Rose eram um casal... Down, down, down in the high celebritie

Da Coluna Mauricio Stycer, no UOL. Link abaixo.

A disputa pública pela herança do Gugu se transformou em um barraco. O patrimônio do apresentador, morto em novembro em consequência de um acidente caseiro, alcançaria, segundo estimativas que circulam na mídia, 1 bilhão de reais.
Um dos itens em questão no conflito é a natureza da relação do falecido com Rose Miriam di Matteo, mãe dos seus três filhos. Segundo Maria Liberato, mãe do apresentador, o filho "nunca teve nada com ela".
A Coluna Mauricio Stycer, no UOL, revela que o advogado de Rose, Nelson Wilians, pode apelar para a coleção da revista Caras para contestar a família do Gugu. Desde 1994, Gugu, Rose e os filhos estiveram juntos na capa da Caras mais de dez vezes.

Leia a matéria original na Coluna Maurício Stycer, no UOL. Clique AQUI

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Vandré, a eterna polêmica

Volta de Geraldo Vandré ao Brasil 
foi encenada, diz biografia; cantor nega
Tiago Dias
Do UOL, em São Paulo 02/12/201510h41

 "Você é jornalista?", pergunta Geraldo Vandré à reportagem do UOL. "Então não vai ser difícil você compreender. A biografia é propriedade do artista, faz parte da comercialização da sua arte. Essas pessoas estão se apropriando indevidamente de direitos da personalidade".

Foi assim que Vandré se manifestou a respeito de "Geraldo Vandré - Uma Canção Interrompida" (Ed. Kuarup), do jornalista Vitor Nuzzi. O livro será lançado na próxima semana como uma das primeiras biografias não autorizadas a ganhar as prateleiras após a decisão unânime do STF (Supremo Tribunal Federal) que derrubou a necessidade de autorização prévia do biografado.
Louco, revolucionário, traidor. A vida de Vandré sempre foi cercada por nebulosas definições. Autor da canção mais emblemática do período da ditadura militar, "Caminhando (Pra Não Dizer que Não Falei das Flores)", o compositor de 80 anos, completados em setembro, não tem vontade de esclarecer sua história.

Ao pedido de Nuzzi para que participasse do livro, Vandré foi categórico: "Não tenho o menor interesse no que você está fazendo". Já para o UOL, com a voz calma e pausada, descredenciou, como tem feito ao longo dos anos, as histórias que contam sobre ele: "É coisa rasa, está tudo errado. Dados errados, completamente".

A pesquisa de fôlego tenta decifrar a esfinge: um artista recluso, do qual apenas o corpo voltou do exílio. Em suas raras aparições, ele evita falar dos acontecimentos e faz questão de demonstrar uma boa relação com os militares, exibindo boné da força aérea e dedicando um poema às forças armadas. O mistério em torno do paraibano é resquício do truculento regime militar nos anos 1960 e 1970.


São raros os registros de Vandré em vídeo e áudio daquela época. Não há imagens de sua consagração no Festival Internacional da Canção de 1968, quando apresentou "Caminhando", nem o registro da sua controversa volta ao Brasil em 1973, após cinco anos de um auto exílio.

Nuzzi vê indícios de que o regime quis apagar a imagem de Vandré da memória nacional. "Por algum período, Vandré foi proscrito mesmo. Ele virou, para alguns, o inimigo público número um por causa de uma canção", observa o biógrafo, em conversa com o UOL.

Prova disso foi uma suposta reportagem exibida no "Jornal Nacional", da TV Globo, no dia 18 de agosto de 1973. "O cantor e compositor Geraldo Vandré acaba de voltar ao Brasil", dizia a narração. A descrição que consta no livro conta que, cercado de homens engravatados e uma claque com faixas que o saudavam, um cabisbaixo Vandré dizia que suas canções não eram denunciativas, que ele não fazia parte de nenhum partido político e que, por fim, estava "arrependido" pela reação que sua canção despertou no crepúsculo do AI-5, se tornando um hino contra a ditadura.

Teria sido uma encenação: Vandré já estava no Brasil havia um mês. "Ele ficou esse período prestando depoimento, ao mesmo tempo em que circularam recadinhos nas redações orientando para não falar do músico. A 'Veja' e o 'Jornal do Brasil' furaram esse bloqueio e publicaram uma notinha. Graças a isso, sabemos que ele voltou antes", relata Nuzzi.

Sobre o episódio, Vandré é curto e grosso: "Não dei uma entrevista no aeroporto. Cheguei e fui direto para casa".

O livro, no entanto, reforça a tese de que a entrevista forjada teria sido uma condição para a volta de Vandré. Em depoimento ao livro, o cinegrafista Evilásio Carneiro, que teria registrado as imagens, afirma que não havia outros repórteres cobrindo a chegada, apenas Edgard Manoel Erichsen, funcionário da TV Globo e elo da emissora com os militares. Somente as mãos do repórter apareciam no vídeo.

Por um problema na revelação do filme, o "arrependimento" de Vandré também não foi ao ar. Os generais desconfiaram de que o cinegrafista queria sabotar o pedido de desculpas. "Pode até ser que o Vandré não tenha dito nada que não queria realmente dizer. De qualquer forma, ele foi orientado por policiais a falar sobre os assuntos. É uma pena não termos essas imagens, nem texto, áudio, nada. Pedi para a Globo, mas eles dizem que não têm".
O UOL entrou em contato com a TV Globo a respeito da entrevista, mas a emissora não retornou.

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